Osmar Prado é um dos medalhões da televisão brasileira. Praticamente criado nas telinhas, sua carreira começou quando ele tinha apenas 10 anos de idade, na novela David Copperfield, adaptada da obra de Charles Dickens por Líbero Miguel, na antiga TV Paulista. Certa vez, em entrevista sobre os bastidores de sua profissão, ele até revelou: - Eu perguntei à minha mãe, ainda pequenininho: Como é que se faz para ser artista? E de cara, pela resposta dela, eu estava fadado ao fracasso. O parâmetro da minha mãe sobre o artista era o Rodolfo Valentino, que era um homem de 1,79 de altura, brinca por conta de sua altura. Isso, no entanto, nunca foi problema para ele, já que Osmar fez papéis bastante importantes e dramáticos na teledramaturgia. Mas ele não se restringe a esse estilo. O ator, que faz aniversário nesta quinta-feira, dia 18, também é ótimo com personagens de humor. Duvida? Então continue com a gente!

Quem não se lembra do Delegado Batoré de Cordel Encantado? Na realidade, ele chama Altino, mas ganhou o apelido por ser baixinho e gordo. É bastante medroso e vive para servir aos interesses de Januário, papel de Reginaldo Faria, e de seu filho Timóteo, vivido por Bruno Gagliasso. Com isso, o homem da lei deveria ser duro e rígido, mas é, no fundo, fraco, patético e apaixonado.

E o que falar de Caminho das Índias, quando ele deu vida a Manu. O pai de Maya, vivida por Juliana Paes, e de Komal, papel de Ricardo Tozzi, até tenta ser durão, mas acaba fazendo a gente soltar vários risos. No comércio, por exemplo, ele usa várias artimanhas para conseguir vender bem sua mercadoria. - O segredo é saber o que o adversário está pensando, costuma dizer.

Em Hoje é Dia de Maria seu papel é mais dramático, mas basta o pai de Maria, papel de Carolina Oliveira, começar a cantar ou a brincar com sua filha para que o sorriso apareça no rosto de quem assiste.

Já em Chocolate com Pimenta Osmar viveu o querido Margarido, que vive no sítio, onde cria pássaros, seu maior orgulho. Devido à pouca renda, trabalha como confeiteiro na fábrica de chocolate, sendo amigo, boa praça e ingênuo, o que garante o humor do papel.

Tião Galinha, de Renascer, é um matuto obcecado por elemento folclórico. Por conta disso, o homem do campo, ignorante, que acredita que ao ficar com uma galinha preta no colo poderia pegar o primeiro ovo que ela colocasse sem que o ovo tocasse o chão, ele faz com que suas histórias tenham um que de cômicas.

Apenas ao olhar para esta foto dá para saber que Amaro, de Chega Mais, era uma figura. O baiano vai para o Rio de Janeiro tentar a vida como cantor e fica hospedado na casa de Lúcia, papel de Renata Sorrah, por quem acaba se apaixonando. Suas cenas eram hilárias!

Ele também participou da primeira versão de Anjo Mau, quando deu vida a Getúlio. O marido de Stela, papel de Pepita Rodrigues, não tem como foco o lado engraçado, mas não tem como não rir com algumas atitudes do rapaz, que é até meio bobalhão.

Bicho do Mato foi outra trama que chamou atenção por conta do lado engraçado de Osmar Prado. Ela era baseada na história de um caipira chamado Juba, vivido por ele, amigo do índio Iru, papel de José de Arimathéa, e suas dificuldades para se adaptar aos hábitos da cidade grande. Essas dificuldades, aliás, que faziam com que a história ficasse ainda mais divertida!

O ator também esteve no elenco de O Cafona, quando interpretou Cacá, um jovem cineasta que, junto com os amigos Rogério e Julinho, deseja fazer o filme mais radical do cinema brasileiro. Os três eram, aliás, uma referência bem-humorada aos diretores Cacá Diegues, Rogério Sganzerla e Júlio Bressane.