O pai de Neymar Jr., Neymar da Silva Santos, se apresentou espontaneamente na Justiça para se defender de uma ação movida pelo condomínio Associação Residencial Alphaville 2, na Grande São Paulo, onde a família tem uma mansão. Segundo informações do colunista Diego Garcia, o condomínio pede por adequações ou demolição de áreas do imóvel de Neymar. Na ação, a empresa protestou contra as obras realizadas no local e declarou que já alertou Neymar anteriormente sobre irregularidades. De acordo com o condomínio, o empresário realizou reformas sem cumprir com o que foi aprovado no projeto.

No passado, a Prefeitura de Barueri fiscalizou a obra e constatou irregularidades. Ainda segundo o condomínio, na época, Neymar assumiu a responsabilidade de seguir a construção da residência assim como ela foi aprovada na planta.

O pai do jogador, entretanto, se diz vítima no processo e pediu à Justiça pela resolução do contrato caso irregularidades sejam confirmadas. Ou seja: se inconstâncias envolvendo a mansão forem comprovadas no tribunal, Neymar assumiria quebra de contrato com o condomínio por descumprimento de suas obrigações como condômino.

O valor pago pelo empresário no imóvel entrou em sigilo na ação. Na escritura, consta que o antigo proprietário deu 2 milhões e 100 mil reais pela casa. Na internet, porém, é possível encontrar propriedades no condomínio por até sete milhões de reais. Por isso, os advogados de Neymar pedem pela devolução de todos os valores pagos pela família do atleta na compra da mansão, corrigidos, com eventuais prejuízos acrescidos - isso caso eles tenham que arcar com mais exigências feitas pelo condomínio.

Neymar ainda afirmou que a casa não está em obras, ao contrário do que o condomínio atesta no processo. E mais: o empresário diz que se a construção estiver, de fato, irregular, ele é vítima, pois acredita que o condomínio já tinha conhecimento das irregularidades desde 2019, mas não avisou sobre os problemas e o deixou vulnerável.

O processo é público e Neymar rebateu algumas informações na contestação. Em sua última decisão, a Justiça pediu para que o condomínio se manifeste sobre os novos argumentos do empresário.