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Divulgação Neste sábado, dia 16, o jornalismo e o mundo da televisão perdem um grande nome. Eterno comandante do Cidade Alerta, Marcelo Rezende morre aos 65 anos, após travar uma luta contra um câncer nos pâncreas e fígado. Nesta galeria, relembre a trajetória de um dos jornalistas mais icônicos da televisão brasileira!
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Divulgação Muito antes da famosa frase corta pra mim! ser dita pela primeira vez, o carioca Marcelo Rezende, nascido em 12 de novembro de 1951, descobriu sua paixão pelo jornalismo após anos se negando a estudar e vivendo uma vida hippie na Bahia. Matriculado em um curso técnico de mecânica, Rezende visitou a redação do Jornal dos Sports, no Rio de Janeiro, e foi convidado a estagiar na redação. Logo depois, o jornalista passou pela Rádio Globo e pelo jornal O Globo, local que o aproximou do seu ídolo Nelson Rodrigues e seu colega Tim Lopes. Sete anos depois, foi convidado a trabalhar na revista paulistana Placar, da Editora Abril, e cobriu jogos da seleção brasileira em duas Copas do Mundo. Nesta época, entrevistou Ayrton Senna no programa Roda Viva, da TV Cultura. Em 1987, ele teve seu primeiro contato com a televisão, na área de esportes da Rede Globo.
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Divulgação Algumas das reportagens mais importantes que o jornalista produziu também inclui a sobre a primeira rede de telefonia celular do Brasil, assim como o funeral de Ayrton Senna, em São Paulo.
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Divulgação O jornalismo investigativo, ramo em que Rezende se consagrou, apareceu em sua carreira por conta de seu pai, que trabalhava como diretor de uma unidade para menores infratores e também como diretor de uma escola. Esse contato social permitiu a produção de suas primeiras reportagens investigativas, como a prisão dos sequestradores do empresário Roberto Medina, a busca ao paradeiro de PC Farias, o crescimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a indústria da pirataria fonográfica chinesa e a corrupção na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
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Divulgação Após essas experiências, o jornalista foi autor de diversas reportagens investigativas na Rede Globo na década de 1990. A denúncia de espancamento, extorsão e assassinato de moradores da Favela Naval, em Diadema, por policiais militares de São Paulo, se tornou um marco não apenas em sua carreira, mas também da própria Rede Globo – que exibiu o material no Jornal Nacional, em 1997 – e do jornalismo brasileiro como um todo.
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Divulgação Seu trabalho como apresentador começou no icônico Linha Direta, da Globo, no qual ele também ajudou a criar a nova versão do programa. A atração tinha como objetivo mostrar crimes com casos judiciais já julgados, muitas vezes com condenados foragidos. O programa criava um ar de suspense e mistério ao simular os crimes com dramatizações de atores, com roteiro produzido através do inquérito e depoimentos de testemunhas, familiares e pessoas próximas às relacionadas ao caso.
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Divulgação Rezende deixou a Globo em 2002 e passou pela RecordTV, Band e RedeTV!. Nesta última, ele teve sua primeira e única experiência como âncora, no RedeTV! News, o que durou dois anos.
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Divulgação-TV Band Na Bandeirantes, Rezende voltou ao jornalismo investigativo com o Tribunal na TV, baseado no livro 500 Melhores Júris que Fiz de Eduardo Cesar Leite. Com criação do próprio jornalista, o programa selecionava os crimes mais polêmicos e famosos já julgados no Brasil e os mostrava sob diversos pontos de vista. Assim como no Linha Direta, o crime era reconstituído através da simulação com atores.
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Divulgação Trabalho que o tornou ainda mais conhecido e consagrado na televisão brasileira, o Cidade Alerta, da RecordTV, foi o espaço em que o jornalista criou e disseminou seus famosos bordões, como corta pra mim!. Com uma curta primeira passagem pelo programa, entre 2004 e 2005, o apresentador voltou em 2012 e deu início a uma nova fase da atração, que incluía brincadeiras com seu colega comentarista de segurança Percival de Souza e seus repórteres.
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Divulgação Baseado em sua experiência no Cidade Alerta e nos 40 anos de jornalismo investigativo, Rezende lançou o livro Corta pra Mim, onde conta como ingressou na carreira jornalística e suas opiniões sobre temas polêmicos, sempre com seu bom humor característico.
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Divulgação Marcelo Rezende deixa quatro filhas e um filho, todos de mães diferentes. O jornalista teve a oportunidade de conviver com seus dois netos, um irmão não biológico e uma prima como colega de trabalho, a repórter Adriana Rezende, da RecordTV Rio.
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Divulgação O jornalista namorava há quase dois anos com Luciana Lacerda e era um verdadeiro apaixonado, com direito a declarações de amor nas redes sociais.