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Filmado entre abril e maio de 2019, o filme Depois a Louca sou Eu estreia nessa quinta-feira, dia 25, nos cinemas brasileiros. Inspirado no livro de mesmo nome escrito por Tati Bernardi, a comédia dramática conta a história de Dani, vivida por Débora Falabella, uma mulher que sofre de ansiedade desde criança.
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No começo do filme, a personagem descreve suas primeiras crises de ansiedade e os medos que sente todos os dias em sua rotina. Quem também tem crises poderá se identificar em muitos momentos. Em coletiva de imprensa do filme, Débora falou que também sofre do mesmo mal: - sou uma pessoa que sofro de ansiedade e já passei por alguns episódios. E eu acho que todos nós. Quem não está ansioso nesses últimos anos no nosso País está alienado, não é possível, é um momento muito complicado. Ela ainda comentou como o filme pode ajudar, além da identificação: Acho que a gente tem que se acolher mesmo, até nas relações. Eu me inspirei, claro, em mim e nas pessoas que estão ao meu redor porque acho que está todo mundo levemente sofrendo com isso.
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A diretora Julia Rezende, responsável por outros sucessos do cinema nacional, como a franquia Meu Passado me Condena e a série Coisa Mais Linda, contou que leu o livro de Tati antes mesmo do lançamento e pensou no filme logo em seguida: - Esse livro é a história da nossa geração. A gente tá vivendo essa geração Rivotril, tá todo mundo medicado, tentando lidar com muita ansiedade. Pré pandemia a gente já vinha nesse movimento, as redes sociais, as comparações, as expectativas. Então acho que ela consegue retratar com humor uma situação que é muito dramática, de uma mulher que tá tentando sobreviver a si mesma. Uma mulher muito forte, que apesar de todas as dificuldades e angústias, ela está sempre indo em frente.
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No longa, Débora contracena com Gustavo Vaz, com quem teve um relacionamento que acabou em janeiro de 2021. Na história, o ator interpreta Gilberto, que se identifica com Dani ao apresentar também os mesmos problemas e medos que ela, e os dois engatam um relacionamento: - Eu acho que todos nós temos os nossos momentos de loucura ou de perda do contorno. E acho que isso é natural. A gente enquanto sociedade ainda precisa evoluir em muitos aspectos, derrubar esses tabus, falar sobre essas coisas. E há essa dificuldade masculina de falar, de assumir, e até de lidar quando escuta um outro homem falando sobre isso, contou o ator durante a coletiva.
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Perguntada se foi um desafio falar de uma assunto sério de forma cômica, Débora opinou: - Eu não pensava que eu tinha que fazer um filme para ser engraçado, sabe? As situações eram muito engraçadas porque quando a gente se distancia, depois que passou, a gente pode rir. Então, eu acho que as situações já eram engraçadas por si só, mas eu tinha dificuldade de pensar como uma comédia. A Júlia conduziu isso muito bem.
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O elenco também defendeu que apesar de retratar os amores de Dani, o mote principal do filme é a relação delicada entre a protagonista e sua mãe, Silvia, vivida por Yara de Novaes, que contou de onde ela tirou inspiração para sua personagem: - É evidente que as relações que eu tive com a minha mãe ou com meus filhos acabam me balizando nisso. (...) é uma relação muito intensa entre as duas, de muito amor e de muita negação desse amor, de muito controle e de muita liberdade, elas caminham o tempo todo nesse paradoxo.
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Débora também comentou como foi o clima no set de filmagens: - Você estar a vontade com a personagem e tendo muito prazer naquilo que você faz é muito importante para a história correr bem. Claro que isso me afeta com o roteiro, mas mais do que isso me afetou positivamente contar essa história e com essa equipe maravilhosa.
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As cores do filme chamam a atenção por trabalhar bastante o vermelho e o verde, assim como o cartaz de divulgação. Julia Rezende explicou a escolha: - Foi um caminho muito interessante com a fotografia e a direção de arte, todos os momentos quando ela está em crise existe algo vermelho em cena, como um signo de crise. E o verde nos momentos que ela está vivendo com mais liberdade.
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A produtora do longa, Mariza Leão, contou como é lançar o filme nesse momento de pandemia: - Eu acho que é muito bom a gente chegar nas salas nesse momento com um filme com esse tema e com esse rigor estético. Me importa muito estar nesse momento dizer que é como se fosse um abraço. E sim, nós seguiremos, e estaremos sempre juntos.
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Além de se identificar com as crises de Tati, os espectadores também poderão se divertir com várias situações que todo mundo já viveu em sua vida, além de poder aprender lições importantes para lidar com as adversidades: - Eu espero que esse filme esteja em um lugar de diversão e acolhimento, disse Débora.
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