Nesta terça-feira, dia 18, é celebrado o Dia da Imigração Japonesa! E para não deixar a data passar em branco, o ESTRELANDO reuniu nesta galeria alguns famosos que são filhos, netos ou parentes de japoneses. A começar por Sabrina Sato, que é neta de japoneses! Certa vez, em entrevista à Marie Claire, ela relembrou sobre a dificuldade de começar uma carreira artística: - Desde os sete anos, queria trabalhar na televisão, mas pensava: Quem vai ser minha mãe na novela?. Não tinha em quem me espelhar. Era japonesa, caipira, tinha sotaque, nada que combinasse com a TV da época. Tinha tudo para não dar certo. Minha mãe não me estimulava a ir aos testes porque tinha medo que eu me machucasse, ela sempre teve o pé no chão. Tanto que exigiu que fizesse faculdade, e fui estudar dança e jornalismo. Nunca passei em testes para ser apresentadora – tentei o Zona de Impacto, da SporTV. Mas não levava para o pessoal, talvez não tivesse o perfil. A seguir, relembre mais famosos brasileiros que possuem ascendência japonesa!

Masi Oka é um ator bem conhecido! O astro se consagrou ao viver Hiro Nakamura em Heroes, assim como Max Bergman em Hawaii Five-0. Sobre a diversidade e a importância de incluir atores asiáticos em produções, ele disse o seguinte a CBS News: - Eu acho que essa onda de diversidade acontece a cada dez anos. (...) Nós temos muita sorte porque eu acho que Lost começou isso com Daniel [Dae Kim] e Naveen [Andrews] - trouxe um elenco diversificado em uma série de horário nobre e, por causa disso, Heroes existiu e por causa disso você pode ter asiáticos em frente às câmeras.

Daniele Suzuki, a eterna Miyuki de Malhação, possui um pai japonês e uma mãe que traz uma mistura de alemães, italianos e indígenas. Sobre ser uma artista que é descendente de japoneses, ela disse o seguinte ao G1: - Eu acho que há um estereótipo sim. Não foi o meu caso, porque eu dei a sorte de pegar sempre personagens diferentes e nada muito caricato. Parece que, para ter um japonês na história, sempre tem que ter um motivo, tem que justificar a causa daquela pessoa estar ali.

Neta de um japonês que veio ao Brasil e se casou com uma brasileira, Geovanna Tominaga também é mestiça e acredita que sua imagem definiu a trajetória profissional que acabou seguindo: - O meu tipo físico já me prende a certos tipos de trabalho. Quando eu era mais nova, só pegava trabalhos direcionados aos orientais (...). O mercado está se abrindo para outros trabalhos. Quando eu era pequena, prestava muita atenção nisso por ser descendente e estar trabalhando. Então eu via que os personagens reservados para os orientais eram muito estereotipados, com aquela fala difícil, que é mais da geração dos meus pais e dos meus avós. A minha geração já não tem isso. Então, se forem retratar um típico descendente da terceira geração, como é o meu caso, ele já é muito abrasileirado. Ele não tem sotaque, conhece os costumes e tradições, mas tem um estilo brasileiro, disse ao G1.

George Takei, o eterno Sulu de Star Trek, certa vez criticou a Academia do Oscar por não indicar produções e artistas asiáticos aos prêmios, mas opinou que a situação é, na verdade, culpa de quem não promove essa diversidade: - Isso vai para as pessoas que dão o sinal verde para as produções. Precisa haver um maior entendimento de que essa é uma audiência diversa, global, e eles têm que contar histórias do ponto de vista dessa diversidade, não apenas brancos e negros. Isso não é o significado de diversidade, isso é voltar para trás meio século, opinou ao The Hollywood Reporter.

Daniel Uemura, quando tinha 17 anos de idade, passou a investir na carreira de ator. Em 2011, aos 19 anos, ele contou o seguinte ao G1: - Eu vi uma possibilidade de crescimento muito grande, até pela pouca oferta de orientais no mercado, disse o ator que viveu Raiden na 15ª temporada de Malhação e também atuou em outras tramas globais, como Amor à Vida, Sol Nascente, além de uma participação na série 3%, da Netflix.

