A nova temporada de A Liga, da Band, realmente promete. O programa volta às telinhas na próxima segunda-feira, dia 18, em grande estilo e com uma novidade e tanto: agora Maria Paula e Guga Noblat integram o elenco de apresentadores, ao lado dos veteranos Mariana Weickert e Thaíde.

Na coletiva de imprensa que aconteceu na terça-feira, dia 12, Maria Paula era só sorrisos ao falar do novo projeto, super animada, ela revelou como será trabalhar em um programa tão sério, depois de brilhar em diversos programas de humor durante a carreira:

- O humor está no DNA não tem como tirar, só se arrancar mesmo, mas sem dúvida nenhuma A Liga está me trazendo para o mundo real, sem anestesia, eu fui a um cemitério clandestino, eu dei de cara com uma cova, saíram braços da cova, ou seja, eu fiquei apavorada, eu fui para casa chorando, tive torcicolo por uma semana, liguei para o diretor aos prantos, falei: Não vou mais fazer nada disso... Na minha primeira filmagem eles me mandaram diretamente para o cemitério clandestino, eu pirei completamente, eu sabia que era assim, mas quando eu senti o cheiro realmente você fica desarmado depois, mas imediatamente eu consegui me refazer encarar e ai eu fiz o que eu tinha que fazer, eu também não tenho frescura para nada, entendeu, eu encaro mesmo.

Sobre a nova experiência a bela ainda comentou que está se acostumando aos poucos com o estilo do programa:

- Me ambientando estou chegando agora, na verdade para mim está sendo maravilhosa a experiência, porque eu acho um privilégio depois de 25 anos de carreira, você tem a oportunidade de começar do começo, como uma principiante, eu estou sentindo uma principiante, isso é um privilégio, é uma delícia, eu estou, claro, nervosa, apavorada, porque tem situações que eu não estou preparada para viver, mas eu vou encarar de qualquer forma, como você vai ver ali, apesar de ficar muito abalada, eu encarei ali, fiz as entrevistas, ou seja, estou aplicando meus horizontes, estou fazendo o melhor que eu posso, estou feliz, porque eu to muito bem acompanhada e isso faz toda diferença para mim e estou me sentindo muito acolhida, por essa equipe maravilhosa. Só de chegar no ambiente que a gente é preparada dessa forma já dá mais tranquilidade, o mais legal que eu estou achando no momento é que é um jornalismo muito diferente do que a gente está acostumado de ver, é um jornalismo na veia e a gente tem muita liberdade, então a gente chega com uma pauta, coisas inesperadas vão acontecendo a gente esquece a pauta e vai para o inesperado, ou seja, freestyle total, neguinho dá o microfone e se joga aí. Não podia ser melhor, né? Minha cara.

Cassetas

Mesmo com o novo trabalho especial em sua vida, Maria Paula, não nega suas raízes no humor, ela revelou que não se arrepende de nada e, mesmo desconversando sobre se volta ou não para os novos episódios do Casseta & Planeta ao lado dos amigos, ela falou com muito carinho dos amigos:

- Minha família, passamos uma vida inteira, foi um casamento de 17 anos, mas longo do que qualquer outro na minha história e saudades do Bussunda, quando eu falo, esse ano tá fazendo 10 anos, vamos mudar de assunto que eu choro.

E até deu a sua opinião sobre os programas de humor atual, rasgando elogios para o Tá no Ar, da Globo:

- Eu amo Tá No Ar, fala sério, o Adnet é um gênio, os companheiros dele são ótimos e a Georgiana Góes que tá no elenco de Tá No Ar, ela é muito boa, ela tá no elenco desse filme agora que eu estou lançando como minha irmã, Doidas e Santas, cara a bichinha é boa em cena, tão boa. Eu gosto de ver a cena evoluindo e eu tenho o maior orgulho de ter participado dessa inovação toda do humor.

Carreira

E, claro, depois de 25 anos de carreira, Maria Paula está se divertindo em voltar novamente a ser uma novata no grupo, ela falou um pouco de toda a sua trajetória:

- Minha vida já teve de tudo, eu comecei na MTV só falava de música, depois eu fiquei muitos anos só falando de humor e depois disso já lancei livro, já fiz vários filmes, tem um filme agora lançando daqui há um mês, ou seja, o que eu acho que quanto mais eu puder abrir meu leque, quando mais experiências eu puder ter melhor. Uma coisa só reforça a outro, quando pintou o último programa que eu tinha feito na TV chamava Saúde Por Aí, que eu fiz na Califórnia que eu saia por ai entrevistando pessoas que falavam que falavam de saúde alternativa e foi super legal. E ai depois disso eu falei, cara pera ai, eu quero fazer cinema, eu quero fazer filme, comecei a fazer um mestrado em psicologia, ninguém sabe, mas eu também tenho um lado B de estudante e ai eu estava meio afim de dar um tempo de TV, mas aí o Seba (Sebastián Gadea, diretor) me ligou e falou: Não porque estamos aqui pensando em você para A Liga e eu fiquei balançada, porque tinha todos os elementos que eu precisava que é novidade, eu sou uma pessoa que adora desafio, então encarar uma novidade, me sentir sem referência foi importante para eu me reinventar e num programa que eu acredito, isso que é legal. Às vezes que passo na sala de edição para dar uma olhada e ai quando eu vejo o programa editado dá um tesão e eu falo caramba que orgulho de fazer isso, que bacana fazer parte desse time, de estar com essa galera, quer dizer, mesmo depois de tantos anos aí na frente das câmeras para mim é um recomeço. E eu estou só agradecendo, todo dia eu acordo e agradeço, os dias difíceis eu acordo e medito, vou pra casa abraço meus filhos, choro um pouco também, mas eu estou encarando realmente com gratidão, porque a essa altura da minha carreia é uma cereja do bolo, pra mim e pro público, porque ao mesmo tempo que para mim amplia dos horizontes.

Ressaltando diversas vezes o quando estava feliz de fazer parte do time, Maria Paula ainda revelou como está sendo se aventurar no campo do jornalismo:

- Eu estou achando ótimo, eu estou acrescentando ao meu repertório, é claro que quando eu menos espero eu solto uma piada, quando eu vejo eu já fiz, então não tem como me segurar, mas o enfoque é outro, a direção que a gente está indo é outra, é muito legal, porque sou eu também, é esse lado B que eu falei que ninguém sabe e que é um privilégio poder mostrar. Eu sou uma pessoa que penso na sociedade que eu vivo, estou sempre refletindo e fazendo alguma coisa para transformar, fazendo alguma coisa para melhorar, então poder ter um canal bom que nem o da Liga e ainda bem acompanhada do jeito que eu estou para fazer isso. Eu acho que tem de tudo, tem coisas muito tendenciosas e agora nesse momento político a gente está vendo, né? E eu acho que tem uma caretice que eu acho que tem uma caretice que tem muito medo de se expor e eu acho também que junto com A Liga tem todo um movimento que é de se expor mesmo, que é o repórter que está lá que está dizendo o que pensa, que dá a opinião dele, quando ele se sente balançado ele expõe a emoção dele também e ele mostra as cenas independentes do editorial do chefe dele. Eu acho que isso acrescenta para todo mundo, liberdade é sem bem-vinda eu sou libertária total, né? Todo o meu passado, toda a trajetória da minha carreira é isso, é me associar a pessoas que tão ali na frente, fazendo o que ninguém estava fazendo e tentando aos poucos ampliando os espaços, porque cada um tem que ser assim mesmo, cada um tem seu espaço e tem que ter coragem para se assumir.