Quem pode, pode! Ela se tornou assunto na mídia já que o seu documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2021! É a primeira vez que um documentário é selecionado para representar o país na premiação. Demais, né?

Para a revista 29 Horas ela ainda falou o seguinte sobre sua participação no reality: - Eu já tinha uma carreira de teatro quando participei desse reality, no SBT, mas foi nele que eu me tornei uma pessoa pública. Foi uma estrada muito diferente e que me deu coisas boas. Essa casa aqui é a Casa dos Artistas: eu comprei com o dinheiro que ganhei. Por outro lado, ficou muito difícil desconstruir a imagem da Bárbara que apareceu para o grande público. Mas aos poucos eu consegui mostrar que era uma atriz. Para eu voltar a ter credibilidade depois de uma experiência muito popular, com muita audiência, eu retornei ao teatro fazendo Oscar Wilde durante três anos. Essa escolha me salvou como atriz.

No ano de 2001, ela participou da primeira edição de Casa dos Artistas, reality show do SBT. O programa reuniu celebridades, que ficavam confinadas em uma casa. Bárbara engatou um romance com Supla e ainda foi consagrada a grande vencedora da atração, levando para casa o prêmio de 300 mil reais! Ao jornal O Estado de S. Paulo, ela falou sobre a vitória: - Foi um tsunami. Não tinha noção de que ia dar 59 pontos de Ibope no dia da final. (...) Eu tenho o maior orgulho. E não era a atriz que estava lá, era a Bárbara. Estava ali por que tinha ganhado um cachê que era de R$ 30 mil na época. Se pudesse escolher, talvez tivesse tido uma trajetória como a da Fernandinha Torres, da Andréa Beltrão. Me sinto orgulhosa de ter revertido minha imagem.

Aos 17 anos de idade, ela sofreu um acidente de carro que deixou uma cicatriz em seu rosto até hoje. Certa vez, em entrevista no Mais Você, ela contou o seguinte para Ana Maria Braga: - Sofri um acidente quanto tinha 17 anos, mas não parei a minha carreira. Pensei: vou enfrentar. Caí no buraco e não desisti! Muita gente me negava testes. Se eu sorrir, a cicatriz não aparece, então, eu fazia os testes publicitários sempre sorrindo. Minha cicatriz vai estar comigo para o resto da vida. Faço preenchimento para disfarçar e já melhorou muito.

Atriz desde 1997, quando começou no teatro, Bárbara acumula diversas peças em seu currículo, tendo recebido indicações a prêmios importantes, como o Prêmio Shell e 8º Prêmio APTR, ambos na categoria de de Melhor Atriz por sua atuação em Vênus em Visom, em 2014. Com a peça Gata em Telhado de Zinco Quente, em 2016, ela também recebeu duas indicações, uma para o Prêmio Arte Qualidade Brasil e o outro para o Troféu APCA.

No mundo do cinema, Bárbara também recebeu indicações - e ganhou prêmios. Após atuar no curta Produto Descartável, ela foi eleita a Melhor Atriz, no Festival de Gramado, em 2003. Já em 2006, venceu após trabalhar no curta Manual Para Atropelar Cachorro.

Na TV, alternando emissoras, Bárbara trabalhou em novelas como Marisol, Cristal, Maria Esperança no SBT e participou da série A Diarista, na TV Globo. Em 2009, ela migrou de vez e virou oficialmente uma global ao atuar, por exemplo, em Viver a Vida, de 2009, ao lado de Rodrigo Hilbert.

Depois, emendou papeis em séries como As Cariocas, na novela Morde & Assopra, além de ter participado de outro reality show: Dança dos Famosos, em 2012! Dessa vez ela não ganhou, mas conseguiu conquistar o terceiro lugar.

O relacionamento mais famoso da atriz é com Hector Babenco, aclamado cineasta, que morreu em 13 de julho de 2016, aos 70 anos de idade, após sofrer uma parada cardíaca. Ambos foram casados por cinco anos, entre idas e vindas. Ao fazer uma homenagem, Bárbara publicou uma foto dos dois juntos e escreveu o seguinte na legenda: Quem é o dono do meu silêncio? Onde vão meus pensamentos sobre o mundo. Em que ostra invisível se encontram encerrados os meus desejos? Onde está, para onde vai a imagem que forma e desejo perpetuar como única forma de continuar vivendo que... A impossibilidade de existir depois que o pensar se vai em que refúgio ou forma poderia eu existir. Se o que penso ou sinto se desfaz... Que território estranho este de viver a pensar como fazê-lo objeto presença para dividi-los com você o outro quem eu quero quem sou. Que arrogância mais forte querer perpetuar este verso que flutua. Hector.

Outros grandes trabalhos da atriz pela TV Globo foram nas novelas Amor à Vida, em 2013, e A Regra do Jogo, em 2015. Mais recentemente, ela fez uma participação em Malhação: Pro Dia Nascer Feliz no papel de Stella, em 2017. No mesmo ano, ela viveu a Jô na elogiadíssima O Outro Lado do Paraíso. Em 2019, ela atuou na série Assédio, no papel de Lorena.

Ainda sobre seu relacionamento com Babenco, Bárbara fez um documentário para o amado, chamado Babenco - Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, que deve chegar ao Brasil em 2020, em que conta a história do diretor argentino.

Além disso, em 2019, ela lançou um livro sobre ele, chamado Mr. Babenco – Solilóquio a Dois Sem Um, em que relata memórias e diálogos com o cineasta.

Focada em sua carreira, Bárbara revelou, em conversa com a revista 29 Horas, que quer ser mãe um dia e não abandonou essa vontade: - Eu quero ter um filho, vários filhos. Ainda dá tempo, mas se eu não gerar eu vou adotar, quero dar continuidade à minha vida. Eu não me dei esse tempo e agora eu quero. Eu vivo muito intensamente cada etapa. E quero amar mais, sou bem melhor amando.

O último filme de Babenco, de 2015, chama-se Meu Amigo Hindu e traz Willem Dafoe no papel do protagonista, além de grandes nomes no elenco, como Maria Fernanda Cândido, Reynaldo Gianecchini e Selton Mello. Bárbara também faz parte do filme.