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Publicada em 08/05/2024 às 00:01 | Atualizada em 07/05/2024 às 16:33

Estrela da Disney, Gabriella Di Grecco fala sobre responsabilidade de promover autoaceitação para o público jovem

Ao ESTRELANDO, a artista ainda revela impactos da transição capilar em sua vivência como mulher

Clara Rocha

Divulgação - Crédito: Rafael Monteiro

Gabriella Di Grecco completou seu processo de transição capilar após quatro anos e vem utilizando de suas plataformas para inspirar outras meninas e mulheres a criarem mais confiança em seus visuais. Em meio a papos de estilo e autoaceitação, a atriz também se prepara para novas grandes estreias. Como uma das protagonistas de O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu, série de Miguel Falabella para o Disney+, a artista entregou ao ESTRELANDO tudo o que o público pode esperar da continuação da produção, que está indo para a sua segunda temporada. 

- Miguel Falabella é um cara que não dá ponto sem nó. O que a gente pode esperar são grandes plot twists na trama. Tem muita reviravolta acontecendo e parte dessa reviravolta tem cem por cento a ver com a minha personagem, a Nora. Ela vai para essa segunda temporada com sangue nos olhos! A primeira temporada a gente vê todo o processo de audição dos personagens e nessa a gente vê de fato quem pegou os papéis e a montagem desse espetáculo que está sendo levantado, declara Di Grecco.

Questionada sobre seu processo de transição capilar, um tópico muito importante para sua construção e entendimento próprio, Gabriella Di Grecco revela os impactos que trabalhar com a TV têm no cabelo de uma atriz. A profissional já integrou no elenco da novela Além do Tempo, da TV Globo, viveu a coprotagonista do sucesso argentino Bia, da Disney, ingressou no time de compositores da Warner Chappel, braço da Warner Music Brasil, e, recentemente, foi confirmada no musical Elvis - A Musical Revolution.

- Apesar do meu cabelo, agora, estar depondo o contrário [Gabriella estava com ele alisado durante a entrevista] por motivos de trabalho [risos], a experiência da transação capilar foi muito interessante para mim, e, na realidade, comecei ela por uma questão de necessidade da carreira como atriz. Mas, por quê? Quando você tem o alisamento e você tá trabalhando constantemente, fazendo novela, fazendo série, a gente sofre muita interferência no cabelo, interferência de calor, interferência química, começou relatando. 

- Por exemplo, todos os personagens que fiz até o momento, eu tive que pintar o cabelo. Era um retoque atrás do outro. Vira uma bola de neve quando você está em um projeto de longo prazo. Em Disney Bia, eu tinha o alisamento, foram dois anos de muito babyliss. Por uma questão de necessidade mesmo, de proteger a saúde do meu fio, resolvi encarar a transição capilar e a pandemia veio em um excelente momento para isso, conta a artista, que viu do período recluso como uma oportunidade de passar pelo processo sem ter que sair de casa.

Vagando pelo impacto pessoal que a transição capilar teve em si, a atriz ainda entrega que todo o processo serviu como um grande aprendizado. Di Grecco utilizou desse novo nascimento para conhecer e explorar partes do seu interior que ainda não conhecia, ocupando novos campos da arte e se entendendo como mulher.

- A gente que é mulher consegue perceber o quanto o mundo e a sociedade tenta domesticar a nossa natureza, que é muito livre. Isso me levou a reflexões muito profundas e me inspirou muito, me inspirou a compor. Foi muito interessante, porque com esse nascimento desse novo cabelo, renasceu ou nasceu uma Gabi que para mim é novidade. Uma Gabi que sempre esteve escondidinha ali. Ela veio se manifestando no meu processo de iniciar composição, de dirigir, de começar a produzir também, de ocupar outros espaços dentro da arte. A transição capilar me serviu muito para além do que é só o cabelo ou a vaidade. Claro que me toca também por aí, mas eu percebo que a ela veio num lugar muito mais profundo de também me entender como mulher. Acho que também tem a ver com aquela onda sendo uma mulher com mais de 30 anos, a gente começa a entender um negócio, sabe? Também tem isso, divagou a artista.

Considerando a grande base de fãs jovens que possui, principalmente pelo sucesso em Disney Bia, série argentina que alavancou sua carreira internacional, Gabriella Di Grecco também discute a importância dos artistas que têm um público nessa faixa etária em promover a autoaceitação. Perguntada sobre o momento em que sentiu a necessidade de dialogar com esse público, a atriz e cantora revela a necessidade desses jovens de se comunicarem e de serem ouvidos.

