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Trabalhar em uma produção significa se dedicar a um projeto por alguns meses e conviver com pessoas por um bom período de tempo. Muitas vezes, por causa da convivência ou simplesmente por opiniões diferentes, ator e diretor não conseguem se dar bem, o que pode muitas vezes prejudicar o andamento de uma atração. Um dos casos mais famosos, que veio à tona anos, depois foi a relação conturbada entre Quentin Tarantino e Uma Thurman durante as gravações de Kill Bill. A insistência de Tarantino para que Uma, atriz nascida em 29 de abril de 1970, gravasse uma cena perigosa, fez com que ela sofresse um acidente grave. A filmagem mostraria a personagem da atriz dirigindo um carro, que não era muito seguro. Thurman disse que pediu para que a dublê fizesse a cena, mas Tarantino negou e a forçou a entrar no carro. Ela acabou colidindo com uma árvore, o que a fez se machucar bastante. Segundo a atriz, ela tem, até hoje, sequelas nos joelhos por causa disso. As cenas da colisão foram arquivadas pela produtora e ela passou anos na Justiça até conseguir as filmagens de volta, o que aconteceu em 2017, quando ela as divulgou junto com o artigo em que contava essa história. A atriz e o diretor brigaram por anos por esse acidente, e Uma acusou o diretor de tentar matá-la, o que o teria deixado furioso. Além do acidente de carro, Uma também contou que, em uma das cenas, sua personagem deveria ser enforcada, e Tarantino foi a pessoa que colocou as mãos em seu pescoço, o que ela considerou algo não profissional, já que ele não era o ator designado para a cena. Atualmente, no entanto, a atriz acredita que as atitudes de Quentin para com ela durante a gravação do longa não foram maldosas, apenas negligentes, e que agradece a ele por tê-la ajudado a conseguir as filmagens do acidente. Além disso, há especulações que dizem que os desentendimentos entre os dois iniciaram depois que Uma confrontou Tarantino sobre Harvey Weinstein, que era um grande amigo do diretor e que a havia assediado sexualmente tempos antes, e Quentin não gostou da reclamação da atriz, já que Weinstein era o produtor executivo de Kill Bill. Tenso, hein? A seguir, relembre outras relações conturbadas de diretores com seus atores!
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Megan Fox falou mal de Michael Bay durante as filmagens da franquia de Transformers, o comparando a Hitler ou Napoleão durante entrevistas, além de chamá-lo de desesperadamente desajeitado. Como consequência, o diretor não a chamou para o terceiro filme da franquia, Transformers: O Lado Oculto da Lua. Porém, parece que depois ficou tudo bem entre eles, já que repetiram a parceria em As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras.
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Em Azul É a Cor Mais Quente, as protagonistas Adèle Exarchopoulos e Lea Seydoux revelaram em entrevista que se sentiram humilhadas pelo diretor, Abdellatif Kechiche. Adèle contou, por exemplo, que o cineasta queria que a cena de sexo entre as duas fosse a mais verídica possível e, por isso, foi filmada de forma extremamente gráfica: - Muitas pessoas nem se atrevem a perguntar as coisas que ele perguntava e há pessoas mais respeitosas. Você recebe um retorno durante as cenas de sexo, que são coreografadas, o que dessexualiza o ator, explicou. As atrizes filmaram uma cena, que tem menos de dez minutos de duração, em dez dias. Isso as levou à exaustão.
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Um dos filmes mais conhecidos e aclamados de Lars Von Trier é Dançando no Escuro, que traz uma performance elogiada da cantora Björk. Porém, a relação entre os dois, principalmente nas duas primeiras semanas de filmagem, não foi nada legal. De acordo com fontes, a estrela vez ou outra criticava a forma como Trier dirigia e, em uma entrevista, chegou a opinar que ele tinha uma inveja natural em relação às mulheres. Em outubro de 2017, ela usou seu Facebook para se pronunciar sobre o movimento Me Too, em que mulheres não se calam mais em casos de abusos e assédio. A lista enumerada pela estrela continha algumas das coisas que o diretor fez com ela.
