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Publicada em 09/12/2020 às 18:34 | Atualizada em 09/12/2020 às 19:53

Fernanda Nobre dá detalhes sobre relacionamento aberto e explica como começou a namorar com diretor: - Quando a gente se conheceu, eu estava solteira e transando com dois amigos dele

A atriz abriu o coração e compartilhou os seus sentimentos em entrevista ao podcast Calcinha Larga

Da Redação

Divulgação

Fernanda Nobre deu uma entrevista ao podcast Calcinha Larga e falou sobre o seu casamento com o diretor José Roberto Jardim. A atriz, que hoje vive uma relação aberta com o encenador artístico, abriu o jogo e contou como eles se conheceram.

Quando a gente se conheceu, eu estava solteira e estava transando com dois amigos dele ao mesmo tempo. E ele falava Cara, não vou namorar você. Você está no auge da sua potência, no auge da sua liberdade sexual, e eu acho lindo isso. E eu não entendia. Como assim você acha lindo? Eu estou transando com todo mundo. Ó, você não vai namorar comigo, eu vou transar com um cara semana que vem. [Ele respondia] Tá, tudo bem! Porque ele é um cara mais seguro e tem essa generosidade. Eu achava difícil de compreender isso, como se fosse uma falta de interesse, uma falta de amor. [Mas eu me apaixonei] muito, muito.

Após dois anos, a artista deu um ultimato: ela queria viver um namoro, com ele ou com outro homem. José decidiu que queria ficar com Fernanda e, então, eles iniciaram um relacionamento monogâmico. Mas a estrela começou a sentir alguns incômodos com o passar do tempo.

- Já fui casada oito anos. Sempre fui mais namoradeira. Namorei quatro anos um cara, depois três anos um outro... E eu nunca confiava, sempre um ciúmes louco. Eu sou ciumenta, sou uma pessoa insegura. Eu tenho ciúmes de irmã, de pai, de mãe, de amiga... E aí eu não acreditava nisso, sabe? E a gente viveu durante muitos anos [ela e José], e a gente provavelmente vai voltar a viver, em uma relação Rio-São Paulo, ele morando lá e eu aqui, por causa dos nossos trabalhos. Então você tem que ter muita confiança nisso, né? Tem que acreditar muito para dar certo. E eu vivia desconfiada, vivia com medo. E quando eu comecei a estudar o feminismo nesse âmbito da relação, eu falei É isso! É impossível eu acreditar, porque não existe. No que eu estou acreditando? Eu vivo com ciúmes, vivo desconfiada, porque eu não acredito. E eu não acredito porque realmente não existe. Porque isso foi criado pela propriedade privada e a gente colocou um romance nisso para isso ficar mais palatável para a gente. Cara, por que eu estou aqui, sabendo que isso não existe, e me forçando a acreditar em uma coisa que não existe? Não existe esse amor romântico de que a pessoa só vai te desejar para o resto da vida, e você é a única fonte de prazer e de desejo. 

Fernanda também disse que fez diversas reflexões sobre traição.

- Ao mesmo tempo que eu tive esse clique, eu falei Cara, e eu vou viver o auge da minha sexualidade focada em alguém? E ao mesmo tempo abdicando do meu desejo, abdicando das minhas pulsões sexuais, enquanto eu sei que o outro não vai? Porque eu vivi durante os meus 21 aos meus 28 anos [de idade], casada em um casamento super legal, mas dentro desse lugar monogâmico, e foi o auge da descoberta sexual, e eu não sei porque eu estava focada na coisa monogâmica. E aí nem vem ao caso se ele me traiu ou não traiu; no casamento eu não fiquei sabendo. Mas provavelmente deve ter traído, porque todo mundo trai e isso não é um crime. A partir do momento que você olha para isso como uma verdade, isso não é um crime. Ninguém foi sacana com ninguém.

Esses pensamentos fizeram com que ela se sentisse mais segura para tentar uma outra abordagem em sua relação.

