O filme conta a história de Baby, um menino que se vê obrigado a quitar uma dívida com um bandido poderoso, interpretado por Kevin Spacey. Para pagar aquilo que deve, ele transporta criminosos e os ajuda a fugir da polícia, após assaltos a bancos, por exemplo. Mostrando suas habilidades como motorista, Ansel revelou ter trabalhado com dublês, mas que ele teve um treinamento intenso de um mês para conseguir dar o seu melhor no personagem: - Eu fiz muito treinamento de dublês porque eu obviamente tive que aprender a deslizar o carro e fazer todos esses truques. Quando eu fiz o treinamento eu tive que aprender, em teoria, porque mesmo que outra pessoa estivesse dirigindo o carro, eu tinha que virar o volante da forma certa.

Você deve estar pensando que, até agora, Em Ritmo de Fuga é basicamente um Velozes e Furiosos. Pois se enganou! O lado especial do filme está justamente em sua trilha-sonora. E não só isso: o filme respira música, já que Baby está constantemente usando fones de ouvido e com um (ou vários) iPod no bolso. Segundo o diretor contou, ele quis desenhar as cenas nas músicas e as filmagens contaram com os atores ouvindo as canções em tempo real. Repare, por exemplo, na cena em que Baby conhece Debra, personagem de Lily James, pela primeira vez. Baby está ouvindo Beach Boys no fone, mas na verdade, a música estava sendo tocada para que ambos os atores ouvissem.

Essa técnica, aliás, foi usada pelo diretor justamente porque isso dita o humor e a reação dos atores, na hora de fazer a cena, porque ele consegue ouvir o que nós conseguimos ouvir (...). Cada música que você ouve está acontecendo na cena, explicou Edgar, na coletiva. Pode esperar grandes clássicos de bandas como Queen, Beck, Simon & Garfunkel e outros!

A química entre Ansel e Lily, que vivem o casal principal, é bem visível! Você com certeza sairá do filme desejando um amor assim. Tirando, talvez, a parte complicada cheia de crimes e segredos!

Além de muita música boa, o filme conta com... coreografias! Pois é. Mas não vá esperando um musical, com danças e cantorias, mas sim, passos sutilmente coreografados e que deixam o longa visualmente mais bonito e mais bem filmado. E sabe quem foi o responsável por tudo isso? Ryan Heffington, que criou todas as coreografias por trás dos clipes da Sia. Ansel, que gosta muito de dançar, se sentiu bem à vontade com as situações e achou que tudo ficou muito natural: - O Ryan é ótimo porque ele meio que faz coreografias que poderiam ser de qualquer pessoa dançando pela casa. Não é muito coreografado, mas foi. Nós preparamos quase todas as cenas antes, de forma que quando estávamos no set, ele estava lá também. A sequência que mostra Baby buscando o café talvez seja uma das mais legais do filme, repare!

Aliás, nessa sequência, Edgar contou uma curiosidade: em determinado momento em que ele estava filmando, com um monitor na mão, ele aparece na vitrine de uma das lojas! Depois, na edição, conseguiram apagar o objeto digitalmente e ainda acrescentaram um iPhone nas mãos do diretor. Mais uma coisa para você prestar atenção!

A música é com certeza a parte mais interessante do filme, porque mostra a importância dela na vida de Baby. Para explicar melhor, Edgar esclareceu o seguinte sobre o filme: - Na vida as pessoas meio que usam a música como um escape. Isso é algo sobre o que é o filme, sobre como é sua relação com a música. E como a música pode transformar seu humor e mudar sua vida, em tipo, pequenos momentos. A música milagrosamente se mistura com a vida real. E não é verdade?

Como o próprio Ansel definiu, Bats, personagem de Jamie Foxx, é o mais engraçado e o mais assustador ao mesmo tempo. Em muitas cenas, ambos ficam frente a frente, enquanto Bats xinga e briga com Baby. Ansel dividiu com os jornalistas um momento bem divertido dessas situações: - Às vezes, quando eu estava em cena com Jamie Foxx, e ele estava gritando comigo, a forma que eu encontrei para ficar sério, em meio às improvisações dele, em que ele gritava comigo e dizia coisas engraçadas, eu colocava a mão no bolso e aumentava o volume da música. Então eu nem consegui ouvir o que ele estava dizendo, assim como o Baby faria!

E sabe como surgiu a ideia do filme? Por causa de uma música. Edgar conta que tudo começou quando ele ouviu Bellbottoms, música do The Jon Spencer Blues, e imaginou uma perseguição de carros em que o motorista do carro estaria ouvindo a música. Na cabeça do diretor, o motorista está tentando criar a trilha-sonora da perseguição de carro.

O ótimo elenco, que ainda conta com Jon Hamm e Eiza González, tem ainda uma participação mais do que especial de Flea, o baixista do Red Hot Chili Peppers! O músico adorou o convite, feito pelo próprio Edgar, e até mesmo mudou um show de sua banda para poder participar das filmagens. Outra artista que aparece no longa é a cantora Sky Ferreira.

O filme tem de tudo: romance, ação, comédia, muita música boa. Todos esses elementos estão na medida certa e tornam o longa dinâmico e cheio de energia. Não é à toa que a bilheteria, ao redor do mundo, está indo muito bem!

Nem precisava falar, mas Ansel Elgort, por si só, já é um grande motivo para você ir ao cinema. O astro é conhecido por filmes como A Culpa É das Estrelas e pela franquia Divergente, mas Em Ritmo de Fuga é realmente um divisor de águas em sua carreira, já que na produção, ele mostrou que consegue fazer de tudo.

Outra curiosidade do filme: em determinado momento, Baby usa uma roupa que lembra muito o uniforme de Han Solo, em Star Wars! Apesar de não ter sido de propósito, Ansel disse que seu nome como DJ é Ansolo, que lembra muito o nome do icônico personagem, e que se as pessoas gostarem dele como gostam de Harrison Ford, ele já se consideraria realizado na vida!