Não eram somente os fãs brasileiros dos seriados Chaves e Chapolin que sonhavam com a visita de Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, por aqui. A atriz garantiu que, no ano passado, se planejou para que pudesse aterrissar no país. A oportunidade surgiu graças a um convite do Programa do Ratinho, do SBT, no qual participou na última quinta-feira, dia 13. Antes de entrar no ar, ela reservou alguns minutos para atender a imprensa.

A briga entre ela e Roberto Gómez Bolaños, o Chaves, pelo direito de uso da personagem da menina sardenta e esperta da vila, claro, não ficou de fora da conversa. Mas não foram somente assuntos tensos que pautaram o papo. Pelo contrário! Maria Antonieta relembrou, com muito carinho, o começo da carreira, aos 6 anos, e o convite para trabalhar com Chespirito.

A proposta era fazer esquetes dentro do humorístico Sabados de la Fortuna, da Televisa, em 1968, quando tinha 18 anos de idade. Sabia que ela, inicialmente, a recusou?

- Eu lhe disse: Não, obrigada. Não sou atriz cômica. Sou atriz dramática. E ele me disse: Então, não é boa atriz. Porque os bons atores sabem fazer tanto comédia quanto drama e é mais difícil fazer rir do que fazer chorar.

Convidada para mais quatro programas na atração, a parceria se transformou em 24 anos entre diversas produções de Bolaños. E lembranças carinhosas não faltam desta época. Episódios como a viagem a Acapulco, o Festival da Boa Vizinhança e o dia no qual todos chamaram Chaves de ladrão (quando um personagem, o Sr. Furtado, era responsável por sumiços na vizinhança), não saem de sua cabeça. 

Outra recordação carinhosa envolve a última participação da personagem Pati, a bonita sobrinha de Gloria, em Chaves. Isto porque quem a interpretou foi sua filha, Paty Strevel, então com 18 anos. 

E como não falar de Ramón Valdés, o Seu Madruga? O carinho era tão grande pelo ator que, quando ela soube de sua morte, em 1988, passou mal e precisou ser levada a um hospital.

Desde terça-feira, dia 13, no Brasil, Maria Antonieta vem aproveitando sua estada, tanto que fez questão de mudar a data de sua volta para o México, prevista para domingo, dia 16. Ela já passeou por alguns pontos conhecidos da cidade e fez compras. Aliás, foi quando quis mostrar a fita de Nosso Senhor do Bonfim, amarrada em seu tornozelo, que deixou escapar, também, uma tatuagem, feita há cinco anos, de Chiquinha na região.

E teremos mais Maria Antonieta de las Nieves no país no ano que vem. Ela garantiu que seu circo, o Circo de la Chilindrina, vai excursionar por aqui, embora nenhuma data ou local esteja previstos ainda.