Como você viu aqui no ESTRELANDO, a HBO lançou no início de 2019 o documentário Leaving Neverland, que conta com entrevistas de duas supostas vítimas do cantor, Wade Robson e James Safechuck. Os dois alegaram que sofreram abusos sexuais e psicológicos do artista quando eram crianças e frequentavam Neverland, rancho do cantor em Los Angeles, nos Estados Unidos. Os depoimentos chocaram o público e colocaram em dúvida o caráter do astro, apesar de nada ter sido efetivamente comprovado. Na mídia, saíram matérias sobre escutar ou não Michael Jackson após toda a polêmica, e a série Os Simpsons até optou por extinguir o seu episódio com o músico depois das denúncias. Nesse caos, entretanto, algumas celebridades vieram a público se manifestar a favor de Michael, que morreu em 2009 aos 50 anos de idade. Veja, a seguir, quem defendeu o artista das acusações do documentário Leaving Neverland.

Corey Feldman, astro de Os Goonies, também defendeu Michael das acusações. Nascido em 16 de julho de 1971, o ator afirmou o seguinte em seu perfil no Twitter: OK, eu assisti a tudo [falando do documentário] e o que eu sei é o que eu vivi, e SIM, todas as experiências foram as mesmas... Nunca falamos sobre sexo [ele e Michael Jackson], tirando alguns avisos de como o sexo poderia ser perigoso e assustador. Ele nunca falou palavrão na minha presença, nunca me tocou inapropriadamente e nunca me sugeriu para que fôssemos amantes de nenhuma forma. Sinto que se as pessoas ouvissem as nossas conversas, veriam toda a inocência que tinham nelas. [...] Eu acho um problema toda a coisa [documentário] ter sido baseada em um lado, com nenhuma chance de defesa a um homem morto, e sem nenhuma evidência a não ser a palavra de dois homens adultos que já defenderam Michael em júri. [...] Eu oro para que esses homens consigam dormir com a consciência tranquila. Somente Deus pode julgar. Entretanto, Corey sempre ressaltou que defendia a postura das supostas vítimas em falar sobre os aparentes abusos, já que ele mesmo sofreu com assédio quando era criança.

Chris Brown gerou polêmica ao homenagear Michael Jackson no clipe da música Back To Love. O vídeo foi lançado bem na época em que o documentário Leaving Neverland repercutia na mídia com as acusações de abuso sexual. Em Back To Love, Brown se veste como Michael e ainda realiza alguns passos de dança inspirados no estilo do Rei do Pop.

Em entrevista à revista Vogue britânica, Madonna, que era amiga de Michael, disse o seguinte: - As pessoas são inocentes até que se prove a culpa. Eu não tenho uma mentalidade de linchamento, então, na minha opinião, as pessoas são inocentes até que se prove a culpa. Quando as pessoas me dizem coisas sobre alguém, minha atitude é perguntar: Você pode provar isso? [...] As pessoas às vezes mentem. Então eu sempre digo: O que as pessoas querem com isso? Há pessoas pedindo dinheiro, existe algum tipo de extorsão acontecendo? Eu levaria todas essas coisas em consideração.

Diana Ross também se manifestou no Twitter: É isso que está no meu coração nessa manhã. Eu acredito e confio que Michael Jackson foi e é uma força incrível e magnífica para mim e vários outros. Parem em nome do amor, escreveu.

Aaron Carter, irmão do backstreet boy Nick Carter, defendeu o Rei do Pop inicialmente. Em entrevista ao site TMZ, o cantor disse o seguinte, redirecionando a sua fala a Wade Robson, um dos homens que acusam Michael de assédio: - Você é um adulto. E quando Michael Jackson estava vivo, você estava apoiando ele, puxando o saco dele, estava lá por ele, testemunhando a favor dele. E quando ele morre você decide que é uma ótima época para falar? Não, o que você está fazendo é, na verdade, pisar no túmulo de um ícone e de uma lenda - você está pisando no túmulo dele. Por que não fazer isso quando ele estava vivo? Por que não fazer isso quando ele estava sendo acusado de todas essas alegações de abuso? Por que não fazer isso e realmente indiciar um perpetrador? [...] Wade, estou muito desapontado. Você tentou arrastar o meu nome para essa m****. Eu posso ser um cantor de pop, mas se você vier para cima de mim, eu te socaria na cara. Porque o que você está fazendo é pisar no túmulo de alguém. De alguém que esteve lá por você, te ensinou coisas. E aí vocês falam que foram molestados... é difícil para mim entender. Como eu posso entender quando a minha experiência foi gentil, bonita, amorosa e acolhedora? Entretanto, cerca de dois meses depois, Aaron mudou seu discurso e disse que Michael teve uma conduta imprópria com ele: - Michael era realmente um cara muito bom, pelo o que eu sei, um cara muito do bem. Ele nunca fez nada inapropriado, exceto uma vez. Há uma coisa que ele fez que foi um pouco inapropriada, revelou, em entrevista à People.

Já Macaulay Culkin nunca falou sobre as acusações do documentário Leaving Neverland, mas já se manifestou a favor de Michael Jackson muitas outras vezes. Em entrevista ao podcast Inside of You, o ator disse o seguinte: - Ele estendeu a mão para mim porque muitas coisas grandes estavam acontecendo rapidamente comigo e eu acho que ele se identificou com isso. No final é quase fácil dizer que era estranho ou qualquer coisa assim, mas não foi, porque fazia sentido. Éramos amigos. Para mim, é tão normal e mundano. Eu sei que é um grande problema para todos os outros, mas para mim foi uma amizade normal. Eu era uma pessoa inigualável. Ninguém mais na minha escola católica tinha essa ideia do que eu estava passando e ele era o tipo de pessoa que passou pela mesma coisa louca e queria ter certeza de que eu não estava sozinho. Ele era muito hilário. Era charmoso, engraçado, bobo.

Por fim, apesar de alguns funcionários de Michael já terem se manifestado contra o cantor, a revista Vanity Fair declarou que muitos outros podem não ter vindo a público por conta de uma cláusula feita pelo astro. De acordo com o veículo, qualquer membro da equipe que falasse mal do músico comprometia o seu emprego na época. A maioria dos hóspedes do rancho Neverland também foi forçada a assinar acordos de confidencialidade, garantindo que eles não falariam com a imprensa ou escreveriam sobre o que acontecia dentro da propriedade de Jackson. Além disso, Michael era tão único na indústria do entretenimento e valia tanto dinheiro que ninguém ousava questionar qualquer atitude sua.