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Publicada em 04/12/2003 às 10:48 | Atualizada em 07/05/2015 às 19:11

Maria Rita e Elis Regina: afinal, elas se parecem, ou não?

Redação

Évelin SantosQualquer um que tenha assistido à Maria Rita Mariano, 26 anos, ao vivo ou no seu primeiro DVD, não pôde ficar indiferente. Seus trejeitos e movimentos cênicos, seus cabelos, sua voz, tudo remete a um dos maiores símbolos da música brasileira, Elis Regina, mãe da cantora. E os fãs de MPB, que ansiavam por uma nova grande cantora depois de seu grande ícone (Elis morreu em 1982), encontraram em Maria Rita novos e velhos ares. Velhos pela nostalgia de bons tempos de música, esquecidos nas guerras do atual cenário fonográfico brasileiro, novos porque a jovem, apesar de não ser um espelho da mãe, tem voz forte, personalidade e repertório apreciável, herdados de família. A cantora fecha 2003 como queridinha dos músicos e uma das revelações da MPB. No entanto, as comparações com a Elis Regina são inevitáveis. Maria Rita, filha do músico César Camargo Mariano e irmã de Pedro Camargo Mariano, cantor, e João Marcelo Bôscoli, apresentador de TV e dono da gravadora Trama, se decidiu pela carreira apenas no final de 1997. Na época, morava em Nova Iorque, EUA, e estudava comunicação. A mãe, por sua vez fez sua estréia como cantora aos 7 anos em um programa de rádio. Aos 14, assinou seu primeiro contrato com uma estação de Porto Alegre, a Rádio Gaúcha e aos 15 anos gravou seu primeiro álbum. Quando completou 18 anos, Elis decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro com o pai, apesar da mãe ser contra. Para se destacar no meio musical, adotou uma postura forte, com uma personalidade agressiva e arrojada. Em 1965, aos 20 anos, ganhou o I Festival de Música Popular Brasileira, com a música Arrastão, depois de já ter gravado LPs pela Continental. Maria Rita, assim como a mãe, também teve que se mudar para dar o ponta pé principal de sua carreira. Os anos fora do Brasil (dos 16 aos 24) foram importantes para a decisão de ser cantora. Durante esse período nos EUA, ela integrou corais e participou de shows de calouros. De volta ao Brasil, Maria Rita pegou a estrada e fez shows pequenos, se apresentando para um público reduzido. Em entrevista ao programa Almanaque, do canal Globo.News, a cantora afirmou que esta atitude foi intuitiva: ?Esse tinha que ser o caminho para mim. Fazer estrada primeiro, com apresentações em palcos pequenos. Se eu começasse com um disco logo de cara eu seria uma mentira?. Maria Rita, antes de seu próprio trabalho, participou do CD de seu padrinho musical, Milton Nascimento, pessoa próxima a seus pais e que sempre a acolheu. Hoje, a cantora é contratada da Warner Music, responsável também pelo DVD gravado no dia 11 de agosto de 2003. A repercussão de seu trabalho tem sido surpreendente. Em apenas 50 dias, seu álbum de estréia alcançou a marca de 300 mil cópias. Não é para menos, uma vez que se especula que a Warner Music do Brasil tenha gastado um milhão de reais no lançamento da cantora. Números muitos bons para a filha de uma das cantoras mais rentáveis para o Brasil. Até hoje, coletâneas de Elis Regina vendem muitas cópias, dentro e fora do Brasil. A voz da lenda da MPB ficou conhecida em diversos países ao longo dos anos em músicas imortalizadas na sua voz como ?Madalena? e ?O Bêbado e o Equilibrista?. Feliz com o seu trabalho, Maria disse ao Almanaque o que espera daqui para frente: ?Estou feliz com o disco, com o show, com o que está acontecendo. Espero poder continuar atingindo o maior número de pessoas com minha música, algo muito fiel a mim?. No aspecto pessoal, a cantora, que tem o nome em homenagem a Rita Lee, vive um especial. Ela está grávida do namorado e espera o primeiro filho para junho de 2004. Quanto às comparações que ouve em relação a sua mãe, Maria Rita aprende a não se importar. Nos extras de seu DVD ela fala numa entrevista: ?Minha mãe virou uma coisa muito maior do que eu compreenderia?.

