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Publicada em 20/10/2019 às 01:05 | Atualizada em 21/10/2019 às 13:55

Vice-campeão do Popstar, João Côrtes volta ao programa como repórter e celebra novo desafio na carreira: É muita responsabilidade assumir o lugar do Tiago Abravanel

A atração dominical estreia no próximo dia 27 e o ator bateu um papo com o ESTRELANDO para falar sobre o novo trabalho e também sobre suas produções cinematográficas

Guta Valente

Divulgação

Você pode se lembrar dele como o ruivinho daquele comercial da operadora de celular, no entanto, João Côrtes mudou muito de lá para cá e, além de ter um novo visual, também cresceu profissionalmente, explorando seus mais diversos talentos, como atuar, apresentar, escrever, dirigir e até mesmo cantar.

Depois de ficar sem segundo lugar no PopStar, da TV Globo, ele volta para a emissora como apresentador dos bastidores da atração dominical, substituindo Tiago Abravanel na nova edição, que estreia no próximo domingo, dia 27. Em bate-papo com o ESTRELANDO, ele adiantou como tem sido a preparação para fazer sua estreia como comunicador e também falou sobre os projetos em paralelo que mantém numa rotina para lá de puxada. Confira, abaixo: 

ESTRELANDO - Como rolou esse convite para o PopStar e como você tem se preparado para assumir o lugar do Tiago Abravanel? Acredita que estar como repórter vai ser mais fácil do que competir?

João Côrtes - O convite surgiu pelo diretor do programa, que me ligou e me explicou exatamente o que tinha em mente. Eu aceitei na hora. Minha preparação tem sido muito baseada em assistir o trabalho de outros repórteres, de programas com uma dinâmica parecida com a do Popstar. Tenho observado a maneira como regem o programa, como passam as informações, transmitem carisma e ainda divertem. É muita responsabilidade assumir o lugar do Tiago, ele é um artista incrível, o qual tenho uma admiração imensa, que ainda é extremamente carismático e querido pelo público, e que fez um trabalho sólido e muito marcante como repórter. Me muito sinto seguro para entrar no time do Popstar, toda a equipe tem me apoiado bastante, e por já conhecer o programa, tenho confiança de que vai dar certo! Estou muito animado pra começar, apresentar é algo que sempre tive curiosidade de fazer. 

ESTRELANDO - Essa será sua primeira vez como apresentador. Você se imaginava apresentando algum dia? O que você já pode nos adiantar de novidade do programa nesta temporada e já teve algum contato com os participantes que estarão na edição?

João Côrtes - Nunca pensei que poderia trabalhar como apresentador... Eu sempre amei me comunicar, fazer humor, sempre fiz isso muito bem. Mas usava meu poder de comunicação e linguagem para a vertente do ator. Não imaginei que me veriam como apresentador, pelo menos não tão cedo. Mas estou extremamente grato pelo convite, e como eu adoro um bom desafio, eu aceitei e to ansioso pra começar! Pouco tempo depois de ter sido convidado eu encontrei com o Tiago Abravanel, e conversamos sobre, e ele me deu várias dicas. Foi ótimo. Me sinto preparado pra encarar o desafio, e sinto que vai ser extremamente divertido. Sim, tivemos um primeiro encontro do elenco novo com a equipe inteira do programa, a direção, os músicos, eu e Taís, para nos apresentarmos, conhecermos e para introduzir à todos a dinâmica do reality. Todo mundo está muito animado pra iniciar essa nova jornada, vai ser bem interessante. Especialmente pra mim, por estar em outra posição outro ponto de vista, do mesmo programa.

ESTRELANDO - Ao mesmo tempo em que estará apresentando o programa, você também estará no ar como a série Sala dos Professores e na série Hóspede-Americano. Pode nos contar um pouquinho sobre esses trabalhos?