- Aí eu comecei a trazer isso para a relação, para a gente conversar. Cara, vamos viver de uma outra maneira? Vai ser super dolorido, porque eu sou possessiva, eu sou controladora, eu sou ciumenta... só de imaginar, já doía. Mas ao mesmo tempo, quando passou esse primeiro momento com a experiência - porque passei um ano na filosofia, no intelectual e na discussão da coisa. A gente demorou para colocar em prática... [...] Pelo menos para mim, eu quero exercer a minha sexualidade. Quando eu me separei desse casamento longo, eu me senti muito potente, criativa, muito bonita, sabe? Porque eu estava livre para seduzir, livre para mostrar quem eu sou. E por que a gente perde isso? Principalmente nós mulheres, porque eles [os homens] têm a permissividade da sociedade. O mundo nos vê como ameaças sexuais. Ah, essa mulher é muito simpática porque está dando em cima de mim. Então você estar livre desse medo, dessa moldura que nos colocaram, desse rótulo, eu acho muito potente. Principalmente para mim, eu me acho mais interessante. Como ser pensante, como vocabulário, como tudo.

Agora muito alinhados, a atriz garante que não tem medo do marido se apaixonar por outra pessoa. 

- Eu acho que é mais perigoso a mulher se apaixonar, porque a gente tem esse amor romântico. Mas eu nunca vivi [um período] que ele transou com uma pessoa mais de uma vez. Nunca vivi isso. Não tem essa regra, mas não vivemos até hoje isso.

A seguir, veja mais relacionamentos modernos dos famosos: 


Shiley MacLaine já disse que seu casamento com Steve Parker funcionou porque era aberto! - Eu acho que você poderia dizer que eu pratiquei um casamento aberto em 1954, o que era outra época. Ninguém entendia aquilo, nós sim. Ele morava no Japão, basicamente, eu morava na América e trabalha e era isso aí. Nós nos encontrávamos, sempre tínhamos ótimos amigos, viajávamos juntos às vezes, ela contou. O casamento durou 28 anos, até eles se separarem em 1982. Mas a atriz ainda se refere a Parker como o amor de sua vida.
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Fernanda Nobre dá detalhes sobre relacionamento aberto e explica como começou a namorar com diretor: <I>- Quando a gente se conheceu, eu estava solteira e transando com dois amigos dele</I>

Fernanda Nobre dá detalhes sobre relacionamento aberto e explica como começou a namorar com diretor: - Quando a gente se conheceu, eu estava solteira e transando com dois amigos dele

A atriz abriu o coração e compartilhou os seus sentimentos em entrevista ao podcast Calcinha Larga

09/Dez/2020

Da Redação

Fernanda Nobre deu uma entrevista ao podcast Calcinha Larga e falou sobre o seu casamento com o diretor José Roberto Jardim. A atriz, que hoje vive uma relação aberta com o encenador artístico, abriu o jogo e contou como eles se conheceram.

Quando a gente se conheceu, eu estava solteira e estava transando com dois amigos dele ao mesmo tempo. E ele falava Cara, não vou namorar você. Você está no auge da sua potência, no auge da sua liberdade sexual, e eu acho lindo isso. E eu não entendia. Como assim você acha lindo? Eu estou transando com todo mundo. Ó, você não vai namorar comigo, eu vou transar com um cara semana que vem. [Ele respondia] Tá, tudo bem! Porque ele é um cara mais seguro e tem essa generosidade. Eu achava difícil de compreender isso, como se fosse uma falta de interesse, uma falta de amor. [Mas eu me apaixonei] muito, muito.

Após dois anos, a artista deu um ultimato: ela queria viver um namoro, com ele ou com outro homem. José decidiu que queria ficar com Fernanda e, então, eles iniciaram um relacionamento monogâmico. Mas a estrela começou a sentir alguns incômodos com o passar do tempo.

