Um mês sem Preta Gil. Depois de uma longa jornada de tratamento contra o câncer, infelizmente, a cantora morreu aos 50 anos de idade em 20 de julho. Desde então, seus amigos e familiares já viveram diversos momentos emocionantes, e até mesmo algumas polêmicas. Pensando em celebrar o seu legado, que tal relembrar os momentos marcantes que aconteceram desde a sua partida?

Momento emocionante! Durante a renovação de votos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, que rolou no dia 9 de agosto, Carolina Dieckmann e Sol de Maria, neta de Preta Gil, cantaram um dos hits da artista - Sinais de Fogo. A apresentação, repleta de emoção, foi acompanhada de perto pelos noivos e os convidados. Vale lembrar que a pequena é a única neta de Preta, que também só teve um filho, Francisco Gil, fruto de seu antigo casamento com Otávio Muller.

No aniversário de Preta, em 8 de agosto, Duh Marinho, Gominho e Jude Paulla lançaram uma música inédita em sua homenagem. Através das redes sociais, o trio de amigos publicou em conjunto um vídeo repleto de momentos alegres ao lado da cantora, com Brisa Dendê tocando ao fundo. Na legenda, escreveram que a canção chega como uma celebração à amiga, que irradiava luz: Essa é uma homenagem pro nosso maior diamante. Estaríamos fazendo a maior festa no dia de hoje como ela gostaria, essa música que a gente fez vai ficar eternizada em forma de saudade. Estar e sintonia com alguém pode ser algo eterno se você sente o que não se vê. Dia 8 de Agosto será sempre o dia em que vamos celebrar o sol das nossas vidas! Essa música é mais uma extensão de tudo de mais lindo e despretensioso que vivemos nesses anos todos de amizade! Preta vive e sua luz irradia nossas vidas. Que sua energia nos invada como a luz do Sol no verão e nos preencha feito Brisa Dendê.

A prefeitura do Rio de Janeiro, cidade onde Preta nasceu, também fez uma homenagem a ela. Logo após sua morte, o trajeto oficial dos megablocos de Carnaval foi rebatizado de Circuito de Blocos de Carnaval de Rua Preta Gil, ou apenas Circuito Preta Gil.

Preta Gil estava nos Estados Unidos, a caminho do aeroporto para voltar ao Brasil quando passou mal e precisou ser levada ao hospital. Por isso, o velório e as últimas despedidas só puderam acontecer no dia 25 de julho, no Rio de Janeiro, após o corpo ser repatriado. Depois de uma cerimônia pública, na qual os fãs puderam se despedir, a família e amigos se reuniu para a cremação. As cinzas da cantora foi repartida entre familiares e amigos próximos, enquanto o restante foi colocada em um busto da artista. Instalado em um nicho de vidro que abriga a escultura, também há uma foto dela, que inspirou a obra, além de um batom deixado pela família e cerca de 100 cartões com dedicatórias escritas por familiares e amigos, que estiveram na cerimônia de cremação da famosa. Entre os nomes que prestaram essa homenagem estão Bela Gil, Carolina Dieckmmann, Regina Casé, Juliana Alves, Renê Silva, Lore Improta, Pai Calixto, Clara Buarque e a neta, Sol de Maria.

Os amigos e familiares de Preta Gil também estiveram presentes na Paróquia Santa Mônica, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, para celebrar a missa de sétimo dia da cantora. Na ocasião, em entrevista ao TV Fama, Gilberto Gil refletiu: A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos. Todos sabem, no país inteiro, que a Preta passou por um longo período de adaptação à partida, ao processo todo de ir embora. A ficha para nós todos e para ela, especialmente, foi caindo aos poucos. Foram dois anos [do tratamento de câncer]. E continua: O que fica mais acentuado no pesar da perda é o fato de que houve um sofrimento muito grande dela. É a coisa da qual, digamos assim, a gente mais se ressente, né? Fica do sentimento um ressentimento, pelo fato de que ela tenha tido um período muito grande [de sofrimento]. O que também, por outro lado, ajudou na luta dela para essa adaptação, para esse acompanhamento que ela fez. Acho que a vida, especialmente num período da história da humanidade em que vivemos tantas tribulações, por causa das dificuldades do fluxo do afeto, esse afeto tem sido muito represado, muito colocado em pequenas caixinhas para manipulação de uns e de tantos. E finalizou: Nesse sentido, é o fato da lembrança dela, da memória dela ter uma circulação muito grande, muito permanente, é um consolo, é um contraponto a essas dificuldades de afirmação do afeto pelos quais o mundo passa ultimamente. A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos.

No dia 10 de agosto, Gilberto concedeu uma entrevista ao Fantástico para falar da morte da filha. Questionado sobre como estaria a família neste momento, o patriarca respondeu: Nós estamos, enfim, tristes, naturalmente tristes. Ainda tendo que nos acostumar com a perda, com a falta.Preta era uma menina muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo. Ao mesmo tempo, ela já vinha com um sofrimento prolongado, de três anos, quase. E relembra: O diagnóstico dela foi um diagnóstico logo de início muito duro. Quer dizer, as expectativas em relação à possibilidade dela se curar eram pequenas. Ao relembrar os 50 anos que passou ao lado da filha, fruto de seu antigo casamento com Sandra Gadêlha, Gilberto sorriu em diversos momentos. Eu tava pensando ontem sobre isso, sobre a herança que ela deixa pra nós. Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa, nos indica direções, escolhas a serem feitas, valores a serem cultivados. Era entusiasta de viver para que a vida seja melhor. Para ela e para todos. Ela era assim. Obviamente, é o que fica dela, além da saudade. E continua: No caso, essas pessoas, quando se vão, deixam um vácuo muito grande. Elas se tornam uma figura também pública, muito querida. A morte faz parte da vida, e a gente segue, né? [...] Ela era talvez a mais espivitada de todos os filhos. Era uma menina incrível. Pretinha.