João Côrtes - Sala dos Professores  é uma série do canal CineBrasil, que retrata o dia a dia de 7 professores e dois diretores de uma escola particular em São Paulo, a Nova Vanguarda. Interpreto Daniel, um professor de literatura de 28 anos que acaba de ingressar no colégio. Introspectivo, romântico, sensível e levemente inseguro são algumas de suas características. Ele aos poucos vai se enturmando com o resto dos professores e alunos, e vai passar por várias aventuras e desventuras durante o decorrer da série. Já O Hóspede Americano é uma série americana-brasileira da HBO que conta a a história do ex-presidente americano Theodore Roosevelt e Marechal Rondon, quando ambos partiram em uma expedição no Rio da Dúvida, em Rondônia, no começo do século 20. Nela interpreto Thomaz Reiz. Ele foi o cinegrafista da expedição, braço direito do Marechal Cândido Rondon, em 1914. Thomaz foi o responsável por todo o registro cinematográfico/documental da jornada. Todas as imagens que existem atualmente sobre essa expedição histórica, foram feitas por Thomaz. Ele era major do exército, e também um dos primeiros - se não O primeiro - documentarista do Brasil. Uma figura não muito conhecida, mas extremamente importante. Foi uma honra e um orgulho poder representá-lo em um trabalho tão marcante.

ESTRELANDO - E dá para perceber que você concilia diversos trabalhos, vai emendando uma coisa na outro, está sempre migrando de uma função para outra e nunca para! Como você dá conta? Pode nos contar um pouquinho como é sua rotina?

João Côrtes -Olha, eu gosto muito de trabalhar... Eu gosto da energia do trabalho. E sou completamente apaixonado pela arte que faço, seja cantar, escrever, dirigir, atuar, dançar, apresentar... Tudo isso me agrega de alguma maneira, mas mais do que isso, enriquece a alma através da possibilidade de troca com outras pessoas, da comunicação. Claro que eu tenho pessoas que trabalham comigo, minha equipe que  me ajuda muito a me organizar, lembrar meus compromissos e datas... Senão eu esqueço! Rs... Mas cada dia é diferente, cada dia tem uma dinâmica diferente, depende muito do trabalho que estou fazendo naquele momento. Acho que essa é a parte que mais gosto dessa profissão, essa rotina sempre em metamorfose.

ESTRELANDO - Você já fez cinema, já fez série, teatro, dublagem, comercial, etc... mas novela ainda não emplacou nada depois de Sol Nascente, em que interpretou o personagem Peppino. Acha que ainda falta fazer uma novela no horário nobre? Tem algum personagem que você sonha em interpretar?

João Côrtes -Sol Nascente foi uma experiência linda, e eu adorei fazer. Se, por acaso, eu entrasse em uma nova novela, seja no horário nobre, ou qualquer horário que seja, vou fazer com muito amor e dedicação. Sou extremamente realizado com a carreira que trilhei até agora , e sigo trilhando.

ESTRELANDO - Com apenas 24 anos de idade você já tem uma produtora audiovisual própria. Como isso aconteceu? Acreditava que ia ter um negócio próprio antes dos 30? 

João Côrtes -Aconteceu da vontade de criar meus próprios filmes, e contar minhas próprias histórias. Eu sempre escrevi muito, e o que não me falta são ideias e projetos para levantar, seja na TV, cinema ou internet. Meu irmão é diretor de fotografia, meu pai produtor e músico e nos juntamos ao nosso amigo, produtor e advogado, Igor Lovato. Juntos, criamos a Tentáculo Rec - e estamos fazendo alguns projetos - fizemos nosso primeiro longa, nosso primeiro curta, e acabamos de rodar um clipe. Além disso, já temos vários outros na fila.

ESTRELANDO - Acredita que daqui pra frente, com a produtora, você passará a ficar mais por trás das câmeras do que à frente delas? Quais são seus planos para os próximos anos?

