Indicada ao Globo de Ouro em 2018 como Melhor Atriz, Jessica Chastain é capa da revista WSJ Magazine para falar sobre o lançamento de A Grande Jogada, que chega aos cinemas brasileiros no dia 22 de fevereiro. O filme conta a história real da esquiadora Molly Bloom, que depois de não poder participar das Olimpíadas, acaba se tornando milionária e famosa por organizar os mais exclusivos jogos de pôquer da região. Mas a história vai além: - Para mim, esta história é muito sobre o patriarcado. Vivemos em uma sociedade patriarcal. Isso significa que os homens fazem todas as regras. O pai de Molly é a autoridade moral da casa, e você não podia ser um ser humano separado de seus pontos de vista. E, é claro, em seus negócios, os homens sempre estavam tentando controlar a indústria à sua volta.

A história de Molly ainda se intercala em outros momentos com a de Jessica, que também teve que enfrentar machismo dentro de casa: - Minha mãe era solteira. Não sei quem é meu pai biológico e cresci em uma casa que era financeiramente instável. A gente se mudava muito e houve uma época da minha vida onde vivíamos com alguém que eu não gostava muito. E ele era o namorado da minha mãe. E um dia ele entrou no meu quarto, o lugar estava bagunçado e ele pegou as minhas roupas. Eu pedi para ele devolver as minhas coisas e ele me deu um tapa na cara. Eu então só chutei ele em seus genitais, que ele caiu no chão. Ele nunca mais mexeu comigo

Corajosa e de personalidade forte, ela também enfrentou Harvey Weinstein no passado, quando se recusou a colaborar quando o produtor tentou a pressionar para usar roupas desenhadas por sua esposa. Harvey então, irritado, apresentou a atriz em uma premiere a provocando: - Ele disse para a plateia: Se me perguntassem se eu queria escolher entre entrar em um ringue com Mohammed Ali e Jessica Chastain, eu escolheria Mohammed Ali.

Jessica também tocou no assunto de diferenças de salários em Hollywood: Eu não estou mais aceitando trabalhos que me paguem um quarto do que o outro protagonista homem está recebendo. As mulheres precisam avançar e exigem que elas sejam compensadas pelo seu trabalho