Aos 37 anos de idade, a jogadora Marta é uma grande inspiração para todas as mulheres que amam futebol e tem o sonho de praticar o esporte. Meio-campista da seleção brasileira feminina, a jogadora atualmente joga pelo Orlando Pride, dos Estados Unidos, e já foi eleita seis vezes melhor do mundo. Agora, em 2023, Marta está disputando a sua última Copa do Mundo, mas a sua força e declarações pela igualdade sempre serão lembrados. Pensando nisso, o ESTRELANDO fez uma lista com algumas declarações da atleta. Vamos conferir:

Durante a coletiva de imprensa da seleção brasileira da Copa do Mundo feminina de 2023, Marta chorou e emocionou a todos ao falar sobre seu legado no futebol feminino. Eu não costumo a pensar na Marta. Sabe o que é legal? Eu não tinha uma ídola no futebol feminino. A imprensa não mostrava o futebol feminino. Como eu ia entender que eu poderia ser uma jogadora, chegar à seleção, sem ter uma referência? Hoje a gente sai na rua e os pais falam: Minha filha quer ser igual a você. Hoje temos nossas próprias referências. Não teria acontecido isso sem superar os obstáculos. É uma persistência contínua. A gente pede muito que a nossa geração continue assim. Há 20 anos, em 2003, ninguém conhecia a Marta. Em 2022, viramos referência para o mundo inteiro. Não só no futebol, mas no jornalismo também. Hoje vemos mulheres aqui, o que não tinha antes. A gente acabou abrindo portar para a igualdade.

Em entrevista a CBF TV, Marta falou o que deseja para o futuro e a alegria de ver alguns garotinhos falando sobre ela: - Eu me sinto realizada, a Marta se sente realizada, a atleta, mas o maior sonho mesmo é sentir que nossa modalidade está caminhando para frente, está evoluindo [...] que o futebol feminino não é só uma promessa, é uma realidade, que as meninas podem sonhar e seguir a carreira de atleta, viver do futebol, disse ela. E continuou sobre a sua vontade no futuro: - sentar no sofá da minha case e ver o futebol feminino na TV como algo normal, constante, como vemos no mundo do futebol masculino. É gratificante ouvir de um garotinho que ele te admira e te segue, isso é o resultado do que pregamos constantemente que é a inclusão social, a igualdade de gênero, o empoderamento da mulher, que não tem que partir só do lado feminino, mas dos homens também. É explorar para que possamos ter mais igualdade.

Para quem não sabe, Marta usa chuteira sem patrocínio durante a Copa como uma forma de protesto, mas silencioso. Em 2020, a jogadora falou sobre a decisão da CBF em igualar as diárias e premiações das seleções femininas e masculinas: - Acho que a valorização tem que partir da gente. Eu me sinto no direito de me valorizar, por tudo que a gente foi conquistando ao longo do tempo seja dentro de campo ou fora dele também. Eu queria dar esse exemplo pra outras atletas e até outras atividades fora do esporte, para que a gente possa buscar por igualdade. Juntas. Financeiramente eu não ganhei nada com isso, mas eu sinto que a mudança ela é nítida, disse ela ao Esporte Espetacular.

Ainda ao programa da Globo, Marta falou sobre o seu desejo: - - A nossa luta não é só no esporte, a nossa luta é na vida. A nossa luta é buscar igualdade pra todos em todos os sentidos. Então a gente fica super feliz e a gente vai continuar fazendo isso sempre, buscando a igualdade e o respeito. Meu desejo é que que a gente possa realmente ver a mudança e que as futuras gerações não tenha que sofrer tanto pra alcançar os seus objetivos.