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Tati Machado e o marido Bruno Monteiro comunicaram no dia 13 de maio de 2025 a triste notícia de que haviam perdido o bebê que estavam esperando juntos. A apresentadora estava na 33ª semana de gestação de Rael quando notou a ausência de movimentos do feto e exames constataram que não havia batimentos cardíacos. A nota compartilhada nas redes sociais dizia: No último dia 12 de maio, a apresentadora e jornalista Tati Machado, com 33 semanas de gestação, deu entrada na maternidade após perceber a ausência dos movimentos de seu bebê. Até então, a gravidez transcorria de forma saudável e já se encontrava na reta final. Infelizmente, foi constatada a parada dos batimentos cardíacos do bebê, por causas que ainda estão sendo investigadas. Diante da situação, Tati precisou passar pelo trabalho de parto, um processo cercado de amor, coragem e profunda dor. Após o procedimento, ela se encontra estável e sob cuidados. Agradecemos imensamente o carinho e o respeito de todos. Pedimos que este momento tão delicado seja vivido com a privacidade que Tati, seu marido Bruno e toda a família precisam. Tati entrou em licença e permaneceu afastada dos trabalhos por 120 dias, retornando apenas em setembro. Nesta segunda-feira, dia 8, ela assume o comando do Mais Você durante as férias de Ana Maria Braga. A seguir, confira tudo o que Tati já falou sobre a perda do bebê.
AgNews
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Tati Machado se pronunciou pela primeira vez sobre a morte de Rael no dia 2 de junho. A jornalista compartilhou um clique ao lado do marido e emocionou ao fazer um desabafo: Levo no coração uma ferida acesa, daquelas inexplicáveis mesmo. Com ela trago perguntas, muitas por sinal. E de resposta: o silêncio. O mistério da vida. E eu, que sempre estive no controle, me perco, me descontrolo. E agora a única certeza que tenho é que jamais serei a mesma. Tudo dói, tudo! Dói pra respirar e dói pra viver. Eu acordo e tudo de novo. Isso quando durmo. Eu nunca tinha experimentado uma felicidade tão grande e olha que eu sou daquelas que todo mundo fala: essa daí é feliz. Mas acreditem, eu nunca tinha sido tão feliz na vida. Eu tava pronta! Só que ao invés da plenitude fui afrontada com a maior tristeza que também já senti, daquelas que vem do fundo da alma. No texto, ela relembrou o trabalho de parto e a parceria com o marido, além de falar que Rael nasceu grandão, assim como o seu pai: Rael era a melhor mistura de Tati e Bruno. A mistura do nosso amor que, durante os últimos oito meses, só fez crescer. Ele nasceu perfeito, grandão que nem o pai, como já esperávamos. Só não vou poder saber se o meu maior desejo se realizaria. A cara do pai, mas com a personalidade da mamãe. Me resta seguir sonhando como a sonhadora que sempre fui. Mas como que sonha diante do pesadelo de perder um filho?A gente volta pra casa no vazio. O gps ainda guarda no histórico o endereço da obstetra, do laboratório… A música que toca na playlist é a que sempre nos acompanhava. As roupas no varal são aquelas mais confortáveis, afinal, nada cabia mais. Na cama, o travesseiro de grávida. No banheiro, o creme que fazia parte do ritual pós banho. As vitaminas, as roupinhas pra lavar, o quarto pra arrumar, o cheirinho de bebê que já tinha dominado tudo… tava tudo lá. A apresentadora ainda contou como estava lidando com o luto: E como que vive depois disso? É a sensação de vazio extremo, que também é físico, visceral. Cadê nossos momentos na madrugada, que viravam quase uma rave? Cadê os beijinhos diários do papai na barriga? É um corte seco da vida. E essa tal da vida… que continua. E entre lágrimas que agora nem precisam mais pedir licença eu prometo pelo meu filho que vou honrá-lo em cada dia que eu respirar. Esse amor surreal nasceu antes do primeiro choro e vai viver mesmo depois do seu último suspiro. E a maternidade que conquistei jamais sairá do meu coração. E eu repito isso incansáveis vezes por dia para lembrar que eu sou mãe, pra ressignificar o tempo tão curto que estivemos juntos, mas tempo transformador.
