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Publicada em 21/06/2021 às 00:02 | Atualizada em 18/06/2021 às 16:16

Em entrevista, João Côrtes conta detalhes da preparação para personagem nazista

O ator, que também é roteirista, conta que se sente pressionado ao realizar novos projetos

Karina Dias

Divulgação

João Côrtes é um artista extremamente completo e já mostrou todo o seu talento atuando, cantando e roteirizando. Agora, em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, ele comenta sobre a carreira e também sobre a série O Anjo de Hamburgo, quando dá vida a um personagem nazista, produção que Sophie Charlotte e o Rodrigo Lombardi no elenco. O ator revela como foi a preparação para encarar um papel com um cunho tão pesado.

- Foi um processo longo e intenso de preparação. Meu desafio inicial foi o sotaque, pois eu estava interpretando um jovem alemão de Hamburgo, falando inglês, então precisei praticar bastante até me sentir confiante de que estava no caminho certo. Eu sou bem perfeccionista nesse sentido, gosto de treinar até conseguir entregar o melhor possível. Em uma segunda camada da preparação, eu comecei a me aprofundar e estudar tudo sobre o universo da Segunda Guerra Mundial, entender como a guerra afetou cada país, cada povo, cada cidade... Eu assisti praticamente todos os documentários que encontrei sobre esse período, relatos e depoimentos de sobreviventes, historiadores, buscando ter clareza e perspectiva sobre os acontecimentos. É extremamente chocante, difícil, profundo e impactante. Mas foi importante me imbuir dessa energia para poder chegar no set completamente preenchido. 

E não é porque ele já é um artista renomado que essa energia negativa sobre o tema em que trabalhou não poderia afetá-lo. Para isso, João Côrtes revela como fez para driblar essa possibilidade:

- Durante alguns meses, eu estava carregado dessa energia pesada, sonhando com essas histórias, e realmente tive que trabalhar essas emoções dentro de mim. Eu chorei muito, tive dificuldade para processar tamanha tristeza e desumanidade, tamanha violência e crueldade. Mas, como eu disse, minha prioridade naquele momento era estar o mais contextualizado possível. Quanto mais dentro da história, melhor. Eu me jogo de cabeça, e depois me viro pra sair do buraco... Aprender com o passado, aprender mais sobre esse período obscuro da humanidade é essencial para que nós, como espécie, não cometamos nunca mais os mesmos erros. 

Além de ator, João Côrtes também é um roteirista e, inclusive, já até recebeu prêmios por conta desse trabalho. Assim, ele conta, ainda, que na hora de realizar um novo trabalho se sente um pouco pressionado por conta da pouca idade e muitas responsabilidades.

- Acontece em todo início de processo novo. Inclusive são essas borboletas na barriga, esse nervosismo, que me servem como parâmetro para saber se o trabalho vale a pena. Se eu fico nervoso, se não consigo me imaginar fazendo, é porque eu provavelmente devo fazer. 

E não termina aí. João conta ao ESTRELANDO como foi lidar com esse último um ano e meio de pandemia e isolamento social, visto que, muitos sets de filmagens tiveram que parar por conta da propagação do vírus. 

- Eu vivi muitas fases diferentes dentro desse um ano e meio, tive um crescimento pessoal enorme, evoluí como ser humano, estabeleci novos hábitos, que tem me ajudado muito a me manter saudável, tanto de corpo quanto de mente. Eu escrevi um curta e filmei na quarentena, co-escrevi um longa, compus músicas novas e estou terminando de escrever meu segundo longa-metragem.

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Em entrevista, João Côrtes conta detalhes da preparação para personagem nazista

Em entrevista, João Côrtes conta detalhes da preparação para personagem nazista

16/Abr/

João Côrtes é um artista extremamente completo e já mostrou todo o seu talento atuando, cantando e roteirizando. Agora, em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, ele comenta sobre a carreira e também sobre a série O Anjo de Hamburgo, quando dá vida a um personagem nazista, produção que Sophie Charlotte e o Rodrigo Lombardi no elenco. O ator revela como foi a preparação para encarar um papel com um cunho tão pesado.

- Foi um processo longo e intenso de preparação. Meu desafio inicial foi o sotaque, pois eu estava interpretando um jovem alemão de Hamburgo, falando inglês, então precisei praticar bastante até me sentir confiante de que estava no caminho certo. Eu sou bem perfeccionista nesse sentido, gosto de treinar até conseguir entregar o melhor possível. Em uma segunda camada da preparação, eu comecei a me aprofundar e estudar tudo sobre o universo da Segunda Guerra Mundial, entender como a guerra afetou cada país, cada povo, cada cidade... Eu assisti praticamente todos os documentários que encontrei sobre esse período, relatos e depoimentos de sobreviventes, historiadores, buscando ter clareza e perspectiva sobre os acontecimentos. É extremamente chocante, difícil, profundo e impactante. Mas foi importante me imbuir dessa energia para poder chegar no set completamente preenchido. 

E não é porque ele já é um artista renomado que essa energia negativa sobre o tema em que trabalhou não poderia afetá-lo. Para isso, João Côrtes revela como fez para driblar essa possibilidade:

- Durante alguns meses, eu estava carregado dessa energia pesada, sonhando com essas histórias, e realmente tive que trabalhar essas emoções dentro de mim. Eu chorei muito, tive dificuldade para processar tamanha tristeza e desumanidade, tamanha violência e crueldade. Mas, como eu disse, minha prioridade naquele momento era estar o mais contextualizado possível. Quanto mais dentro da história, melhor. Eu me jogo de cabeça, e depois me viro pra sair do buraco... Aprender com o passado, aprender mais sobre esse período obscuro da humanidade é essencial para que nós, como espécie, não cometamos nunca mais os mesmos erros. 

Além de ator, João Côrtes também é um roteirista e, inclusive, já até recebeu prêmios por conta desse trabalho. Assim, ele conta, ainda, que na hora de realizar um novo trabalho se sente um pouco pressionado por conta da pouca idade e muitas responsabilidades.

- Acontece em todo início de processo novo. Inclusive são essas borboletas na barriga, esse nervosismo, que me servem como parâmetro para saber se o trabalho vale a pena. Se eu fico nervoso, se não consigo me imaginar fazendo, é porque eu provavelmente devo fazer. 

E não termina aí. João conta ao ESTRELANDO como foi lidar com esse último um ano e meio de pandemia e isolamento social, visto que, muitos sets de filmagens tiveram que parar por conta da propagação do vírus. 

- Eu vivi muitas fases diferentes dentro desse um ano e meio, tive um crescimento pessoal enorme, evoluí como ser humano, estabeleci novos hábitos, que tem me ajudado muito a me manter saudável, tanto de corpo quanto de mente. Eu escrevi um curta e filmei na quarentena, co-escrevi um longa, compus músicas novas e estou terminando de escrever meu segundo longa-metragem.