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Maria Rita e Elis Regina: afinal, elas se parecem, ou não?

Maria Rita e Elis Regina: afinal, elas se parecem, ou não?

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Évelin SantosQualquer um que tenha assistido à Maria Rita Mariano, 26 anos, ao vivo ou no seu primeiro DVD, não pôde ficar indiferente. Seus trejeitos e movimentos cênicos, seus cabelos, sua voz, tudo remete a um dos maiores símbolos da música brasileira, Elis Regina, mãe da cantora. E os fãs de MPB, que ansiavam por uma nova grande cantora depois de seu grande ícone (Elis morreu em 1982), encontraram em Maria Rita novos e velhos ares. Velhos pela nostalgia de bons tempos de música, esquecidos nas guerras do atual cenário fonográfico brasileiro, novos porque a jovem, apesar de não ser um espelho da mãe, tem voz forte, personalidade e repertório apreciável, herdados de família. A cantora fecha 2003 como queridinha dos músicos e uma das revelações da MPB. No entanto, as comparações com a Elis Regina são inevitáveis. Maria Rita, filha do músico César Camargo Mariano e irmã de Pedro Camargo Mariano, cantor, e João Marcelo Bôscoli, apresentador de TV e dono da gravadora Trama, se decidiu pela carreira apenas no final de 1997. Na época, morava em Nova Iorque, EUA, e estudava comunicação. A mãe, por sua vez fez sua estréia como cantora aos 7 anos em um programa de rádio. Aos 14, assinou seu primeiro contrato com uma estação de Porto Alegre, a Rádio Gaúcha e aos 15 anos gravou seu primeiro álbum. Quando completou 18 anos, Elis decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro com o pai, apesar da mãe ser contra. Para se destacar no meio musical, adotou uma postura forte, com uma personalidade agressiva e arrojada. Em 1965, aos 20 anos, ganhou o I Festival de Música Popular Brasileira, com a música Arrastão, depois de já ter gravado LPs pela Continental. Maria Rita, assim como a mãe, também teve que se mudar para dar o ponta pé principal de sua carreira. Os anos fora do Brasil (dos 16 aos 24) foram importantes para a decisão de ser cantora. Durante esse período nos EUA, ela integrou corais e participou de shows de calouros. De volta ao Brasil, Maria Rita pegou a estrada e fez shows pequenos, se apresentando para um público reduzido. Em entrevista ao programa Almanaque, do canal Globo.News, a cantora afirmou que esta atitude foi intuitiva: ?Esse tinha que ser o caminho para mim. Fazer estrada primeiro, com apresentações em palcos pequenos. Se eu começasse com um disco logo de cara eu seria uma mentira?. Maria Rita, antes de seu próprio trabalho, participou do CD de seu padrinho musical, Milton Nascimento, pessoa próxima a seus pais e que sempre a acolheu. Hoje, a cantora é contratada da Warner Music, responsável também pelo DVD gravado no dia 11 de agosto de 2003. A repercussão de seu trabalho tem sido surpreendente. Em apenas 50 dias, seu álbum de estréia alcançou a marca de 300 mil cópias. Não é para menos, uma vez que se especula que a Warner Music do Brasil tenha gastado um milhão de reais no lançamento da cantora. Números muitos bons para a filha de uma das cantoras mais rentáveis para o Brasil. Até hoje, coletâneas de Elis Regina vendem muitas cópias, dentro e fora do Brasil. A voz da lenda da MPB ficou conhecida em diversos países ao longo dos anos em músicas imortalizadas na sua voz como ?Madalena? e ?O Bêbado e o Equilibrista?. Feliz com o seu trabalho, Maria disse ao Almanaque o que espera daqui para frente: ?Estou feliz com o disco, com o show, com o que está acontecendo. Espero poder continuar atingindo o maior número de pessoas com minha música, algo muito fiel a mim?. No aspecto pessoal, a cantora, que tem o nome em homenagem a Rita Lee, vive um especial. Ela está grávida do namorado e espera o primeiro filho para junho de 2004. Quanto às comparações que ouve em relação a sua mãe, Maria Rita aprende a não se importar. Nos extras de seu DVD ela fala numa entrevista: ?Minha mãe virou uma coisa muito maior do que eu compreenderia?.