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Publicada em 28/01/2020 às 18:42 | Atualizada em 28/01/2020 às 19:08

Arrasando como Sandro de Amor de Mãe, Humberto Carrão dispara: - Não sei jogar o jogo das celebridades, e nem quero

O ator ainda falou em entrevista sobre seu relacionamento de anos com a também atriz Chandelly Braz

Da Redação

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Humberto Carrão está arrasando na novela Amor de Mãe, trama das nove da Globo. Com um personagem denso e cheio de conflitos, o intérprete de Sandro  está com 28 anos de idade e tem emocionado no folhetim, em especial nas cenas ao lado de Regina Casé. Por isso, em, entrevista ao jornal O Globo, o ator falou sobre seu papel e sobre a recente descoberta do personagem, que não é filho da doméstica Lurdes, e sim da então patroa dos dois, a advogada Vitória, papel de Taís Araújo.

- O negócio bateu forte porque era uma tristeza mesmo abandonar aquele núcleo, conta, dizendo, ainda como se preparou para o Sandro:

- Passei um dia inteiro em Bangu, em diferentes pavilhões. É muito pouco para compor um personagem ou achar que entendi e posso falar sobre o assunto. Mas eu fui porque eu não queria fazer uma caricatura. A gente costuma ver sempre uns estereótipos de presos, e era uma coisa de que eles reclamavam muito. Falaram para eu não fazer assim ou assado. A roupa, o jeito de falar. Existem muitos rituais no presídio. Fico curioso pra saber se estão vendo, o que eles estão achando. Foi importante, para mim, ter ido lá, principalmente pelo trabalho de corpo. Existia, no início, uma ideia de que o personagem tinha que ocupar muito espaço, e eu sempre pensei o contrário. Ele tinha que ser quebrado pelas coisas por que passou.

Mas, apesar do sucesso de seu personagem, ele não se vê como  um galã:

- Não. Acho que eu tenho feito boas escolhas, e nunca é baseado na grana. Não levo nem um pouco uma vida de celebridade. Não jogo o jogo, não sei jogar, e nem quero.

Ficou curioso para saber o que, para ele, é jogar o jogo de celebridade? Humberto explica: 

- Acho que é a quantidade de alta exposição da sua vida, e principalmente, tudo é seguidor, like. Essa história de jogar o jogo tem a ver, no Brasil dos últimos anos, em se esquivar. Mesmo que eu fosse dentista, me posicionaria em assuntos que eu acho fundamentais. Eu vejo que isso incomoda um bando de gente, é o famoso deixando de seguir. C****i.

E ele é realmente bastante discreto. Desde 2012, o ator namora a também atriz Chandelly Braz. Mas a exposição não fez com que ficasse mais difícil ter um relacionamento sério:

- Não ficou, não. Eu não pego um trabalho de exposição o tempo todo, não mudo minha vida por isso. Nunca afetou porque ela é muito tranquila. Estamos juntos há quase oito anos.

Se eles pretendem se casar? O ator também comenta:

- A gente já ficou junto um tempo. Mas, sei lá, acho que em um momento a gente vai!

Além disso, Humberto vai ser uma das pessoas a desfilar como Jesus no Carnaval da Mangueira. Sobre isso, ele  também comentou:

- Sou mangueirense desde criança. Quando o Leandro (Vieira, carnavalesco da escola) me chamou achei estranho: Como assim, a ideia não era Jesus preto?. Ele explicou que são vários tipos de Jesus, e ele queria que o Jesus branco fosse o que expulsa os mercenários do templo. Então é um Jesus com raiva. A raiva é diferente de ódio, porque ela estimula, e ódio diminui. É um Jesus que tem força e decide expulsar quem vende a fé.

Aliás, o ator ainda falou sobre a questão que tem sido levantada por muitas pessoas, se realmente dá para falar sobre Jesus no Carnaval:

- Dá pra falar de tudo. No Carnaval todos os assuntos podem estar na mesa. É o lugar de embaralhar as hierarquias e os poderes. O Carnaval é um instrumento de pensamento, de estabelecer laços, discutir assuntos. Se você acompanha um samba enredo, fica estimulado a saber mais sobre aquele assunto. Acho essa pergunta da Mangueira deste ano muito corajosa, e num momento ideal: Vem cá, pessoas da fé, políticos que usam da fé como projeto de poder, e se Jesus voltasse como uma criança na Mangueira? Acho que eles iriam odiar, tenho certeza de que seria inimigo deles.

E não é só. Ele ainda prepara outros projetos para este ano:

- Estou escrevendo o roteiro de um longa-metragem com a Ana Maria Gonçalves (autora de Um defeito de cor), o segundo que escrevemos juntos. Quero dirigir também. É sobre quatro idosos que são os últimos a receber do Estado reparação pelo que eles sofreram na ditadura. São pessoas que depois de 50 anos recebem uns 60 mil reais e não sabem o que fazer com esse dinheiro. Acho os personagens idosos muito especiais, e eu percebo que muitos dos nossos grandes atores, quando ficam velhos, têm personagens cada vez menores e menos complexos. Quero homenageá-los.

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