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Publicada em 21/01/2018 às 15:55 | Atualizada em 21/01/2018 às 15:59

Eriberto Leão se derrete ao falar de paternidade e desafio de viver Samuel: - Somos o masculino e o feminino

O ator de O Outro Lado do Paraíso abriu o jogo sobre vida pessoal e seu personagem na trama

Da Redação

Divulgação-TV Globo

Eriberto Leão está enfrentando um dos maiores desafios de sua carreira dando vida a Samuel em O Outro Lado do Paraíso. Em entrevista ao jornal Extra, o ator falou sobre viver um homossexual nas telinhas e contou que, na vida, transita entre o que considera feminino e masculino:

Nós somos tudo, o masculino e o feminino. O grande barato é ser os dois. Adoro luta, sou fã de Bruce Lee, e ele falava que a gente tem que ser como a água, que pode ser suave ou virar uma enxurrada. Se a suavidade é o feminino, sou suave. Se a enxurrada é o masculino, sou enxurrada. Tudo depende da hora e do momento. A integração entre o masculino e o feminino é a plenitude que eu busco diariamente e que é difícil de ser atingida.

Para interpretar Samuel, o ator teve que mergulhar no universo do personagem e inclusive aprender a andar de salto e usar peças femininas. A lição não foi fácil, mas Eriberto contou que sua profissão o ensinou a não ter preconceitos: 

- Tive que me familiarizar com esse universo. Andar de salto é uma arte, e confesso que não aprendi até hoje, mas tentei. Só consigo dar alguns passos sem me desequilibrar. Nunca tinha usado salto antes e não pude treinar com os da minha mulher porque o pé dela é pequeno, e o meu é 42. Também achei esquisito colocar calcinha, meia-calça, porque não orna direito [risos]. Tenho perna peluda. Meu ofício me ensinou a me despir de todos os preconceitos e a enfrentar as dificuldades que possam surgir.

Pai de dois filhos, João e o pequeno Gael, e casado com a atriz Andrea Leal falou sobre seu relacionamento com a esposa e ainda se declarou: 

- Nosso casamento não é perfeito porque não existe perfeição. Aceitamos os defeitos um do outro e, partindo dessa condição fundamental da imperfeição inerente ao casamento, você se livra de qualquer tipo de pressão. Sou apaixonadão pela minha mulher.

Durante a conversa, Eriberto falou sobre poliamor e disse que tudo pode se as duas pessoas estão de acordo. Considerado galão por muitos, o ator também revelou que não recebe cantadas e sempre põe seus filhos em primeiro lugar:

- Não recebo cantadas, nem de homens nem de mulheres. E não vou receber. Tenho uma vida extremamente reservada, não vou a lugares onde a energia está para isso. Você atrai o que está vibrando, desejando. Sou realizado com minha mulher. Quando não estou trabalhando, meu tempo é para ela e para os meus filhos. Vivo para eles.

Aliás, falando em filhos, a vida de Samuel vai passar por uma reviravolta agora que descobriu que será pai do bebê de sua ex-esposa, Suzy, personagem de Ellen Rocche. O ator comentou sobre o assunto e emendou na vingança da protagonista Clara, papel de Bianca Bin: 

- A máscara de Samuel foi retirada à força, mas Clara só fez bem a ele. A partir do momento em que fica sabendo que vai ter um filho, ele descobre um amor que nunca viveu antes, o de pai. Posso falar com propriedade que é o maior amor do mundo, porque sou pai de dois. João e Gael são os únicos seres que amo mais do que a mim mesmo. E quem é a única pessoa que ama mais os filhos do que o pai? A mãe. Suzy se torna mais especial para Samuel porque está gerando o filho dele. Aconteceu comigo. Passei a amar mais a minha mulher depois que meu primeiro filho nasceu e passei a amar mais ainda quando veio o segundo. Talvez Samuel se apaixone por essa mulher ao mesmo tempo em que é apaixonado por Cido [interpretado po Rafael Zulu]. Essa poesia transgressora me interessa muito.

