Sexo, desejo e poder podem parecer os pilares da história de Tashi Duncan, mas o roteiro de Rivais vai muito além disso. Como certa vez disse Oscar Wilde: Tudo nesse mundo é sobre sexo exceto sexo. Sexo é sobre poder. Dirigido pelo italiano Luca Guadagnino, famoso por Me Chame Pelo Seu Nome, o longa acompanha o triângulo amoroso, vivido por Tashi, personagem de Zendaya, Patrick Zweig, interpretado por Josh O’Connor, e Art Donaldson, papel de Mike Faist, que almeja vitórias atrás de vitórias no mundo do tênis. Para isso, cada um deles está disposto a apostar tudo para ter o que o outro tem, ao mesmo tempo que não consegue cortar o vínculo sexual e emocional, formando uma verdadeira relação codependente Tashi-Art-Patrick, em um ciclo sem fim. O ESTRELANDO já assistiu ao filme e te conta (sem spoilers) se vale a pena!

Tashi é uma jovem tenista prodígio, a melhor de sua geração. Não só se destaca no esporte como também sabe usar o charme e a beleza para conquistar tudo e todos. Porém, antes mesmo de se profissionalizar nos campeonatos, acaba sofrendo uma lesão e tem a carreira interrompida. Sem muita opção, a única maneira de continuar vivendo no mundo do tênis é virando treinadora do marido, Art Donaldson, algo que acontece anos depois. Ao marcar um jogo importantíssimo para ele, sua vida é virada de cabeça para baixo ao constatar que a partida é justamente contra o ex-namorado dela, Patrick Zweig, que também era melhor amigo de Art. Uepa! A questão é: como eles saíram de melhores amigos, quase irmãos, para adversários?

Para revelar o passado dos personagens - e como eles chegaram na atual situação - o diretor usa e abusa do recurso de flashbacks. Apesar do foco ser a partida entre Art e Patrick mais velhos, com Tashi acompanhando tudo com olhos de águia da plateia, a história quica entre o passado e presente como uma verdadeira bola de tênis, brincando com o tempo de forma brilhante. Inclusive, este é um recurso muito bem explorado durante todo o filme, até mesmo os diálogos entre os personagens formam uma espécie de bate-rebate de rivalidade que lembra o esporte, deixando a história ainda mais convidativa. Sem contar que o manejo da câmera é um show à parte, já que tem ritmo constante e ângulos diferenciados. Para você ter ideia, em certo momento o público vira a bola do jogo.