João Côrtes -Sim, esse ano eu tive minhas primeiras experiências como diretor e roteirista, e me apaixonei completamente por esse outro lado. Tenho dito que dirigir me fez um melhor ator. E sim, estamos com a Tentáculo Rec. a todo vapor, escrevendo vários projetos, roteiros e ideias, tudo ao mesmo tempo. Minha ideia para os próximos anos é conseguir me dividir entre os trabalhos como ator, e meus projetos como roteirista e diretor. Já estou escrevendo meu segundo longa-metragem, tenho alguns curta-metragens escritos, prontos para filmar, e no início do ano que vem eu lanço o Flush, curta-metragem que escrevi, dirigido por Diego Freitas, o qual eu protagonizei ao lado do meu parceiro Nicolas Prattes. Além de Flush, eu lanço meu primeiro longa-metragem como roteirista e diretor, o Nas Mãos de Quem Me Leva 

ESTRELANDO - Entre atuar, apresentar, escrever, dirigir e cantar. Qual é sua maior paixão? Quais dessas funções realmente te move como profissional?

João Côrtes -Vish... Essa pergunta é muito difícil. Eu tenho me perguntado isso de vez em quando... Mas, sendo muito sincero, eu não tenho uma resposta. Eu realmente não consigo colocar uma dessas funções como principal. Sou muito apaixonado por todas as formas de arte, por todas as frentes desse nosso ofício... E acho que não preciso me decidir, ou escolher uma, né? Sinto que existe a possibilidade de seguir exercendo todas essas funções, paralelamente, e ser igualmente entregue e apaixonado por todas. Estou nesse momento da vida, de realmente explorar todos os meu lados, e me apaixonar por cada um deles.

ESTRELANDO - É impossível não lembrar de você no comercial da Vivo e, acredito, que até hoje você deva ser lembrado por isso em algum momento. Mas de lá para cá já foram uns bons anos e é nítido seu crescimento profissional. Você se incomoda, às vezes, com o fato de associarem seu nome ao comercial?

João Côrtes -  Acho natural que volta e meia alguém lembre de um trabalho que teve visibilidade gigante em canal aberto e fechado simultaneamente, como foi o caso dos comerciais. Tenho orgulho dessa campanha, pois foi feita com muito carinho, muito cuidado e muita dedicação. Eu tive o prazer de trabalhar com pessoas extremamente talentosas, muito queridas e com vontade de investir no personagem... Foi uma campanha de sucesso, e esse reconhecimento é só fruto disso. A propaganda foi uma porta de entrada, e depois dela vieram oportunidades incríveis , de projetos como Os Experientes, em que trabalhei com a Beatriz Segall, e inclusive foi o último trabalho dela. E de lá pra cá vieram séries, longas, novela, teatro... Por isso acredito que apenas acrescentou.

ESTRELANDO -  Como foi essa experiência de roteirizar e ao mesmo tempo atuar em Flush? E qual você acha que é a importância de um trabalho como esse nos dias de hoje?

João Côrtes - A ideia é que estreie no início do ano que vem, queremos ver se conseguimos colocar nos festivais entre fevereiro e abril. A experiência de roteirizar e atuar ao mesmo tempo foi bastante interessante. Não só por isso, mas também porque escrevi em inglês e português e atuei nas duas línguas. Então, foi realmente bem interessante e desafiador, mas foi uma sensação bem gostosa, de empoderamento, de poder dizer as palavras que eu mesmo escrevi, sabe?! Consegui dar as intenções exatas que eu queria dar porque quem escreveu fui eu. Eu escrevi as intenções e eu consegui entregá-las como ator. É de extrema importância. Nunca foi tão urgente falar sobre liberdade, sobre gênero, sobre diversidade. É importante ao ponto de que, talvez, se não estivéssemos vivendo essa era tão conservadora, o filme não teria o mesmo sentido. Um filme como Flush existe justamente para transgredir o conservadorismo e preconceito massante. Ele foi criado em cima dessa premissa, de levar a representatividade, levar amor para as telas. Para abrir a mente das pessoas e tentar iluminar a ideia de liberdade plena, liberdade de ser o que você quiser, sem rótulos, sem restrições, simplesmente aceitando sua natureza plena. Tudo isso, através da arte.