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Segundo a atriz Mari Saade, mulher de Stênio Garcia, isso aconteceu com o autor e o diretor Silvio de Abreu. Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, Mari resolveu explicar por que o ator tem estado em baixa nas novelas da Globo, alegando essa rixa como principal motivo. A última aparição de Stênio em uma novela do início ao fim foi em Salve Jorge, trama de 2012. Ela afirma que, na ocasião, a troca da direção da dramaturgia fez com que ele não tivesse mais as mesmas oportunidades dentro da casa: - Aconteceu uma mudança na direção artística de Manoel Martins para Silvio de Abreu, que odeia o Stênio e guarda esse rancor desde 1968, ano em que eu nasci. Stênio era casado com a amada Cleyde Yaconis há dez anos e estava numa relação morna, mas boa. Ele largou Cleyde sem avisar, deixando um bilhete num papel de pão, porque era um homem novo e por isso covarde. A irmã da Cleyde havia sofrido um aneurisma e veio a falecer. Stênio fez tudo errado, na hora errada, com a melhor mulher que ele teve. Enfim, a tal paixão cega, ele se arrependeu amargamente, pediu desculpas e Cleyde maravilhosa perdoou, disse Mari, que ainda sugeriu que Silvio tenha tomado as dores da ex-mulher de Stênio: - Silvio idolatrava a Cleyde. Quando Stênio era casado com ela, ele não saía do camarim dela. Stênio até achava que ele queria ter sido o marido dela, mas era admiração mesmo. Silvio se tornou um grande autor de telenovelas e em 1998 o Carlos Manga precisou no decorrer da novela [Torre de Babel] escalar Stênio e Silvio brecou porque a Cleyde estava na novela. Houve discussão e fofoca nos bastidores e até eu que fazia uma personagem fiquei sabendo. Depois de muita discussão, Silvio ligou para a Cleyde para contar que o Manga queria colocar o Stênio. Disse que tinha estourado o orçamento e precisava ser um ator da casa. Cleyde falou: Iimagina, Stênio é um ótimo colega de trabalho. E assim Stênio entrou na novela e eu o conheci. Eita!
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Em Tootsie, Dustin Hoffman e o diretor, Sydney Pollack, não tiveram uma relação agradável. Várias fontes contaram que ambos não concordavam em muitas decisões criativas. O cineasta afirmava que o astro o via como um inimigo e ainda acreditava que Hoffman não queria colaborar em diversos aspectos do filme. Apesar das desavenças, o filme, que conta a história de um ator que se disfarça de mulher para conseguir um papel, foi um sucesso.
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Jake Gyllenhaal certa vez abriu o jogo sobre sua relação com David Fincher durante filmagens de Zodíaco. Em entrevista, o astro contou que era obrigado a refazer uma cena diversas vezes e que o diretor, ao escolher uma das tomadas, deletava todas as outras, algo que Jake, como ator, achava ofensivo. Depois, Fincher chegou a pedir desculpas por ter sido tão duro com ele no filme, mas parece que as desavenças não foram superadas, já que nenhum dos dois compareceu a algumas das premières do filme.
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Após trabalharem juntos em Duro de Matar 4.0, filme de 2007, o diretor Kevin Smith repetiu a parceria com Bruce Willis na comédia Tiras em Apuros. Porém, parece que dessa vez a relação não foi muito agradável, já que Smith dedicou um capítulo inteiro em sua autobiografia, Tough Shit, em que descreve Willis como alguém amargo, hostil e até mesmo malvado. Para piorar a situação, o filme ainda foi ruim de bilheteria e detonado nas críticas.
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Apesar das boas críticas, parece que a comédia Ligeiramente Grávidos não é um trabalho que Katherine Heigl guarda com carinho. Após o lançamento do filme, a atriz declarou em entrevista que ela não gostava de sua personagem, que parecia uma megera, enquanto os homens do filme eram vistos como amáveis. O diretor Judd Apatow não gostou das críticas e esperava desculpas da atriz, que até hoje não mudou de ideia.
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Um dos filmes clássicos mais famosos do mundo do cinema, O Iluminado é tenso de se assistir e foi tenso na hora de ser feito. Isso porque o diretor, Stanley Kubrick, exigiu demais do emocional de Shelley Duvall, que interpretou Wendy Torrance, a esposa de Jack Torrance, personagem de Jack Nicholson. O aclamado cineasta fez com que a atriz chorasse e hiperventilasse quase o tempo todo, já que a personagem estava sempre à beira de um ataque de nervos. O que não ajudou em nada foi o fato de Kubrick pedir para ela fazer uma mesma cena várias vezes. Por exemplo, lembra da cena em que Jack persegue a esposa pela escada? Essa sequência foi repetida 127 vezes.
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A relação entre David O. Russell e George Clooney no set de Três Reis foi bem complicada. Certa vez, o diretor humilhou um ator extra que estava desconfortável em fazer uma cena em que ele tinha que derrubar Clooney, que falou ao cineasta que ele não deveria tratar a equipe dele daquele jeito. Nisso, a situação quase partiu para o lado físico, com ambos quase brigando e tendo que ser separados por pessoas que estavam no local.
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Mathieu Kassovitz, que dirigiu Vin Diesel em Missão Babilônia, reclamou da constante interferência do estúdio e seus produtores. Mas também rolou tensão com o protagonista, que não é conhecido por ter um temperamento equilibrado. De acordo com o The Guardian, o astro chegava atrasado para as filmagens e depois falava abertamente sobre o fato de que iria receber horas extras, quando a produção tinha que continuar horas depois.
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