Um dos personagens que mais promovem discussões sobre Segundo Sol é Roberval. Criado como filho da empregada, ele descobriu no começo da trama que é filho do patrão, mas que nunca foi reconhecido como tal. Somado a isso, no capítulo que foi ao ar na última quinta-feira, dia 9, Roberval surtou ao saber que o rival Edgar, interpretado por Caco Ciocler, também é filho de Zefa, vivida por Claudia di Moura. Com todo esse pano de fundo, muita gente entende as atitudes do personagem, que tenta a todo custo se vingar da família Athaíde, porém também se divide com algumas ações de caráter duvidoso de Roberval. É o caso das cenas fortes em que ele agride verbalmente a noiva, Cacau, vivida por Fabíula Nascimento, em pleno altar. Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Fabrício Boliveira falou sobre a dualidade de seu papel na novela e disse que acredita no amor que seu personagem sente pela ex, adiantando que ele vai correr muito atrás dela, mas ainda não se sabe se ela vai ceder.

ESTRELANDO: O Roberval é um dos personagens mais dúbios da novela.  É isso que você esperava?

Fabrício Boliveira: O que sempre quis desse personagem é abrir questão, abrir discussão e isso está acontecendo.  As pessoas estão discutindo bastante nas redes sociais e não estão sabendo qualificar ele. Sempre se julga quem é o bonzinho e o malzinho e a pessoa fica eternizada naquela gaveta.  A gente não sabe se é vilão ou é mocinho. Precisamos acompanhar as ações dele.

ESTRELANDO: Ele não ficou mais para vilão depois das cenas do casamento?

Fabrício Boliveira:  Se notar em cada cena tem minúsculas partículas de sinceridade e até de compaixão pelo irmão.  O Edgar nunca trabalhou na vida e ele vai oferecer um emprego ao irmão. Ele fala em se vingar do irmão, mas dá a oportunidade do irmão ter alguma experiência profissional na vida. Na mesma cena que se fala de vingança, ele também dá uma oportunidade de trabalho para a Karen e uma forma de educação para a Rochelle.

ESTRELANDO: Mas o fato dele ter sido rejeitado é uma justificativa para a vingança, para a agressividade?

Fabrício Boliveira: Não é justificável, nenhuma violência é justificável, principalmente essa do casamento, mas a gente entende. A gente vê na história dele que ele foi renegado três vezes.

ESTRELANDO: Mas todos pensavam desde o reencontro com a Cacau, que ele tinha uma vingança planejava contra ela.

Fabrício Boliveira: E não tinha. Era um jogo que já estava nos capítulos e eu fiz questão de frisar isso para que todos ficassem com essa dúvida. Essa dúvida ficou até uma semana antes do casamento, quando todos puderam ver que ele amava mesmo, que estava sendo muito legal e ela sim era uma escrota traindo ele. Ela trai com o irmão, a mesma coisa que vinte anos atrás.

ESTRELANDO: Ainda aposta em um final feliz para esse casal?

Fabrício Boliveira: O que eu sinto é que ele realmente ama essa mulher. Acho que ele vai insistir uma pouco mais, mas não sei se ele vai ceder, porque foi muito traumático o que aconteceu no casamento.  Ele vai correr ainda muito atrás dela, o amor é maior que a vingança.