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Publicada em 06/03/2018 às 07:40 | Atualizada em 06/03/2018 às 08:49

William Waack nega que piada tenha sido racista e diz a Fábio Porchat que aprendeu a ser mais humilde após episódio polêmico

O jornalista também responsabilizou a TV Globo pelo seu silêncio após vazamento de vídeo

Da Redação

Divulgação - Edu Moraes/Record TV

Na noite da última segunda-feira, dia 5, William Waack concedeu sua primeira entrevista televisiva após ter seu contrato rescindido com a TV Globo em dezembro do ano passado, por causa de um vídeo vazado na internet em que aparece fazendo uma piada de cunho racista. Em entrevista a Fábio Porchat, no Programa do Porchat, na Record TV, o jornalista reiterou que não é uma pessoa racista, mas que se arrepende completamente do acontecido:

-  Não faz parte do minha índole, nem do meu raciocínio, nenhum tipo de coisa dessa. É um tipo de piada idiota, contada sem nenhuma intenção. Eu acho que isso conta. Acha que isso eu levo na boa? Claro que não. Me arrependo disso, eu sou um cara normal. que fala palavração, que fala coisa fora de hora, eu xingo sem querer, eu sou normal. Não é normal quem diz que todo mundo é santinho e o nível de hipocrisia disso tudo é fenomenal. Eu não acho que o vídeo em si tenha sido o grande problema, mas sim reações e decisões após o vídeo. Esse vídeo nunca foi ao ar. Isso nunca foi dito numa situação publica. Esse vídeo foi roubado, esse vídeo foi colocado com determinada intenção. O que é legítimo. Eu gostaria de dizer isso, é legitimo. Situação normal de jogo. Alguém estar sacaneando na internet, é parte do jogo, é parte do momento em que a gente vive na humanidade. Agora o que foi feito daí, é outra história, é muito mais relevante na minha opinião.

O ex-âncora do Jornal da Globo mostrou durante o bate-papo com o humorista que também possui um lado engraçado, embora o público ainda não o conheça na frente das telinhas e, que apesar de ter conhecimento da gravidade da situação soube lidar muito bem com o desfecho da polêmica, que culminou em sua saída da emissora global:

-  Passou o turbilhão. Me sinto livre de um peso, na verdade. Durante 48 anos fui empregado de alguém e agora vou ser dono do meu próprio nariz. Quem não quer? Uma puta de uma porra. Não tem o que falar. Claro que tem que tomar uma porrada, só que eu tava brincando e cochichando com uma amigo. Me perguntaram antes e o que foi aquilo: Não sei, não consigo me lembrar. Eu sou terrivelmente piadista. Só que você arranjou um jeito de ganhar dinheiro com isso, eu arrumei um jeito de perder emprego. Eu sempre botei apelido nas pessoas, sempre tirei sarro de tudo.   Eu tenho um sangue frio muito forte em situações de risco, durante muito tempo eu fui o encarregado de cobrir situações de risco. Eu to acostumado a muitos anos a trabalhar com adrenalina. Lidar com adrenalina é para mim uma coisa tranquila e situação de risco é onde eu tenho muita experiência. Na hora que vem é uma clareza muito grande, dos quais são os elementos envolvidos e os próximos passos. Isso pra mim de primeiro momento ficou claríssimo, a primeira coisa que eu tinha que fazer era me livrar daquilo tudo e tomar conta do meu próprio nariz, que é o que eu vou fazer agora.  

O jornalista ainda frisou que a acusação mais absurda é chamá-lo de racista:

Eu sempre fui um tremendo do gozador. Toda as piadas menos politicamente corretas que você pode imaginar, eu faço. Sempre fui irreverente. Agora tomando todas essas porradas, para devolver para alguns: Nossa, o Brasil só tem nego certinho, bicho? Ninguém fala nada, ninguém faz uma piada fora de hora, ninguém xinga a mãe sem querer. Quem julga alguém ou julga a vida de alguém por uma piada tem problemas. A acusação mais absurda contra mim é a de racismo, por conta da minha biografia, por conta dos meus amigos, por conta dos meus colegas profissionais. Aliás, basta ver com quem eu contracenava toda a noite no Jornal da Globo, as pessoas me acusarem de racismo é um absurdo completo.

