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Publicada em 19/02/2021 às 16:00 | Atualizada em 19/02/2021 às 15:36

Aos 87 anos de idade, Eva Wilma desabafa sobre internação por pneumonia e morte: - Você tem consciência dela, a encara e vive com isso

A atriz veterana continua fazendo tratamento médico em casa

Da Redação

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Eva Wilma passou por um grande susto recentemente. Aos 87 anos de idade, a atriz ficou três semanas internada por causa de uma pneumonia. Pior: a internação aconteceu em meio à pandemia do novo coronavírus. Apesar da delicadeza do caso, a veterana contou, em entrevista à revista Veja, que sempre acreditou que sairia do hospital.

- Vamos combinar que, depois dos 80, a ideia da morte não é algo estranho. Você tem consciência dela, a encara e vive com isso. Eu driblo o tempo com altas doses de otimismo e projetos, muitos projetos. Isso é vital. Sempre pensei: Vou sair desta cama.

Nesse meio tempo, Eva fazia testes frequentes para saber se tinha sido contaminada pela Covid-19.

Sabia que estava na zona de risco, ainda que todas as medidas preventivas tenham sido tomadas. A cada teste negativo, vinha o alívio. Durante minha adolescência, vi a II Guerra e agora, setenta anos depois, testemunho a pandemia, um inimigo invisível. Felizmente, já recebi a primeira dose da vacina.

Para a artista, inclusive, não foi difícil extrair forças para brigar pela vida.

Exercito a espiritualidade, especialmente em momentos difíceis. Não é uma questão de religião, mas de fé. Outro ponto essencial é ter objetivos. Queria muito voltar ao convívio da minha família, para minha casa, onde me sinto tão bem, e para o meu ofício. Fundamental mesmo é nunca perder o entusiasmo para seguir em frente.

Eva ainda diz que envelhecer, para ela, é refletir sobre uma nova fase da vida.

- Quando você passa dos 50, 60 anos, e chega ao que chamo de adolescência da envelhecência, já sabe o que está por vir. Alguns amigos se vão. Aparece um problema de saúde aqui, outro ali, e aí você precisa tentar relaxar, sem nutrir raiva e sempre alimentando a esperança. Reflito muito sobre a necessidade de aprender a conviver melhor com as perdas e as limitações, que são incontornáveis a essa altura. Agora, há, sim, vantagens na minha idade. Sinto que consigo amar mais as pessoas com todas as suas contradições e complexidades.

E mesmo com a opção de se aposentar, a atriz pretende continuar trabalhando.

Minha profissão é um propósito claríssimo de minha existência. Cantar, dançar, representar, isso ainda me desperta paixão, me dá um norte e me enche de vontade de viver.

Agora, a veterana continua cuidando da saúde para, futuramente, voltar a atuar.

Depois de receber alta, continuo com o tratamento em casa, tomando remédios e cuidando da alimentação. Mesmo com a vacina, sigo isolada, por precaução. Às vezes, vem um ou outro parente me visitar. Essa internação, na verdade, veio reforçar minha crença na vida e em mim mesma. Não vejo a hora de as cortinas se abrirem de novo e eu estar lá, em cima do palco.

Um exemplo de pessoa, não é?

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