No dia 15 de maio, Karin Hils lançou o single Nossa Lei, que contou com uma sonoridade pop urbano e provocativo, inspirado nos vocais de coros dos anos 1990. Essa música, inclusive, foi a primeira composta pela própria Karin desde que ela iniciou o processo de ressignificação artística para a fase atual de sua carreira solo na música. Já na última quarta-feira, dia 3, a artista publicou um videoclipe lyric de Nossa Lei, com imagens de dezenas de fãs que enviaram vídeos de momentos que traduzem a eles o que significa ser livre. Importante, né? E em conversa com o ESTRELANDO, Karin refletiu sobre o poder dessa canção, as dificuldades e superações da atual quarentena e, ainda, comentou sobre a possibilidade de termos uma live do grupo Rouge. Vamos conferir?

ESTRELANDO - Você fez uma microssérie no YouTube chamada "Construindo a Minha Lei", que acredito ser interessante tanto para os fãs quanto para as pessoas que sentem vontade de estar no mundo da música e trabalhar com isso. Como surgiu essa ideia? Você sente vontade de continuar fomentando o seu canal com esse tipo de conteúdo, ou até com algum novo, como uma youtuber mesmo?

Karin Hils: É muito natural e necessário o registro do processo da construção de um trabalho. E esse foi um processo muito importante para mim, por isso eu quis compartilhar como foi tudo isso com o meu público. Tenho o desejo de compartilhar outras ações sim, com certeza.

ESTRELANDO - A sonoridade de "Nossa Lei" realmente me lembrou os anos 1980 e 1990, um pouco de Aretha Franklin, mas ainda sim moderno. Quais foram as suas maiores inspirações? Por que decidiu apostar nesse estilo para essa nova fase de sua carreira?

Karin Hils: Parte do meu trabalho traz sim um pouco das referências que eu tive. Mas, apesar disso, não foi nada pensado quanto a sonoridade, as coisas foram acontecendo durante a composição. Considero o som que estou apresentando como pop, porém urbano. 

ESTRELANDO - O que a letra de "Nossa Lei" significa para você? Como foi o processo de composição da música?

Karin Hils: Tenho um carinho especial por essa canção. Ela é o meu lado B. Fala de uma história muito enriquecedora que vivi no passado e um dia me sentirei a vontade para falar a respeito. Essa letra é basicamente do Pablo Bisbo, que conseguiu traduzir de forma muito poética um drama de amor. 

ESTRELANDO - Infelizmente todos foram pegos de surpresa com a atual pandemia do novo coronavírus. A quarentena mudou muito os planos profissionais que você tinha para este ano? Como contornou essa situação?

Karin Hils: Estou contornando, tentando por em prática o meu lado criativo para fazer, como dizem, de um limão uma saborosa limonada. Tenho aproveitado para estar ainda mais próxima do meu público e me desenvolvendo em vários outros aspectos que envolvem a minha carreira além do processo criativo, como administração, estratégia, marketing e produção. 

ESTRELANDO - Muitos artistas estão fazendo lives e até mesmo gravando as suas músicas em casa, com uma produção mais simples e independente. Você acredita que isso pode continuar depois que a pandemia passar? Para você, o "fazer música" será diferente após a quarentena?

Karin Hils: Com certeza estamos terá diferente de alguma forma, estamos caminhando para um novo cenário. Até as lives de hoje estão bem diferentes das de dois meses atrás. Isso já está mudando muito o caminho que vários artistas estão trilhando, o que provavelmente também irá mudar outras questões, como shows. 

ESTRELANDO - Existe algo que você começou a fazer neste período de isolamento e que gostou muito? Descobriu uma nova paixão ou retomou algum hábito?

Karin Hils: Eu estou me interessando muito por produção e direção. Tenho me encantado muito por esses assuntos, como iluminação, edição e direção. Itens que são fundamentais para a produção de conteúdos, lives, shows e videoclipes. 

ESTRELANDO - Como você se sente sabendo que grande parte do Brasil possui uma memória afetiva e um amor grande por você pela importância que o "Rouge" teve na formação de tantas pessoas? E durante todos esses anos, o que esses fãs te ensinaram?

Karin Hils: Durante todos esses anos os fãs tem me ensinando sobre amor puro, lealdade e força. Hoje eu tenho uma relação mais madura com todos eles. O Rouge foi com certeza um dos momentos mais lindos da minha carreira aonde as pessoas puderam testemunhar o nascimento de uma banda e, principalmente, a transformação real de cinco meninas comuns em um grande nome do cenário pop na época. E isso se deve, principalmente, aos nossos fãs. 

ESTRELANDO - O que mais te toca quando você lembra dessa época do "Rouge"? Qual a sua música favorita do grupo?

Karin Hils: Tudo no Rouge me toca em todos os aspectos. A minha música favorita do Rouge é como certeza é Dona da Minha Vida. Essa música, além de registrar uma nova era do que seria o som do Rouge nos dias de hoje, tem um sentido muito especial para mim. Esse é o movimento que eu tenho feito há um tempo para poder ser cada vez mais "Dona da minha vida", principalmente no âmbito artístico. Que para mim começou no início desse ano com o lançamento do meu primeiro single solo, com a música Fogo.

ESTRELANDO - Existe possibilidade do "Rouge" se reunir para uma live? O que pode nos contar sobre isso?

Karin Hils: Não tenho muito o que dizer a respeito ainda, mas se rolar vocês vão ficar sabendo. 

ESTRELANDO - Existe algo que ainda não tenha realizado profissionalmente? Se sim, o que?

Karin Hils: Ainda não fiz nenhum filme como atriz. Tenho muita vontade de fazer cinema.