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Um mês após a morte do filho, Tati fez uma publicação falando sobre o luto: Um mês que aprendemos a ser pais sem filho no colo. Um mês do exercício constante do amor sem toque. Um mês acolhendo o que ficou de nós. Um mês de travessia da nossa e a do nosso filho. Um mês de luto, que precisa ser integrado, vivido, sentido. Sem pressa e sem medo. Dizem, inclusive, que o luto é do tamanho do nosso amor, talvez por isso ele seja tão duro de encarar. Ela falou sobre como está é a maior dor que já sentiu: Muito da saudade está atrelada ao que imaginamos, atrelada as nossas expectativas. Eu me imagino amamentando, por exemplo, sem nem ao menos saber se eu conseguiria de fato. E essa memória, de algo que não tive, dói profundamente. Perder o futuro que a gente imaginou com um filho é perder a si mesmo. Essa é, de longe, a pior dor que já sentimos, mas é também a dor que mais nos tem ensinado. Parece que a gente fica em suspenso do mundo, vendo tudo de outro ângulo. O que antes era grande agora fica pequeno, ínfimo. E finalizou: É tempo de ressignificar essa dor e de ressignificar a vida. Tempo de se apegar a família, aos amigos, a nossa fé… a travessia segue por aqui, dia após dias. 13/5, 8:45, dia do nosso encontro.
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No dia 2 de julho, Tati abriu o coração sobre o processo de voltar a sorrir após a perda do filho. A apresentadora estava curtindo uma viagem na Amazônia com o marido e fez um tour gastronômico na região, que foi gravado e compartilhado nas redes sociais. Após conferir as imagens, ela refletiu: Eu sempre fui uma pessoa de sorriso largo, vocês sabem. Sempre dei entrevistas e falei sobre meu pacto com a felicidade. Sempre procurei me resgatar para esse lugar da alegria, mesmo que nos momentos difíceis. Agora não tem sido fácil esse resgate, o processo não é de uma hora para outra e eu preciso respeitar os meus sentimentos e o tempo. Mas isso sempre tentando não esquecer desse pacto. E contou como foi se ver sorrindo nos registros: Me assistir agora nesse vídeo despretensioso e me ver sorrir desse jeito, sem nem perceber que estava sendo gravada, me fez ter um orgulho danado de mim. Eu sorri assistindo ele e na sequência me emocionei por aqui porque eu sei bem do esforço. [...] É um mix de sentimentos e um deles o orgulho de mim, do mozão, da nossa família e de como a gente está atravessando esse rio. Sinto orgulho de estar conseguindo aparecer aqui para vocês, que se importam com a gente… E, principalmente, de conseguir ficar de pé dia após dia.
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A primeira vez que Tati e Bruno falaram na televisão sobre a perda de Rael foi em entrevista ao Fantástico, exibida no dia 27 de julho. A jornalista revelou que estava voltando de uma viagem ao Rio de Janeiro quando começou a ficar preocupada, pois não sentia o bebê chutar. O marido completou dizendo que já na estrada ela afirmou que estava sentindo algo de diferente. Segundo ela, chegando em casa, antes de dormir, pediu para que sentisse algo: - A gente veio para o Rio para fazer o chá de bebê do Rael, no dia seguinte era Dia das Mães. Como a gente tinha que voltar para São Paulo de carro, com todas as fraldas e presentes que a gente ganhou, fomos na feira e logo na saída a gente entrou no carro. Ele estava em uma fase que era uma explosão de movimentos, que eu senti essa falta, a gente foi para casa e falei assim, Meu Deus, faz o Rael mexer porque eu estou nervosa com isso. Cinco horas da manhã eu acordei, o Bruno colocou na minha barriga e a gente escutou uma batida forte. Acho que está tudo certo então. A apresentadora conta que viu o comunicado de Micheli Machado e Robson Nunes, que perderam o bebê, também por ausência de batimentos. Ela e Bruno correram para o hospital e após fazer o ultrassom já perceberam a gravidade pela reação da médica. Apesar de terem feito uma grande pesquisa para entender o que levou à perda, eles contam que não há nada que explique claramente o que aconteceu: - Essa dor é uma dor muito silenciosa. Eu já tinha passado por uma perda, em 2019, uma perda muito inicial, descobri e logo depois perdi. A gravidez do Rael foi uma gravidez que eu tinha muito medo, pela minha experiência passada. Eu não quero esquecer, porque é o amor da minha vida, que tinha um nome. Tati também contou que devido à falta de explicações do que levou à morte, se sentiu culpada: - O luto é um misto de sentimentos, você sente saudade, raiva. A culpa está ali e eu nunca vou me livrar dela. Me sinto culpada porque eu acho que não consegui, não dei conta, eu sempre tive medo, mas eu fiz tudo. Fazia ultra toda hora. Fico com medo em alguns momentos de ser julgada, nós fomos viajar e fico com medo de dizerem: já foi viajar. Mas eu escolhi viver. E Bruno refletiu: - O Rael me ensinou a ser uma pessoa melhor, dar importância a momentos, instantes, o hoje, ao agora.