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Eriberto Leão se derrete ao falar de paternidade e desafio de viver Samuel: <i>- Somos o masculino e o feminino</i>

Eriberto Leão se derrete ao falar de paternidade e desafio de viver Samuel: - Somos o masculino e o feminino

20/Abr/

Eriberto Leão está enfrentando um dos maiores desafios de sua carreira dando vida a Samuel em O Outro Lado do Paraíso. Em entrevista ao jornal Extra, o ator falou sobre viver um homossexual nas telinhas e contou que, na vida, transita entre o que considera feminino e masculino:

Nós somos tudo, o masculino e o feminino. O grande barato é ser os dois. Adoro luta, sou fã de Bruce Lee, e ele falava que a gente tem que ser como a água, que pode ser suave ou virar uma enxurrada. Se a suavidade é o feminino, sou suave. Se a enxurrada é o masculino, sou enxurrada. Tudo depende da hora e do momento. A integração entre o masculino e o feminino é a plenitude que eu busco diariamente e que é difícil de ser atingida.

Para interpretar Samuel, o ator teve que mergulhar no universo do personagem e inclusive aprender a andar de salto e usar peças femininas. A lição não foi fácil, mas Eriberto contou que sua profissão o ensinou a não ter preconceitos: 

- Tive que me familiarizar com esse universo. Andar de salto é uma arte, e confesso que não aprendi até hoje, mas tentei. Só consigo dar alguns passos sem me desequilibrar. Nunca tinha usado salto antes e não pude treinar com os da minha mulher porque o pé dela é pequeno, e o meu é 42. Também achei esquisito colocar calcinha, meia-calça, porque não orna direito [risos]. Tenho perna peluda. Meu ofício me ensinou a me despir de todos os preconceitos e a enfrentar as dificuldades que possam surgir.

Pai de dois filhos, João e o pequeno Gael, e casado com a atriz Andrea Leal falou sobre seu relacionamento com a esposa e ainda se declarou: 

- Nosso casamento não é perfeito porque não existe perfeição. Aceitamos os defeitos um do outro e, partindo dessa condição fundamental da imperfeição inerente ao casamento, você se livra de qualquer tipo de pressão. Sou apaixonadão pela minha mulher.

Durante a conversa, Eriberto falou sobre poliamor e disse que tudo pode se as duas pessoas estão de acordo. Considerado galão por muitos, o ator também revelou que não recebe cantadas e sempre põe seus filhos em primeiro lugar:

- Não recebo cantadas, nem de homens nem de mulheres. E não vou receber. Tenho uma vida extremamente reservada, não vou a lugares onde a energia está para isso. Você atrai o que está vibrando, desejando. Sou realizado com minha mulher. Quando não estou trabalhando, meu tempo é para ela e para os meus filhos. Vivo para eles.

Aliás, falando em filhos, a vida de Samuel vai passar por uma reviravolta agora que descobriu que será pai do bebê de sua ex-esposa, Suzy, personagem de Ellen Rocche. O ator comentou sobre o assunto e emendou na vingança da protagonista Clara, papel de Bianca Bin: 

- A máscara de Samuel foi retirada à força, mas Clara só fez bem a ele. A partir do momento em que fica sabendo que vai ter um filho, ele descobre um amor que nunca viveu antes, o de pai. Posso falar com propriedade que é o maior amor do mundo, porque sou pai de dois. João e Gael são os únicos seres que amo mais do que a mim mesmo. E quem é a única pessoa que ama mais os filhos do que o pai? A mãe. Suzy se torna mais especial para Samuel porque está gerando o filho dele. Aconteceu comigo. Passei a amar mais a minha mulher depois que meu primeiro filho nasceu e passei a amar mais ainda quando veio o segundo. Talvez Samuel se apaixone por essa mulher ao mesmo tempo em que é apaixonado por Cido [interpretado po Rafael Zulu]. Essa poesia transgressora me interessa muito.