- É muito curioso, porque isso [a responsabilidade em dialogar com o público, principalmente o mais jovem] foi motivo de grande resistência quando essa coisa da fama tava chegando na minha vida depois que entrei para Disney. Existe, sim, um senso de responsabilidade com o que você fala e com o que você coloca no mundo. Existe, sim, essa responsabilidade, que é diferente de culpa. Cada um faz o que quer da sua vida. Mas, existe por você ser uma pessoa que tem confiança dessa galera, começa dizendo.

- Você percebe que existe uma demanda e uma vontade dessa galera de se comunicar, de se sentir ouvida. Acho que tem muito isso e foi a partir disso que comecei a falar nas minhas redes mais sobre, no sentido de acalentar tudo o que eu vinha recebi recebendo nas DMs [mensagens privadas do Instagram]. Eu sou uma mulher de 35 anos e vinham meninas de 15, 16, 20 anos... Eu aproveitei para usar as redes para acalentar esse coração nesse lugar e eu vi o quanto mostrar as minhas vulnerabilidades, as minhas vivências, os meus acertos, os meus erros, meus tropeços e tudo mais, ajudava, contou.

Ao finalizar, Gabriella Di Grecco, que está com um novo projeto de ajudar atores e atrizes que estão começando no mundo das artes ou que sentem que não conseguem maiores oportunidades, revela a importância que Disney Bia teve em sua carreira. Para a atriz, o projeto foi quase como uma pós-graduação no mundo das artes cênicas.

- Foi uma experiência espetacular, tudo muito prático, dois anos muito intensos. Foi uma grande imersão na qual eu aprendi muito, tudo sobre audiovisual eu aprendi ali e sedimentei. Foi um desafio, sim, atuar em outro idioma, mas foi maravilhoso também. Aprendi um idioma novo, né? Foi legal também ter a experiência de estar sob a tutela Disney, sendo uma artista, um talento Disney, isso é muito especial. Foi uma das experiências mais marcantes da minha vida e que, de fato, foi uma das mais marcantes da minha carreira. Eu abri a carreira internacional com esse projeto, ele deu essa virada. Então, sou muito grata, afirma, por fim.

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Estrela da <i>Disney</i>, Gabriella Di Grecco fala sobre responsabilidade de promover autoaceitação para o público jovem

Estrela da Disney, Gabriella Di Grecco fala sobre responsabilidade de promover autoaceitação para o público jovem

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Gabriella Di Grecco completou seu processo de transição capilar após quatro anos e vem utilizando de suas plataformas para inspirar outras meninas e mulheres a criarem mais confiança em seus visuais. Em meio a papos de estilo e autoaceitação, a atriz também se prepara para novas grandes estreias. Como uma das protagonistas de O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu, série de Miguel Falabella para o Disney+, a artista entregou ao ESTRELANDO tudo o que o público pode esperar da continuação da produção, que está indo para a sua segunda temporada. 

- Miguel Falabella é um cara que não dá ponto sem nó. O que a gente pode esperar são grandes plot twists na trama. Tem muita reviravolta acontecendo e parte dessa reviravolta tem cem por cento a ver com a minha personagem, a Nora. Ela vai para essa segunda temporada com sangue nos olhos! A primeira temporada a gente vê todo o processo de audição dos personagens e nessa a gente vê de fato quem pegou os papéis e a montagem desse espetáculo que está sendo levantado, declara Di Grecco.

Questionada sobre seu processo de transição capilar, um tópico muito importante para sua construção e entendimento próprio, Gabriella Di Grecco revela os impactos que trabalhar com a TV têm no cabelo de uma atriz. A profissional já integrou no elenco da novela Além do Tempo, da TV Globo, viveu a coprotagonista do sucesso argentino Bia, da Disney, ingressou no time de compositores da Warner Chappel, braço da Warner Music Brasil, e, recentemente, foi confirmada no musical Elvis - A Musical Revolution.

- Apesar do meu cabelo, agora, estar depondo o contrário [Gabriella estava com ele alisado durante a entrevista] por motivos de trabalho [risos], a experiência da transação capilar foi muito interessante para mim, e, na realidade, comecei ela por uma questão de necessidade da carreira como atriz. Mas, por quê? Quando você tem o alisamento e você tá trabalhando constantemente, fazendo novela, fazendo série, a gente sofre muita interferência no cabelo, interferência de calor, interferência química, começou relatando. 

