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Publicada em 23/10/2019 às 13:19 | Atualizada em 23/10/2019 às 13:34

Angélica se posiciona sobre aborto e relembra assédio sofrido aos 18 anos: Empurrei, bati nele e saí do carro

Em entrevista à Marie Claire, a apresentadora também falou sobre os acidentes envolvendo sua família, maternidade e suas opiniões sobre aborto e legalização das drogas

Da Redação

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Angélica deixou claro que não liga de falar sobre assuntos polêmicos ao conceder uma entrevista para a edição de outubro da revista Marie Claire. Casada com Luciano Huck e mãe de três filhos, a apresentadora  abriu o jogo sobre o que pensa da maternidade, além de relembrar o acidente que assustou sua família em 2019, dar sua opinião sobre a legalização do aborto e da maconha e também revelar que sofreu um assédio quando tinha 18 anos de idade.

- Teve uma história uma vez quando tinha 18 anos. Era Natal, estava em Nova York, Estados Unidos, com meus pais e um conhecido apareceu no hotel com uma cara de louco, dizendo que queria conversar. Neguei. Entrei numa limusine, ele veio atrás. Tentou me agarrar à força. Empurrei, bati nele e saí do carro. Demorei a perceber o que aconteceu. Foi uma situação bem escrota, deu pra sentir como deve ser difícil quando você não tem força para reagir, declarou.

Questionada sobre sua relação com a maternidade, a mãe de Joaquim, Benício e Eva afirmou que, diferente de muitas mulheres, não gosta da gravidez.

- Tem um certo romantismo em torno da maternidade. É divino, é um privilégio, mas é barra. A gravidez, realmente, não curto. Não amo a barriga, e não é porque prefiro gominhos, como dizem. É porque pesa. Gosto de quando nasce. Fico noites acordada, com peito rachado e não tem problema.

Na sequência, a apresentadora relembrou o acidente sofrido por Benício em junho deste ano após bater a cabeça em uma prancha de wakeboard enquanto praticava o esporte em Ilha Grande, na baía de Angra dos Reis, no sul do estado do Rio. Ele sofreu um traumatismo no crânio com um afundamento no lado direito da cabeça e foi submetido a uma neurocirurgia

- Ele estava fazendo wakeboard quando bateu a cabeça. Voltou para o barco, e desci para ver o que tinha acontecido. Ele mesmo tinha buscado gelo, superconsciente. Quando passei a mão na cabeça dele, afundou. Não tinha sangue, mas entendi que era grave. Aí, cara, foi um desespero. Estávamos no meio do mar, escurecendo, sem sinal de telefone, que funcionou para uma única ligação, a do médico. Voltamos para o Rio. Fui até a entrada do centro cirúrgico com o Benício, sem saber como ele voltaria. Quando fecharam a porta, eu gritava que nem um bicho. Os médicos começaram a falar alto para ele não me escutar. A sensação é de cortar a própria carne. Fiquei de joelhos rezando o tempo todo. Foi um milagre enorme, em dois dias ele saiu da UTI, em quatro estava em casa. Não teve convulsão, apesar da perda encefálica na parte pré-motora. Está ótimo, não teve sequelas.

Angélica relembra o que passou pela sua cabeça durante os momentos de tensão, quando o filho estava no hospital.

- Tinha tanta fé e estava tão focada em rezar que não concebia a ideia de perdê-lo. Não pensei isso, queria que ele saísse bem daquilo. Foi quando ele viajou com a escola, dois meses depois do acidente, que caiu a ficha. Entrei no quarto e a cama dele estava vazia. Comecei a chorar muito. Só de falar para você já me dói o peito.

Durante a entrevista, temas como feminismo e legalização do aborto e maconham também foram abordados. Questionada se é feminista, a apresentadora declarou:

- Sim. Todas deveríamos ser. Mas tem que botar o sentido correto da palavra. O feminismo que acredito luta pelos direitos iguais, não é contra os homens. A culpa não é só deles. Nós mulheres criamos filhos machistas. A reeducação leva tempo. Às vezes tem que ser um pouco radical para que isso aconteça. 

Ela também comentou sobre o movimento #MeToo, que é contra o assédio sexual e a agressão sexual, e como a denúncia de assédio sobre José Mayer transformou os bastidores da Rede Globo.

- Hoje, na TV Globo, muitas mulheres em cargos poderosos estão de olho nisso. Por outro lado, na própria TV Globo a gente vive meio que uma moda, é legal falar que é feminista. Temos que tomar cuidado para não ficar só uma coisa raivosa.

Ao falar sobre a legalização do aborto, Angélica ponderou:

- É complicado implantar uma lei tão polêmica no Brasil por causa da falta de educação. As pessoas não têm acesso à comida. É difícil exigir que entendam isso porque esbarra em religião e coisas profundas. Não posso dizer que sou a favor porque vou afrontar muita gente. Agora tem que criar uma lei específica para casos como estupro. A saúde também precisa ajudar. Aborto clandestino é o que mais acontece e mata gente.

E continua:

- Temos que começar fazendo valer a lei, de que se a mulher foi estuprada, tem direito ao aborto. Mas acho que podia ampliar um pouco, sim. Deveríamos ter políticas de saúde melhores para que isso não precisasse acontecer. Se ela decidiu isso, não foi porque quis engravidar. Religiosamente é muito complicado, do ponto de vista energético está errado. E a mulher tem que ter o direito de escolher. Eu acho [risos].

Já sobre a legalização da maconha, a apresentadora afirmou ser contra.

- Não. Esse é outro tema que precisa de debate. Se tiver um projeto de lei provando que vai melhorar a criminalidade, falarei é verdade, pode funcionar.. Em muitos países funciona, inclusive. Mas no Brasil, como está, outras coisas têm que acontecer antes, finalizou.

A seguir, confira 30 cliques que mostram os melhores momentos da família de Luciano Huck e Angélica!

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