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Publicada em 18/04/2018 às 11:09 | Atualizada em 18/04/2018 às 11:17

Taís Araújo fala sobre racismo e relacionamento com Lázaro Ramos no Conversa Com Bial

A atriz também revelou a importância de autores negros em Mister Brau

Da Redação

Divulgação

Na última terça-feira, dia 17, Taís Araújo deu uma entrevista cheia de representatividade ao programa Conversa Com Bial. A atriz falou sobre racismo, feminismo, sua relação com Lázaro Ramos e também sobre a importância de autores negros na série Mister Brau.

- Estamos falando de personagens negros, que vem da Zona Norte do Rio de janeiro, que é Madureira. Então, eu acho que ninguém vai saber escrever melhor para essas pessoas do que quem vive esse lugar. Se não acaba sendo a mesma história. A história contada pelo ponto de vista do outro.

Ela ainda citou o aprendizado que teve com Lázaro nestes anos todos de relacionamento.

- Nós tivemos uma troca muito especial. Na verdade, eu não acredito em nenhum relacionamento que não tenha troca. Seja de amizade, seja eu e você aqui, seja a gente e quem está assim sentado, a gente de casa, ainda mais em um casamento. De fato, o Lázaro vinha de um grupo político com um pensamento muito embasado sobre o Brasil real, e eu não tinha um pensamento tão aprofundado assim.

Negra e militante, Taís contou que o racismo não era pautado em sua casa. 

Na minha casa se falava sobre os problemas do Brasil, mas não sobre os nossos problemas do Brasil. Era da porta para fora. Era ali: Ah, situação política. Era isso que se falava. Quando se falava de alguma questão de preconceito, racismo e tal, simplesmente não se falava. (...) quando eu saí para a rua, eu vi que isso não bastava, que tinha que ter um embasamento, que tinha que ter um pensamento sobre. Tinha que pensar em alternativas. O assunto tinha que ser mais vertical sobre a questão.

E falou sobre o abuso que as mulheres sofrem todos os dias

Eu acho que nós sabemos muito bem o que é um abuso, e um flerte não é um abuso. Não é não e acabou! Eu repito essa frase diariamente para o meu filho e para minha filha também. Se a mulher fala não, acabou. 

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Taís Araújo fala sobre racismo e relacionamento com Lázaro Ramos no <I>Conversa Com Bial</I>

Taís Araújo fala sobre racismo e relacionamento com Lázaro Ramos no Conversa Com Bial

25/Abr/

Na última terça-feira, dia 17, Taís Araújo deu uma entrevista cheia de representatividade ao programa Conversa Com Bial. A atriz falou sobre racismo, feminismo, sua relação com Lázaro Ramos e também sobre a importância de autores negros na série Mister Brau.

- Estamos falando de personagens negros, que vem da Zona Norte do Rio de janeiro, que é Madureira. Então, eu acho que ninguém vai saber escrever melhor para essas pessoas do que quem vive esse lugar. Se não acaba sendo a mesma história. A história contada pelo ponto de vista do outro.

Ela ainda citou o aprendizado que teve com Lázaro nestes anos todos de relacionamento.

- Nós tivemos uma troca muito especial. Na verdade, eu não acredito em nenhum relacionamento que não tenha troca. Seja de amizade, seja eu e você aqui, seja a gente e quem está assim sentado, a gente de casa, ainda mais em um casamento. De fato, o Lázaro vinha de um grupo político com um pensamento muito embasado sobre o Brasil real, e eu não tinha um pensamento tão aprofundado assim.

Negra e militante, Taís contou que o racismo não era pautado em sua casa. 

Na minha casa se falava sobre os problemas do Brasil, mas não sobre os nossos problemas do Brasil. Era da porta para fora. Era ali: Ah, situação política. Era isso que se falava. Quando se falava de alguma questão de preconceito, racismo e tal, simplesmente não se falava. (...) quando eu saí para a rua, eu vi que isso não bastava, que tinha que ter um embasamento, que tinha que ter um pensamento sobre. Tinha que pensar em alternativas. O assunto tinha que ser mais vertical sobre a questão.

E falou sobre o abuso que as mulheres sofrem todos os dias

Eu acho que nós sabemos muito bem o que é um abuso, e um flerte não é um abuso. Não é não e acabou! Eu repito essa frase diariamente para o meu filho e para minha filha também. Se a mulher fala não, acabou.