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Divulgação A série Chernobyl da HBO está dando o que falar! A produção retrata tudo o que rolou no desastre nuclear, que ocorreu perto da cidade de Pripyat, na antiga União Soviética. Conquistando o público por sua qualidade, a série surpreende por trazer fatos que realmente rolaram na época do acidente. Não é à toa que Chernobyl se tornou a série mais bem avaliada no IMDb! Aproveitando o assunto, o ESTRELANDO vai te mostrar como a série acertou tudo em cheio - e quais detalhes foram mudados -, confira a seguir!
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Divulgação Lembrando que a produção começa apresentando Valery Legasov ao público, um especialista em energia nuclear, que está gravando fitas para relatar o seu ponto de vista sobre a tragédia, que ocorreu no dia 26 de abril de 1989. Logo depois de gravar uma última fita, ele comete suicídio. Isso realmente aconteceu e Legasov tirou sua própria vida na mesma data do acidente, dois anos depois. Oito anos após sua morte, e dez anos após o desastre, Legasov foi premiado como Herói da Federação da Rússia pelo então presidente Boris Yeltsin.
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Divulgação Outra situação que a série acertou em cheio foi a sequência logo após a explosão. Na cena, o engenheiro-chefe, Anatoly Dyatlov, começou a dar ordens aos seus subordinados para tentar controlar a situação. O que eles acharam que a princípio tinha acontecido era a explosão de um tanque e não do reator. Nesse momento, nessa cena, até os diálogos ficaram bem parecidos, como confirmou Svetlana Alexievich, que escreveu o livro Vozes de Chernobyl.
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Montagem-Divulgação Assim que ocorre a explosão, a série mostra o bombeiro Vasily Ignatenko, de apenas 25 anos de idade, que imediatamente vai até o local para ajudar a conter o fogo. O personagem realmente existiu na vida real e, como mostra na produção, ele teve contato com a radiação e morreu 14 dias depois de forma bem horrível. Sua esposa, Lyudmilla Ignatenko, que também é retratada na série, existiu na vida real e realmente estava grávida - e perdeu o bebê quatro horas após o nascimento. No livro de Svetlana ela deu um depoimento para detalhar o enterro de seu marido: - Eles não conseguiam colocar sapatos nele porque seus pés estavam inchados. Eles o enterraram descalço. Meu amor, contou. O episódio, inclusive, termina com Lyudmilla segurando um par de sapatos.
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Divulgação O segundo episódio da série chama-se Please remain calm que, em português, pode ser traduzido como por favor, mantenha a calma. Isso é uma referência ao momento em que a cidade de Pripyat começa a ser evacuado. Infelizmente, por não entenderem a gravidade da situação, os moradores só começaram a ir embora aproximadamente 36 horas depois do desastre. Quando foram disponibilizados ônibus para evacuar a cidade, os policiais usaram sons altos para dar o seguinte recado: - Por favor, mantenha a calma e a ordem no processo desta evacuação a curto prazo. É daí que vem o nome do episódio. Aliás, vale citar que realmente acreditavam que a evacuação era a curto prazo e que em breve os moradores voltariam para a região. O que nunca aconteceu. Especialistas, inclusive, afirmam que aquele local só deixará de ser perigoso mesmo em 300 mil anos.
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Divulgação Ao assistir a série, você conheceu a física nuclear Ulana Khomyuk. Porém, ela é uma das poucas personagens que nunca existiu. A ideia da produção era juntar diversos profissionais da área, que ajudaram a lidar com a tragédia de Chernobyl, em uma só pessoa.
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Divulgação Você se lembra da situação dramática em que, para evitar o contato da lava radioativa com a água, que ocasionaria em outra explosão ainda mais desastrosa, três voluntários toparam tentar reverter essa situação? Os engenheiros Alexei Ananenko e Valeri Bezpalov e o supervisionador de turno Boris Baranov tiveram que entrar no porão de Chernobyl e, manualmente, drenar a água. Na série é possível ver a preocupação de Legasov, já que ele acreditava ser uma missão suicida, por causa do contato que os três teriam com a radiação. Porém, todos eles sobreviveram e ainda estão vivos! Só Baranov que morreu em 2005.
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Divulgação Ah, e vale a pena citar que o criador da série, Craig Mazin, revelou em um podcast uma curiosidade e tanto sobre esse momento! Quem viu a série percebeu que os três, já dentro do porão, estavam com lanternas que ameaçavam apagar a qualquer momento. Porém, apesar do susto, as lanternas voltam a funcionar e os três conseguem realizar a missão de forma bem-sucedida. O que Craig contou é que, na verdade, as lanternas dos voluntários realmente falhou na hora e eles tiveram que fazer tudo no escuro! A explicação de Craig para não detalhar a verdade é que ele acredita que os telespectadores não iriam achar verídico, por ser tão impressionante o fato de os voluntários terem realizado essa tarefa no escuro. Legal, né?
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Divulgação Uma das partes mais legais do quinto episódio é o fato de ter mostrado, em detalhes, tudo o que ocorreu na sala de controle e que antecedeu o momento da explosão. De acordo com documentos oficiais, toda a situação mostrada aconteceu de verdade, inclusive diálogos. Por exemplo, Dyatlov realmente ameaçou seus funcionários que, se não obedecessem ordens, acabariam demitidos. Apesar dos protestos de alguns dos trabalhadores, Dyatlov continuou ordenando que o teste continuasse - o que resultou no desastre.
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Divulgação Outro personagem que existiu mesmo foi Boris Shcherbina, um dos ministros da União Soviética. A princípio, em contato com Legasov, ele não acredita que o desastre de Chernobyl tenha sido assim tão complicado. Porém, ele passa a entender melhor a situação e fica totalmente do lado de Legasov, já que a União Soviética tentou, a todo custo, não revelar detalhes do fracasso. Um detalhe triste e verídico é quando Legasov diz a Shcherbina que ambos estarão mortos em cinco anos - o que de fato aconteceu, já que o ministro morreu, por consequências da radiação, quatro anos após o desastre.
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Divulgação E falando nas mortes, a União Soviética não divulga os números reais e apenas afirma que cerca de 30 pessoas morreram com a tragédia. Porém, estima-se que aproximadamente quatro mil pessoas tenham morrido com o acidente - direta e/ou indiretamente. Muitas das mortes ocorreram por causa do câncer, causado pela radiação.
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Divulgação Por fim, algo bem triste. Com a evacuação das pessoas, sobrou para os soldados terem que matar cachorros que ficaram pela região. Era necessário matar os bichinhos porque eles estavam contaminados e poderiam se locomover para outras regiões e acabar passando a radiação para outros animais e pessoas. Na série, há justamente esse momento em que soldados atiram em cachorros e todos morrem. Na vida real, alguns não morriam logo com os tiros e acabaram sendo enterrados vivos, sob concreto. Pesado, né?