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Após a exibição da entrevista ao Fantástico, Tati surgiu nas redes sociais para conversar com os seguidores, fazendo um desabafo e agradecendo todo o carinho e apoio que recebeu: - Acho que falar, pra mim, tem sido uma forma de resistir. Tem sido uma forma de me acolher e também acolher quem passou por isso, quem tá passando por isso. Porque, gente, eu já escrevi aqui para vocês: é uma ferida acesa. É um luto que perdura. Não é algo que se cura. Quando a gente resolve se abrir ali no Fantástico, não é só sobre nós, não é uma coisa egocêntrica de ser só sobre nós. É sobre tantas pessoas que passam por isso, que são arrebatadas por essa profunda tristeza, pelos medos, pelas perguntas, por você se sentir incapaz, se culpar tanto... Acho que é essa a mensagem no final das contas.
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O reencontro de Tati Machado e Ana Maria Braga no Mais Você aconteceu no dia 28 de julho. As comunicadoras deram um abraço bem apertado e ficaram muito emocionadas. Tati contou no programa matinal que ela e o marido passaram fazer terapia logo após o parto: - Eu e o Bruno, quando a gente recebeu o Rael, a gente podia ficar o tempo que fosse com ele ali. Vendo o rostinho dele, vendo como ele era. Mas depois de um tempo, a gente ficou, poxa, por que a gente não ficou mais com ele? E a gente falou isso pra ela [terapeuta]. E ela falou assim, Gente, se vocês voltassem para exatamente aquele dia, aquela hora, vocês tomariam a mesma decisão, vocês teriam ficado o mesmo tempo. É que agora vocês estão com saudade, vocês queriam mais tempo. Então por isso vocês se sentem culpados e queriam mais, mas aquilo era o que foi possível. Ela também optou por registrar o momento, mas ainda não havia tido forças para olhar as fotos: - A gente decidiu que a gente queria ter foto do momento, para que quando a gente se sinta pronto a gente olhe. Não chegou esse momento ainda. Mas você saber que você tem a possibilidade de ver o seu neném, de reviver aquele momento, é importante.
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Tati estava presente no palco do Domingão com Huck para a estreia do Dança dos Famosos 2025. A apresentadora, que foi campeã da edição anterior, recebeu um abraço de Luciano Huck e se emocionou com o carinho do comandante da atração e da plateia: - Vou chorar o programa todo, obrigada. Vir aqui hoje [ no programa] é pra lembrar quem eu sou. Esse palco mudou a minha vida, mesmo.
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No Dia dos Pais de 2025, Tati fez uma homenagem ao marido, se declarando para Bruno Monteiro: Rael tem sorte de ter esse pai. E eu a sorte de ter vivido tudo isso com você, amor. Feliz Dia dos Pais. Em outra publicação, escreveu: Nossos papos, nossas zoeiras e nosso amor. Te escolheria todos os dias. TODOS. Te amo, Bruno.
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No dia 31 de agpsto, a jornalista contou aos seguidores que estava retornando à São Paulo após ter passado uma temporada no Rio de Janeiro, sua terra natal. Ela e marido se mudaram para a Cidade Maravilhosa para ficar perto de familiares e amigos enquanto passavam pelo momento difícil: Obrigada meu Rio. Desde que tudo aconteceu, eu e Bruno saímos de São Paulo e viemos para o nosso refúgio, para o Rio de Janeiro. Quem me acompanha sabe que mesmo depois de três anos morando em São Paulo, toda hora que posso volto para casa. Dessa vez a escolha foi para ficarmos perto da família e dos amigos. E foi certeira. Foi aqui que enfrentamos todas as fases do luto. Tati também se abriu sobre os meses de luto após a morte do filho: Lembro que no começo, ainda sem sair muito de casa, nossa grande atração era andar de bicicleta pela orla de Copacabana tarde da noite. Até que virou uma praia, uma ida ao shopping, teatro, restaurante… literalmente um dia de cada vez, uma hora de cada vez. E não que ainda não seja assim, mas agora alguns pedaços tão no lugar, sabe? Foram quatro meses intensos e importantes, de muito crescimento. E, curiosamente, volto para São Paulo justamente no último dia de agosto, meu mês. Essa vida… Tô aqui escrevendo para vocês enquanto estamos na estrada. Agora eu, mozão e Mauro [cachorrinho de estimação]. E finalizou: Obrigada ao meu país Rio de Janeiro por me ajudar a não esquecer quem eu sou. Obrigada a nossa família por tantos momentos especiais juntos. Obrigada aos nossos amigos, que mesmo sem terem o que dizer, souberam nos escutar. Agora partiu São Paulo. Estamos voltando!
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