- Já fui casada oito anos. Sempre fui mais namoradeira. Namorei quatro anos um cara, depois três anos um outro... E eu nunca confiava, sempre um ciúmes louco. Eu sou ciumenta, sou uma pessoa insegura. Eu tenho ciúmes de irmã, de pai, de mãe, de amiga... E aí eu não acreditava nisso, sabe? E a gente viveu durante muitos anos [ela e José], e a gente provavelmente vai voltar a viver, em uma relação Rio-São Paulo, ele morando lá e eu aqui, por causa dos nossos trabalhos. Então você tem que ter muita confiança nisso, né? Tem que acreditar muito para dar certo. E eu vivia desconfiada, vivia com medo. E quando eu comecei a estudar o feminismo nesse âmbito da relação, eu falei É isso! É impossível eu acreditar, porque não existe. No que eu estou acreditando? Eu vivo com ciúmes, vivo desconfiada, porque eu não acredito. E eu não acredito porque realmente não existe. Porque isso foi criado pela propriedade privada e a gente colocou um romance nisso para isso ficar mais palatável para a gente. Cara, por que eu estou aqui, sabendo que isso não existe, e me forçando a acreditar em uma coisa que não existe? Não existe esse amor romântico de que a pessoa só vai te desejar para o resto da vida, e você é a única fonte de prazer e de desejo. 

Fernanda também disse que fez diversas reflexões sobre traição.

- Ao mesmo tempo que eu tive esse clique, eu falei Cara, e eu vou viver o auge da minha sexualidade focada em alguém? E ao mesmo tempo abdicando do meu desejo, abdicando das minhas pulsões sexuais, enquanto eu sei que o outro não vai? Porque eu vivi durante os meus 21 aos meus 28 anos [de idade], casada em um casamento super legal, mas dentro desse lugar monogâmico, e foi o auge da descoberta sexual, e eu não sei porque eu estava focada na coisa monogâmica. E aí nem vem ao caso se ele me traiu ou não traiu; no casamento eu não fiquei sabendo. Mas provavelmente deve ter traído, porque todo mundo trai e isso não é um crime. A partir do momento que você olha para isso como uma verdade, isso não é um crime. Ninguém foi sacana com ninguém.

Esses pensamentos fizeram com que ela se sentisse mais segura para tentar uma outra abordagem em sua relação.

- Aí eu comecei a trazer isso para a relação, para a gente conversar. Cara, vamos viver de uma outra maneira? Vai ser super dolorido, porque eu sou possessiva, eu sou controladora, eu sou ciumenta... só de imaginar, já doía. Mas ao mesmo tempo, quando passou esse primeiro momento com a experiência - porque passei um ano na filosofia, no intelectual e na discussão da coisa. A gente demorou para colocar em prática... [...] Pelo menos para mim, eu quero exercer a minha sexualidade. Quando eu me separei desse casamento longo, eu me senti muito potente, criativa, muito bonita, sabe? Porque eu estava livre para seduzir, livre para mostrar quem eu sou. E por que a gente perde isso? Principalmente nós mulheres, porque eles [os homens] têm a permissividade da sociedade. O mundo nos vê como ameaças sexuais. Ah, essa mulher é muito simpática porque está dando em cima de mim. Então você estar livre desse medo, dessa moldura que nos colocaram, desse rótulo, eu acho muito potente. Principalmente para mim, eu me acho mais interessante. Como ser pensante, como vocabulário, como tudo.

Agora muito alinhados, a atriz garante que não tem medo do marido se apaixonar por outra pessoa. 

- Eu acho que é mais perigoso a mulher se apaixonar, porque a gente tem esse amor romântico. Mas eu nunca vivi [um período] que ele transou com uma pessoa mais de uma vez. Nunca vivi isso. Não tem essa regra, mas não vivemos até hoje isso.

A seguir, veja mais relacionamentos modernos dos famosos: