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Publicada em 14/08/2017 às 18:55 | Atualizada em 14/08/2017 às 19:06

Fraturas e hematomas: Charlize Theron conta sobre os desafios das filmagens de Atômica, confira!

Longa chega aos cinemas brasileiros dia 31 de agosto

Da Redação

Divulgação

Charlize Theron é estrela e produtora do filme Atômica, com estreia prevista no Brasil dia 31 de agosto. O longa traz uma história de espionagem ambientada em Berlim nas vésperas da queda do muro. Em entrevista para o jornal O Globo, a atriz sul-africana deu mais detalhes sobre as sua intenções com o projeto e as dificuldades de realização.

- Muita gente ainda não percebeu que, na indústria do cinema, as mulheres não jogam pelas mesmas regras dos homens. Grande parte do desenvolvimento do roteiro de Atômica foi gasto pensando em como colocar a figura feminina num mundo que sempre pertenceu a eles, e como ela se comportaria jogando sob essas mesmas regras. Mulher-Maravilha talvez fique reconhecido como o sucesso que permitiu a diretoras trabalhar com orçamentos maiores. Espero que nosso pequeno filme possa fazer o mesmo, contou a Charlize, que dedicou-se por cinco anos na adaptação da história do longa, inspirado na graphic novel The Coldest City, nunca publicada.

Quando questionada se Atômica surge como um investimento no cinema de ação que devolve o protagonismo à figura feminina, a atriz nega.

- Tem mais a ver com uma nostalgia por narrativas físicas, que esteve no início da minha vida profissional, como bailarina. Foi com a dança que aprendi a contar histórias, explicou.

O filme é recheado de sequências de luta com muitas coreografias, o que rendeu à atriz uma lesão na mandíbula, dentes quebrados, um joelho torcido e hematomas por todo o corpo. A ex-bailarina conta que ao visitá-la no set de filmagem, a mãe dela perguntou se aquilo valia realmente à pena

- Às vezes me pergunto a razão de atingirmos esse feito, o sucesso de crítica e de público de uma superprodução protagonizada por uma mulher, e não conseguirmos repeti-lo por tanto tempo; ou mesmo fracassar quando tentamos. Me fascina a ideia de criar personagens que pareçam reais. Não é uma questão de ser igual aos homens, mas de construirmos representações mais honestas da mulher, e do que somos capazes.

No papel de Lorraine, Charlize explica que a personagem não precisa pedir desculpas pelo que faz, ou tem uma história de vingança para justificar suas escolhas. Para se ter uma ideia, ao invés da heroína ficar com o companheiro de aventura como na maioria dos filmes de ação, ela acaba escolhendo a companhia amorosa de outra espiã, interpretada por Sofia Boutella.

- Adoro a ideia de que seu único momento de vulnerabilidade aconteça com uma mulher. Isso soa autêntico dentro do mundo em que ela transita, que torna impossível a intimidade entre as pessoas, conta a atriz.


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Fraturas e hematomas: Charlize Theron conta sobre os desafios das filmagens de <i>Atômica</i>, confira!

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29/Mar/

Charlize Theron é estrela e produtora do filme Atômica, com estreia prevista no Brasil dia 31 de agosto. O longa traz uma história de espionagem ambientada em Berlim nas vésperas da queda do muro. Em entrevista para o jornal O Globo, a atriz sul-africana deu mais detalhes sobre as sua intenções com o projeto e as dificuldades de realização.

- Muita gente ainda não percebeu que, na indústria do cinema, as mulheres não jogam pelas mesmas regras dos homens. Grande parte do desenvolvimento do roteiro de Atômica foi gasto pensando em como colocar a figura feminina num mundo que sempre pertenceu a eles, e como ela se comportaria jogando sob essas mesmas regras. Mulher-Maravilha talvez fique reconhecido como o sucesso que permitiu a diretoras trabalhar com orçamentos maiores. Espero que nosso pequeno filme possa fazer o mesmo, contou a Charlize, que dedicou-se por cinco anos na adaptação da história do longa, inspirado na graphic novel The Coldest City, nunca publicada.

Quando questionada se Atômica surge como um investimento no cinema de ação que devolve o protagonismo à figura feminina, a atriz nega.

- Tem mais a ver com uma nostalgia por narrativas físicas, que esteve no início da minha vida profissional, como bailarina. Foi com a dança que aprendi a contar histórias, explicou.

O filme é recheado de sequências de luta com muitas coreografias, o que rendeu à atriz uma lesão na mandíbula, dentes quebrados, um joelho torcido e hematomas por todo o corpo. A ex-bailarina conta que ao visitá-la no set de filmagem, a mãe dela perguntou se aquilo valia realmente à pena

- Às vezes me pergunto a razão de atingirmos esse feito, o sucesso de crítica e de público de uma superprodução protagonizada por uma mulher, e não conseguirmos repeti-lo por tanto tempo; ou mesmo fracassar quando tentamos. Me fascina a ideia de criar personagens que pareçam reais. Não é uma questão de ser igual aos homens, mas de construirmos representações mais honestas da mulher, e do que somos capazes.

No papel de Lorraine, Charlize explica que a personagem não precisa pedir desculpas pelo que faz, ou tem uma história de vingança para justificar suas escolhas. Para se ter uma ideia, ao invés da heroína ficar com o companheiro de aventura como na maioria dos filmes de ação, ela acaba escolhendo a companhia amorosa de outra espiã, interpretada por Sofia Boutella.

- Adoro a ideia de que seu único momento de vulnerabilidade aconteça com uma mulher. Isso soa autêntico dentro do mundo em que ela transita, que torna impossível a intimidade entre as pessoas, conta a atriz.