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Vice-campeão do <i>Popstar</i>, João Côrtes volta ao programa como repórter e celebra novo desafio na carreira: <i>É muita responsabilidade assumir o lugar do Tiago Abravanel</i>

Vice-campeão do Popstar, João Côrtes volta ao programa como repórter e celebra novo desafio na carreira: É muita responsabilidade assumir o lugar do Tiago Abravanel

18/Abr/

Você pode se lembrar dele como o ruivinho daquele comercial da operadora de celular, no entanto, João Côrtes mudou muito de lá para cá e, além de ter um novo visual, também cresceu profissionalmente, explorando seus mais diversos talentos, como atuar, apresentar, escrever, dirigir e até mesmo cantar.

Depois de ficar sem segundo lugar no PopStar, da TV Globo, ele volta para a emissora como apresentador dos bastidores da atração dominical, substituindo Tiago Abravanel na nova edição, que estreia no próximo domingo, dia 27. Em bate-papo com o ESTRELANDO, ele adiantou como tem sido a preparação para fazer sua estreia como comunicador e também falou sobre os projetos em paralelo que mantém numa rotina para lá de puxada. Confira, abaixo: 

ESTRELANDO - Como rolou esse convite para o PopStar e como você tem se preparado para assumir o lugar do Tiago Abravanel? Acredita que estar como repórter vai ser mais fácil do que competir?

João Côrtes - O convite surgiu pelo diretor do programa, que me ligou e me explicou exatamente o que tinha em mente. Eu aceitei na hora. Minha preparação tem sido muito baseada em assistir o trabalho de outros repórteres, de programas com uma dinâmica parecida com a do Popstar. Tenho observado a maneira como regem o programa, como passam as informações, transmitem carisma e ainda divertem. É muita responsabilidade assumir o lugar do Tiago, ele é um artista incrível, o qual tenho uma admiração imensa, que ainda é extremamente carismático e querido pelo público, e que fez um trabalho sólido e muito marcante como repórter. Me muito sinto seguro para entrar no time do Popstar, toda a equipe tem me apoiado bastante, e por já conhecer o programa, tenho confiança de que vai dar certo! Estou muito animado pra começar, apresentar é algo que sempre tive curiosidade de fazer. 

ESTRELANDO - Essa será sua primeira vez como apresentador. Você se imaginava apresentando algum dia? O que você já pode nos adiantar de novidade do programa nesta temporada e já teve algum contato com os participantes que estarão na edição?

João Côrtes - Nunca pensei que poderia trabalhar como apresentador... Eu sempre amei me comunicar, fazer humor, sempre fiz isso muito bem. Mas usava meu poder de comunicação e linguagem para a vertente do ator. Não imaginei que me veriam como apresentador, pelo menos não tão cedo. Mas estou extremamente grato pelo convite, e como eu adoro um bom desafio, eu aceitei e to ansioso pra começar! Pouco tempo depois de ter sido convidado eu encontrei com o Tiago Abravanel, e conversamos sobre, e ele me deu várias dicas. Foi ótimo. Me sinto preparado pra encarar o desafio, e sinto que vai ser extremamente divertido. Sim, tivemos um primeiro encontro do elenco novo com a equipe inteira do programa, a direção, os músicos, eu e Taís, para nos apresentarmos, conhecermos e para introduzir à todos a dinâmica do reality. Todo mundo está muito animado pra iniciar essa nova jornada, vai ser bem interessante. Especialmente pra mim, por estar em outra posição outro ponto de vista, do mesmo programa.

ESTRELANDO - Ao mesmo tempo em que estará apresentando o programa, você também estará no ar como a série Sala dos Professores e na série Hóspede-Americano. Pode nos contar um pouquinho sobre esses trabalhos?