Porchat ainda o questionou sobre o silêncio que manteve o tempo todo após o vazamento do vídeo e Waack responsabilizou a TV Globo por ter se mantido calado, por causa do contrato que mantinham: 

- Porr*, eu tinha um contrato, como eu iria falar? Do ponto de vista jurídico, qualquer comentário que eu fizesse e comentasse decisões tomadas pela empresa com a qual eu estava ligado, poderia me deixar... Você acha que não me deu vontade de falar? Você acha que eu sou maluco? Na boa?! É óbvio que eu queria falar. Todo mundo me segurou. Puseram umas rédeas deste tamanho. Ainda mais o eu tipo. Eu sou um cara que fala o que pensa na cara. Não sou de esconder o que eu penso. 

Durante entrevista, o jornalista ainda explicou que, apesar de ter sofrido ataques na internet, seguiu sua rotina normalmente e que, pessoalmente, não enfrentou nenhum constrangimento público. Após o ocorrido, ele garantiu que se tornou uma pessoa mais humilde:

- Eu aprendi a ter mais sensibilidade para alguns pontos e aprendi a ser mais humilde: 

E apesar de ter sido atacado pela internet, o futuro de Waack profissionalmente é na esfera digital. O jornalista afirmou que irá colocar no ar um programa que já apresentava na TV, só que será chamado de Painel WW, que terá plateia no estúdio. Questionado por Porchat se o projeto se deu por não ter recebido nenhum convite de emissoras brasileiras para voltar às telinhas, o jornalista negou e disse que está fazendo o que gosta e que a receptividade de patrocínios, para realizar o programa, tem sido muito boa. 




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William Waack nega que piada tenha sido racista e diz a Fábio Porchat que <i>aprendeu a ser mais humilde</i> após episódio polêmico

William Waack nega que piada tenha sido racista e diz a Fábio Porchat que aprendeu a ser mais humilde após episódio polêmico

19/Abr/

Na noite da última segunda-feira, dia 5, William Waack concedeu sua primeira entrevista televisiva após ter seu contrato rescindido com a TV Globo em dezembro do ano passado, por causa de um vídeo vazado na internet em que aparece fazendo uma piada de cunho racista. Em entrevista a Fábio Porchat, no Programa do Porchat, na Record TV, o jornalista reiterou que não é uma pessoa racista, mas que se arrepende completamente do acontecido:

-  Não faz parte do minha índole, nem do meu raciocínio, nenhum tipo de coisa dessa. É um tipo de piada idiota, contada sem nenhuma intenção. Eu acho que isso conta. Acha que isso eu levo na boa? Claro que não. Me arrependo disso, eu sou um cara normal. que fala palavração, que fala coisa fora de hora, eu xingo sem querer, eu sou normal. Não é normal quem diz que todo mundo é santinho e o nível de hipocrisia disso tudo é fenomenal. Eu não acho que o vídeo em si tenha sido o grande problema, mas sim reações e decisões após o vídeo. Esse vídeo nunca foi ao ar. Isso nunca foi dito numa situação publica. Esse vídeo foi roubado, esse vídeo foi colocado com determinada intenção. O que é legítimo. Eu gostaria de dizer isso, é legitimo. Situação normal de jogo. Alguém estar sacaneando na internet, é parte do jogo, é parte do momento em que a gente vive na humanidade. Agora o que foi feito daí, é outra história, é muito mais relevante na minha opinião.

