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Publicada em 13/06/2013 às 07:57 | Atualizada em 08/05/2015 às 16:58

- Ela estava certa, o que eu disse foi nojento, diz John Galliano sobre Natalie Portman

Da Redação

John Galliano deu a sua primeira entrevista para a televisão desde que foi preso e, posteriormente, condenado por comentários antissemitas em 2011.

Depois de conversar com a Vanity Fair sobre ter se redescoberto como uma pessoa que ama criar, o designer conversou com o apresentador Charlie Rose sobre os últimos anos da sua vida e como ele chegou ao ponto em que chegou.

- No começo, eu era uma pessoa muito criativa e produtiva. Eu amava as viagens de pesquisa, eu amava a criação, encontrar soluções técnicas e os desafios criativos. Eu não precisava do álcool e dos remédios para isso. O que mudou foi que eu tinha medo de dizer ´não´, essa pequena palavrinha. Eu achava que mostrava fraqueza, e com o crescimento do sucesso, eu dizia sempre ´sim´ e continua pegando cada vez mais trabalho, explicou o estilista, que pareceu quase irreconhecível durante a entrevista.

Não só isso, mas John também comentou sobre o fato da atriz Natalie Portman, uma das garotas-propagandas da marca, ter condenado as suas atitudes na época de sua prisão. A atriz, de origem israelita, disse ter ficado enojada com o que o estilista disse. 

- Ela estava certa em dizer o que ela disse. O que falei foi nojento, explicou, comentando também que ainda não chegou a pedir desculpas para Natalie pessoalmente, mas que isso está nos seus planos. 

John, que diz estar muito grato por estar feliz, mas não por tudo o que aconteceu, comenta ainda que está feliz com o tempo que passou se redescobrindo e aprendendo a lidar com os seus sentimos e à expressá-los da maneira correta.

- Finalmente admitir todo esse ressentimento e essa raiva que eu tinha. Eu suprimia tudo quando era pequeno, o que se passava na escola eu não falava em casa. Eu não conseguia me expressar. Então tudo isso ficou engarrafado e, mais tarde na minha vida, naquele momento da minha vida, isso apareceu. Eu estava falido em todas as maneiras, espiritualmente, fisicamente, emocionalmente... Eu não sabia disso [na época], mas eu tive um grande surto.

O designer ainda assume que se tornou, quando das críticas antissemitas, um blackout drinker, isto é, uma pessoa que ingeria quantidades de álcool o suficiente para não se lembrar do que fez ou falou quando a embriaguez passava. Por isso mesmo, ele se disse tão surpreso quando o público quando soube do que fez, porque simplesmente não tinha memória daquilo.

Atualizado às 11h45

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- <i>Ela estava certa, o que eu disse foi nojento</i>, diz John Galliano sobre Natalie Portman

- Ela estava certa, o que eu disse foi nojento, diz John Galliano sobre Natalie Portman

20/Abr/

John Galliano deu a sua primeira entrevista para a televisão desde que foi preso e, posteriormente, condenado por comentários antissemitas em 2011.

Depois de conversar com a Vanity Fair sobre ter se redescoberto como uma pessoa que ama criar, o designer conversou com o apresentador Charlie Rose sobre os últimos anos da sua vida e como ele chegou ao ponto em que chegou.

- No começo, eu era uma pessoa muito criativa e produtiva. Eu amava as viagens de pesquisa, eu amava a criação, encontrar soluções técnicas e os desafios criativos. Eu não precisava do álcool e dos remédios para isso. O que mudou foi que eu tinha medo de dizer ´não´, essa pequena palavrinha. Eu achava que mostrava fraqueza, e com o crescimento do sucesso, eu dizia sempre ´sim´ e continua pegando cada vez mais trabalho, explicou o estilista, que pareceu quase irreconhecível durante a entrevista.

Não só isso, mas John também comentou sobre o fato da atriz Natalie Portman, uma das garotas-propagandas da marca, ter condenado as suas atitudes na época de sua prisão. A atriz, de origem israelita, disse ter ficado enojada com o que o estilista disse. 

- Ela estava certa em dizer o que ela disse. O que falei foi nojento, explicou, comentando também que ainda não chegou a pedir desculpas para Natalie pessoalmente, mas que isso está nos seus planos. 

John, que diz estar muito grato por estar feliz, mas não por tudo o que aconteceu, comenta ainda que está feliz com o tempo que passou se redescobrindo e aprendendo a lidar com os seus sentimos e à expressá-los da maneira correta.

- Finalmente admitir todo esse ressentimento e essa raiva que eu tinha. Eu suprimia tudo quando era pequeno, o que se passava na escola eu não falava em casa. Eu não conseguia me expressar. Então tudo isso ficou engarrafado e, mais tarde na minha vida, naquele momento da minha vida, isso apareceu. Eu estava falido em todas as maneiras, espiritualmente, fisicamente, emocionalmente... Eu não sabia disso [na época], mas eu tive um grande surto.

O designer ainda assume que se tornou, quando das críticas antissemitas, um blackout drinker, isto é, uma pessoa que ingeria quantidades de álcool o suficiente para não se lembrar do que fez ou falou quando a embriaguez passava. Por isso mesmo, ele se disse tão surpreso quando o público quando soube do que fez, porque simplesmente não tinha memória daquilo.

Atualizado às 11h45