João Côrtes - Sala dos Professores  é uma série do canal CineBrasil, que retrata o dia a dia de 7 professores e dois diretores de uma escola particular em São Paulo, a Nova Vanguarda. Interpreto Daniel, um professor de literatura de 28 anos que acaba de ingressar no colégio. Introspectivo, romântico, sensível e levemente inseguro são algumas de suas características. Ele aos poucos vai se enturmando com o resto dos professores e alunos, e vai passar por várias aventuras e desventuras durante o decorrer da série. Já O Hóspede Americano é uma série americana-brasileira da HBO que conta a a história do ex-presidente americano Theodore Roosevelt e Marechal Rondon, quando ambos partiram em uma expedição no Rio da Dúvida, em Rondônia, no começo do século 20. Nela interpreto Thomaz Reiz. Ele foi o cinegrafista da expedição, braço direito do Marechal Cândido Rondon, em 1914. Thomaz foi o responsável por todo o registro cinematográfico/documental da jornada. Todas as imagens que existem atualmente sobre essa expedição histórica, foram feitas por Thomaz. Ele era major do exército, e também um dos primeiros - se não O primeiro - documentarista do Brasil. Uma figura não muito conhecida, mas extremamente importante. Foi uma honra e um orgulho poder representá-lo em um trabalho tão marcante.

ESTRELANDO - E dá para perceber que você concilia diversos trabalhos, vai emendando uma coisa na outro, está sempre migrando de uma função para outra e nunca para! Como você dá conta? Pode nos contar um pouquinho como é sua rotina?

João Côrtes -Olha, eu gosto muito de trabalhar... Eu gosto da energia do trabalho. E sou completamente apaixonado pela arte que faço, seja cantar, escrever, dirigir, atuar, dançar, apresentar... Tudo isso me agrega de alguma maneira, mas mais do que isso, enriquece a alma através da possibilidade de troca com outras pessoas, da comunicação. Claro que eu tenho pessoas que trabalham comigo, minha equipe que  me ajuda muito a me organizar, lembrar meus compromissos e datas... Senão eu esqueço! Rs... Mas cada dia é diferente, cada dia tem uma dinâmica diferente, depende muito do trabalho que estou fazendo naquele momento. Acho que essa é a parte que mais gosto dessa profissão, essa rotina sempre em metamorfose.

ESTRELANDO - Você já fez cinema, já fez série, teatro, dublagem, comercial, etc... mas novela ainda não emplacou nada depois de Sol Nascente, em que interpretou o personagem Peppino. Acha que ainda falta fazer uma novela no horário nobre? Tem algum personagem que você sonha em interpretar?

João Côrtes -Sol Nascente foi uma experiência linda, e eu adorei fazer. Se, por acaso, eu entrasse em uma nova novela, seja no horário nobre, ou qualquer horário que seja, vou fazer com muito amor e dedicação. Sou extremamente realizado com a carreira que trilhei até agora , e sigo trilhando.

ESTRELANDO - Com apenas 24 anos de idade você já tem uma produtora audiovisual própria. Como isso aconteceu? Acreditava que ia ter um negócio próprio antes dos 30? 

João Côrtes -Aconteceu da vontade de criar meus próprios filmes, e contar minhas próprias histórias. Eu sempre escrevi muito, e o que não me falta são ideias e projetos para levantar, seja na TV, cinema ou internet. Meu irmão é diretor de fotografia, meu pai produtor e músico e nos juntamos ao nosso amigo, produtor e advogado, Igor Lovato. Juntos, criamos a Tentáculo Rec - e estamos fazendo alguns projetos - fizemos nosso primeiro longa, nosso primeiro curta, e acabamos de rodar um clipe. Além disso, já temos vários outros na fila.

ESTRELANDO - Acredita que daqui pra frente, com a produtora, você passará a ficar mais por trás das câmeras do que à frente delas? Quais são seus planos para os próximos anos?