Ricardo Di Roberto, mais conhecido como Japinha, é o baterista do CPM22 e, para a Folha de S. Paulo, falou um pouco mais sobre ser filho de pai italiano e mãe japonesa: - Fui me autoafirmando e deixando para trás o que era pejorativo. (...) Com o apelido Japinha virei referência no meio artístico.

Carol Nakamura, em entrevista ao Encontro com Fátima Bernardes, não gostava de ser chamada de japa: - Sempre ouvi meus amigos me chamando de japa. No início, me incomodava mais, mas foi uma situação que aprendi a lidar. Já sofri dificuldades na época que era modelo, a gente nunca se encaixa no perfil.

Outro músico famoso, que é também descendente de japoneses, é Mike Shinoda! O rapper do Linkin Park também já falou sobre suas origens ao L.A. Times: - Por natureza sou muito analítico. Então, mesmo que eu vá falar sobre algo muito emocionante, vou falar de uma forma organizada. Talvez seja porque sou metade japonês e fui criado com essa abordagem japonesa para as coisas. Eu tenho certeza que há uma palavra para isso em japonês que eu estou esquecendo, disse, rindo.

Cabeleireiro de famosos como Luciano Huck, Angélica, Grazi Massafera, Juliana Silveira, Patrícia Poeta, Renata Vasconcellos, Ana Hickmann e Izabel Goulart, Celso Kamura é um beauty artist bem respeitado no Brasil! Ele é um paranaense de Bela Vista do Paraíso, mas neto de japoneses. Aos dez anos de idade ele se mudou para São Paulo e, dez anos depois, já se sustentava usando as tesouras.

Jacqueline Sato, atriz de novelas como Sol Nascente e Orgulho e Paixão, falou sobre a dificuldade de ser atriz quando se possui ascendência asiática: - Tinha menos testes do que algumas amigas com outra ascendência. Já cheguei a teste que já tinham visto minha foto e quando cheguei, falaram: Ah, mas você é muito japonesa. Queria mais brasileira. Em outro, o contrário (...) Minha luta é por papéis que não tenham que explicar sua origem. Simplesmente o papel é de uma mulher lutadora, buscando seu espaço no mundo, que vai se apaixonar... Não precisa dar background, não precisa ser ligado tanto à ascendência, contou ao G1.

Infelizmente já não mais entre nós, Pat Morita, o eterno Sr. Miyagi da franquia de Karatê Kid, nasceu na Califórnia. Originalmente chamado Noriyuki Morita, ele era filho de japoneses, que vieram para os Estados Unidos trabalhar em uma fazenda. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi a um acampamento no Arizona, onde conviveu com outros japoneses.

Ken Kaneko será eternamente lembrado como um dos tios de Lucas Silva e Silva em Mundo da Lua. Para a Folha de S. Paulo, ele disse: - No meu primeiro trabalho na Globo, eu fiz um contrabandista muambueiro. A sociedade japonesa veio dizer: Você está fazendo vergonha de japonês. Eles iam me boicotar, lembra, entre risadas: - Mas isso já faz 30 anos, japonês mudou.

Figura polêmica para alguns fãs de Beatles, Yoko Ono, que nasceu em Tóquio, foi o grande amor da vida de John Lennon. A artista, quando comentou sobre o terrível tsunami que assolou o Japão em 2011, não deixou de elogiar seu povo, em entrevista à Interview Magazine: - Japoneses são muito trabalhadores e orgulhosos. Trabalhadores orgulhosos. Eles recuperaram o país de uma forma muito incrível. E agora, do nada e de novo, algo está nos atingindo, mas eu quero lembrá-los de que nós somos pessoas muito resilientes. Somos pessoas orgulhosas e acreditamos na bondade. (...) Eles são um povo muito pacífico.