O ex-âncora do Jornal da Globo mostrou durante o bate-papo com o humorista que também possui um lado engraçado, embora o público ainda não o conheça na frente das telinhas e, que apesar de ter conhecimento da gravidade da situação soube lidar muito bem com o desfecho da polêmica, que culminou em sua saída da emissora global:

-  Passou o turbilhão. Me sinto livre de um peso, na verdade. Durante 48 anos fui empregado de alguém e agora vou ser dono do meu próprio nariz. Quem não quer? Uma puta de uma porra. Não tem o que falar. Claro que tem que tomar uma porrada, só que eu tava brincando e cochichando com uma amigo. Me perguntaram antes e o que foi aquilo: Não sei, não consigo me lembrar. Eu sou terrivelmente piadista. Só que você arranjou um jeito de ganhar dinheiro com isso, eu arrumei um jeito de perder emprego. Eu sempre botei apelido nas pessoas, sempre tirei sarro de tudo.   Eu tenho um sangue frio muito forte em situações de risco, durante muito tempo eu fui o encarregado de cobrir situações de risco. Eu to acostumado a muitos anos a trabalhar com adrenalina. Lidar com adrenalina é para mim uma coisa tranquila e situação de risco é onde eu tenho muita experiência. Na hora que vem é uma clareza muito grande, dos quais são os elementos envolvidos e os próximos passos. Isso pra mim de primeiro momento ficou claríssimo, a primeira coisa que eu tinha que fazer era me livrar daquilo tudo e tomar conta do meu próprio nariz, que é o que eu vou fazer agora.  

O jornalista ainda frisou que a acusação mais absurda é chamá-lo de racista:

Eu sempre fui um tremendo do gozador. Toda as piadas menos politicamente corretas que você pode imaginar, eu faço. Sempre fui irreverente. Agora tomando todas essas porradas, para devolver para alguns: Nossa, o Brasil só tem nego certinho, bicho? Ninguém fala nada, ninguém faz uma piada fora de hora, ninguém xinga a mãe sem querer. Quem julga alguém ou julga a vida de alguém por uma piada tem problemas. A acusação mais absurda contra mim é a de racismo, por conta da minha biografia, por conta dos meus amigos, por conta dos meus colegas profissionais. Aliás, basta ver com quem eu contracenava toda a noite no Jornal da Globo, as pessoas me acusarem de racismo é um absurdo completo.

Porchat ainda o questionou sobre o silêncio que manteve o tempo todo após o vazamento do vídeo e Waack responsabilizou a TV Globo por ter se mantido calado, por causa do contrato que mantinham: 

- Porr*, eu tinha um contrato, como eu iria falar? Do ponto de vista jurídico, qualquer comentário que eu fizesse e comentasse decisões tomadas pela empresa com a qual eu estava ligado, poderia me deixar... Você acha que não me deu vontade de falar? Você acha que eu sou maluco? Na boa?! É óbvio que eu queria falar. Todo mundo me segurou. Puseram umas rédeas deste tamanho. Ainda mais o eu tipo. Eu sou um cara que fala o que pensa na cara. Não sou de esconder o que eu penso. 

Durante entrevista, o jornalista ainda explicou que, apesar de ter sofrido ataques na internet, seguiu sua rotina normalmente e que, pessoalmente, não enfrentou nenhum constrangimento público. Após o ocorrido, ele garantiu que se tornou uma pessoa mais humilde:

- Eu aprendi a ter mais sensibilidade para alguns pontos e aprendi a ser mais humilde: 

E apesar de ter sido atacado pela internet, o futuro de Waack profissionalmente é na esfera digital. O jornalista afirmou que irá colocar no ar um programa que já apresentava na TV, só que será chamado de Painel WW, que terá plateia no estúdio. Questionado por Porchat se o projeto se deu por não ter recebido nenhum convite de emissoras brasileiras para voltar às telinhas, o jornalista negou e disse que está fazendo o que gosta e que a receptividade de patrocínios, para realizar o programa, tem sido muito boa.