João Côrtes -Sim, esse ano eu tive minhas primeiras experiências como diretor e roteirista, e me apaixonei completamente por esse outro lado. Tenho dito que dirigir me fez um melhor ator. E sim, estamos com a Tentáculo Rec. a todo vapor, escrevendo vários projetos, roteiros e ideias, tudo ao mesmo tempo. Minha ideia para os próximos anos é conseguir me dividir entre os trabalhos como ator, e meus projetos como roteirista e diretor. Já estou escrevendo meu segundo longa-metragem, tenho alguns curta-metragens escritos, prontos para filmar, e no início do ano que vem eu lanço o Flush, curta-metragem que escrevi, dirigido por Diego Freitas, o qual eu protagonizei ao lado do meu parceiro Nicolas Prattes. Além de Flush, eu lanço meu primeiro longa-metragem como roteirista e diretor, o Nas Mãos de Quem Me Leva 

ESTRELANDO - Entre atuar, apresentar, escrever, dirigir e cantar. Qual é sua maior paixão? Quais dessas funções realmente te move como profissional?

João Côrtes -Vish... Essa pergunta é muito difícil. Eu tenho me perguntado isso de vez em quando... Mas, sendo muito sincero, eu não tenho uma resposta. Eu realmente não consigo colocar uma dessas funções como principal. Sou muito apaixonado por todas as formas de arte, por todas as frentes desse nosso ofício... E acho que não preciso me decidir, ou escolher uma, né? Sinto que existe a possibilidade de seguir exercendo todas essas funções, paralelamente, e ser igualmente entregue e apaixonado por todas. Estou nesse momento da vida, de realmente explorar todos os meu lados, e me apaixonar por cada um deles.

ESTRELANDO - É impossível não lembrar de você no comercial da Vivo e, acredito, que até hoje você deva ser lembrado por isso em algum momento. Mas de lá para cá já foram uns bons anos e é nítido seu crescimento profissional. Você se incomoda, às vezes, com o fato de associarem seu nome ao comercial?

João Côrtes -  Acho natural que volta e meia alguém lembre de um trabalho que teve visibilidade gigante em canal aberto e fechado simultaneamente, como foi o caso dos comerciais. Tenho orgulho dessa campanha, pois foi feita com muito carinho, muito cuidado e muita dedicação. Eu tive o prazer de trabalhar com pessoas extremamente talentosas, muito queridas e com vontade de investir no personagem... Foi uma campanha de sucesso, e esse reconhecimento é só fruto disso. A propaganda foi uma porta de entrada, e depois dela vieram oportunidades incríveis , de projetos como Os Experientes, em que trabalhei com a Beatriz Segall, e inclusive foi o último trabalho dela. E de lá pra cá vieram séries, longas, novela, teatro... Por isso acredito que apenas acrescentou.

ESTRELANDO -  Como foi essa experiência de roteirizar e ao mesmo tempo atuar em Flush? E qual você acha que é a importância de um trabalho como esse nos dias de hoje?

João Côrtes - A ideia é que estreie no início do ano que vem, queremos ver se conseguimos colocar nos festivais entre fevereiro e abril. A experiência de roteirizar e atuar ao mesmo tempo foi bastante interessante. Não só por isso, mas também porque escrevi em inglês e português e atuei nas duas línguas. Então, foi realmente bem interessante e desafiador, mas foi uma sensação bem gostosa, de empoderamento, de poder dizer as palavras que eu mesmo escrevi, sabe?! Consegui dar as intenções exatas que eu queria dar porque quem escreveu fui eu. Eu escrevi as intenções e eu consegui entregá-las como ator. É de extrema importância. Nunca foi tão urgente falar sobre liberdade, sobre gênero, sobre diversidade. É importante ao ponto de que, talvez, se não estivéssemos vivendo essa era tão conservadora, o filme não teria o mesmo sentido. Um filme como Flush existe justamente para transgredir o conservadorismo e preconceito massante. Ele foi criado em cima dessa premissa, de levar a representatividade, levar amor para as telas. Para abrir a mente das pessoas e tentar iluminar a ideia de liberdade plena, liberdade de ser o que você quiser, sem rótulos, sem restrições, simplesmente aceitando sua natureza plena. Tudo isso, através da arte.

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