- Por exemplo, todos os personagens que fiz até o momento, eu tive que pintar o cabelo. Era um retoque atrás do outro. Vira uma bola de neve quando você está em um projeto de longo prazo. Em Disney Bia, eu tinha o alisamento, foram dois anos de muito babyliss. Por uma questão de necessidade mesmo, de proteger a saúde do meu fio, resolvi encarar a transição capilar e a pandemia veio em um excelente momento para isso, conta a artista, que viu do período recluso como uma oportunidade de passar pelo processo sem ter que sair de casa.

Vagando pelo impacto pessoal que a transição capilar teve em si, a atriz ainda entrega que todo o processo serviu como um grande aprendizado. Di Grecco utilizou desse novo nascimento para conhecer e explorar partes do seu interior que ainda não conhecia, ocupando novos campos da arte e se entendendo como mulher.

- A gente que é mulher consegue perceber o quanto o mundo e a sociedade tenta domesticar a nossa natureza, que é muito livre. Isso me levou a reflexões muito profundas e me inspirou muito, me inspirou a compor. Foi muito interessante, porque com esse nascimento desse novo cabelo, renasceu ou nasceu uma Gabi que para mim é novidade. Uma Gabi que sempre esteve escondidinha ali. Ela veio se manifestando no meu processo de iniciar composição, de dirigir, de começar a produzir também, de ocupar outros espaços dentro da arte. A transição capilar me serviu muito para além do que é só o cabelo ou a vaidade. Claro que me toca também por aí, mas eu percebo que a ela veio num lugar muito mais profundo de também me entender como mulher. Acho que também tem a ver com aquela onda sendo uma mulher com mais de 30 anos, a gente começa a entender um negócio, sabe? Também tem isso, divagou a artista.

Considerando a grande base de fãs jovens que possui, principalmente pelo sucesso em Disney Bia, série argentina que alavancou sua carreira internacional, Gabriella Di Grecco também discute a importância dos artistas que têm um público nessa faixa etária em promover a autoaceitação. Perguntada sobre o momento em que sentiu a necessidade de dialogar com esse público, a atriz e cantora revela a necessidade desses jovens de se comunicarem e de serem ouvidos.

- É muito curioso, porque isso [a responsabilidade em dialogar com o público, principalmente o mais jovem] foi motivo de grande resistência quando essa coisa da fama tava chegando na minha vida depois que entrei para Disney. Existe, sim, um senso de responsabilidade com o que você fala e com o que você coloca no mundo. Existe, sim, essa responsabilidade, que é diferente de culpa. Cada um faz o que quer da sua vida. Mas, existe por você ser uma pessoa que tem confiança dessa galera, começa dizendo.

- Você percebe que existe uma demanda e uma vontade dessa galera de se comunicar, de se sentir ouvida. Acho que tem muito isso e foi a partir disso que comecei a falar nas minhas redes mais sobre, no sentido de acalentar tudo o que eu vinha recebi recebendo nas DMs [mensagens privadas do Instagram]. Eu sou uma mulher de 35 anos e vinham meninas de 15, 16, 20 anos... Eu aproveitei para usar as redes para acalentar esse coração nesse lugar e eu vi o quanto mostrar as minhas vulnerabilidades, as minhas vivências, os meus acertos, os meus erros, meus tropeços e tudo mais, ajudava, contou.

Ao finalizar, Gabriella Di Grecco, que está com um novo projeto de ajudar atores e atrizes que estão começando no mundo das artes ou que sentem que não conseguem maiores oportunidades, revela a importância que Disney Bia teve em sua carreira. Para a atriz, o projeto foi quase como uma pós-graduação no mundo das artes cênicas.

- Foi uma experiência espetacular, tudo muito prático, dois anos muito intensos. Foi uma grande imersão na qual eu aprendi muito, tudo sobre audiovisual eu aprendi ali e sedimentei. Foi um desafio, sim, atuar em outro idioma, mas foi maravilhoso também. Aprendi um idioma novo, né? Foi legal também ter a experiência de estar sob a tutela Disney, sendo uma artista, um talento Disney, isso é muito especial. Foi uma das experiências mais marcantes da minha vida e que, de fato, foi uma das mais marcantes da minha carreira. Eu abri a carreira internacional com esse projeto, ele deu essa virada. Então, sou muito grata, afirma, por fim.