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Getty Images No dia 10 de janeiro de 2016 a morte de David Bowie deixou todo mundo de queixo caído. Isso porque na época a notícia pegou a todos de surpresa, porque ninguém sabia que ele estava lutando contra um câncer no fígado há um ano e meio. Ao se manter discreto em relação a sua doença, o músico nascido em 8 de janeiro de 1947 deixou outros segredos que só conseguimos descobrir após sua morte. Na época, em comunicado, a família indicou que ele havia morrido em paz. A seguir, conheça outros segredos que vieram à tona depois do anúncio de seu falecimento.
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Divulgação Apesar de a luta contra o câncer ter durado um ano e meio, Bowie só recebeu a notícia de que não sobreviveria três meses antes de morrer. A informação foi revelada no documentário David Bowie: The Last Five Years e Johan Renck, o diretor do clipe de Lazarus, o último do músico, revelou o seguinte: - Eu imediatamente disse que a canção chamava Lazarus, então ele podia estar na cama. Para mim, tinha a ver com aspectos bíblicos... não tinha nada a ver com o fato de ele estar doente. Eu descobri depois que, na semana que estávamos gravando, foi quando ele ficou sabendo que havia acabado, que eles haviam encerrado o tratamento e que sua doença havia vencido.
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Getty Images Um mês após a morte de Bowie, Duncan Jones, seu filho, descobriu que seria pai pela primeira vez. Para anunciar a novidade, ele postou uma imagem de um desenho todo fofo, em que aparece um bebê, dentro da barriga, dizendo a frase estou esperando. E escreveu na legenda: Um mês que meu pai morreu hoje. Fiz esse cartão para ele no Natal. Chega em junho. Círculo da vida. Eu amo você, vovô.
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Divulgação Até depois de sua morte descobrimos sua generosidade. Além de dividir sua herança com a esposa, Iman, e seus filhos, Duncan e Lexie, Bowie também incluiu Marion Skene, ex-babá de Duncan, no testamento. Para ela, o músico deixou um milhão de dólares.
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Divulgação Duncan chegou a compartilhar uma carta de agradecimento para seu pai, escrita por um médico. No registro, Mark Taubert disse o seguinte: No começo daquela semana eu tive uma discussão com uma paciente no hospital, que estava encarando o fim de sua vida. Nós discutimos sobre sua morte e sua música, e isso nos levou a falar sobre vários assuntos com peso, que nem sempre é fácil de discutir com alguém que enfrenta sua própria morte. Na verdade, sua história virou um meio para que nós nos comunicássemos abertamente sobre morte, algo que muitos médicos e enfermeiros lutam para ao menos introduzir o tema com o paciente. Ele ainda continua: Muito obrigado por Lazarus e Blackstar. Eu sou um médico e o que você fez no tempo em que a morte girava em torno de você teve um efeito muito profundo em mim e em muitas outras pessoas com quem eu trabalho. Seu álbum está repleto de referências e alusões, sugestões. Como sempre, você não facilita a interpretação de tudo, mas talvez esse não seja o ponto.
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Divulgação Discreto até na hora de sua despedida, Bowie pediu para que não houvesse funeral e nem memorial, mas sim, que ele apenas fosse cremado. Aos entes queridos, ele havia dito que queria ir embora sem qualquer problema.
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Divulgação Seu 25º álbum de estúdio foi Blackstar que, além de trazer canções como Lazarus, com letra de despedida, traz também presentes para os fãs. Por exemplo, quem possuir o disco em formato de vinil e colocá-lo no sol, perceberá uma galáxia toda brilhante se revelando. Sempre surpreendendo, não é mesmo?
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Divulgação Em seus últimos meses de vida, Bowie se dedicou à criação do musical Lazarus. E o diretor da peça, Ivo van Hove, sabia bem qual era o status de saúde do cantor. Além de contar que ele havia sofrido seis ataques cardíacos nos últimos anos, Ivo também revelou que Bowie queria terminar o quanto antes os projetos pendentes, antes que a doença o vencesse: - O elenco não sabia na época e eu suspeito que os músicos que trabalharam com ele em Blackstar também não sabiam. Ele fez muito esforço para terminar os dois projetos a tempo, para não deixar a doença vencê-lo.
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Divulgação E falando nesse musical, a ideia inicial de Bowie era se basear no álbum The Man Who Fell to Earth, de 1976, mas também contar a história de alienígena, com referências ao trabalho da poetisa Emma Lazarus e ainda aquilo que seriam músicas (falsas) de Bob Dylan - porém assinadas por Bowie. Vamos sentir falta dessa criatividade, não é mesmo?
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Divulgação Jimmy King, fotógrafo e amigo de longa data de Bowie, também foi o responsável por clicar o último ensaio fotográfico do músico. A última foto dele, antes de morrer, é que você vê logo acima, em que ele aparece sorrindo.