Ryan Gosling interpreta o famoso astronauta Neil Armstrong no filme O Primeiro Homem, que estreia em outubro aqui no Brasil. Grandes veículos internacionais já tiveram acesso ao filme e o longa recebeu críticas muito positivas em sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Veneza, na Itália, nesta quarta-feira, dia 29. O site Entertainment Weekly já considera o filme uma grande aposta do Oscar, e é possível que Gosling receba a sua terceira indicação na premiação por viver Armstrong nas telonas. Inclusive, o diretor Damien Chazelle e o roteirista Josh Singer, que estão na produção do longa, já levaram estatuetas do Oscar para casa em projetos anteriores.

E é claro que o ator compareceu ao festival para dar entrevistas e promover o filme. Em conversa com a revista Variety, Ryan contou o que aprendeu ao estudar sobre a vida de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua: - Eu acho que o que Neil alcançou foi amplamente considerado como uma conquista humana, e é assim que escolhemos ver isso. Neil era extremamente humilde. Ele diferiu o foco de si mesmo para as 400 mil pessoas que tornaram a missão possível. Ele repetidamente disse que ele era apenas a ponta do iceberg. Ele não se via como um herói americano, e nós queríamos que o filme refletisse esse Neil e que honrasse o modo como Neil se apresentava.

Já em entrevista ao Deadline, o astro contou que a pesquisa para o longa foi bem intensa: - Eu nunca tive tanta ajuda antes em um filme. Foram os filhos de Neil, sua ex-esposa Janet, a irmã do Neil, seus amigos de infância... A NASA abriu as portas para as instalações. Neil era uma pessoa humildemente introspectiva e muito famosa, então o desafio era honrar isso, mas também criar janelas para o que ele poderia estar ou estava experimentando emocionalmente na época. E Ryan ainda aprendeu algo muito importante nesse processo: - Eu pensei que eu tinha que aprender a voar. E naquele momento eu pensei 'Essa é uma ideia terrível e é por isso que Neil Armstrong estava destinado a ser um dos maiores astronautas e eu não' Mas aí eu percebi algo sobre Neil. Ele é aquela pessoa que entra em um avião e faz de tudo intencionalmente para empurrar a nave e seus tripulantes para frente.

Ryan ainda teve coisas muito positivas para dizer sobre Chazelle, o diretor, com quem trabalhou anteriormente em La La Land: - Nós nos conhecemos para fazer esse filme inicialmente e depois houve essa questão que ele queria fazer um musical primeiro. Apesar de serem muito diferentes, ambos os filmes estavam na cabeça dele ao mesmo tempo. E em alguns aspectos, os dois possuem algumas semelhanças. Os dois são filmes para as grandes telas. Ambos são filmes que você gostaria de ver com outras pessoas. Seja La La Land ou este filme, Damien tem instintos incríveis não apenas para o que o público quer ver, mas para unir as pessoas através do cinema. Esta é uma história incrível onde, por mais complicada que seja e pelas opiniões complexas sobre ela, unificou o mundo por um certo período de tempo.