X

NOTÍCIAS

Publicada em 17/05/2018 às 00:00 | Atualizada em 28/05/2018 às 16:20

Não é brincadeira: Deadpool 2 é mesmo um filme para a família

Deixando o sangue e as mortes de lado, trama apela para o lado humano dos super-heróis

Carolina Rocha

Divulgação

Alerta de spoilers à frente! Se não quiser saber o que acontece no filme, não leia esta matéria. Você pode ver essa galeria sobre a sequência, sem spoilers significativos. 

Você pode até ter achado estranho o modo como o segundo filme do anti-herói Deadpool vem sendo divulgado. Mas não é brincadeira: o longa é mesmo um filme para a família. Logo no início, damos de cara com Wade atrasado para o seu aniversário de namoro. Depois, o vemos frustrado com a morte da namorada (sim, a Vanessa morre). Depressivo, o personagem luta para ter a sua única família de volta e, ao mesmo tempo, salvar a essência de duas personalidades importantes: Russell e Cable. Se colocarmos todo o sangue e as mortes de lado, temos uma trama que apela para o lado humano dos super-heróis em um roteiro simples, que se engrandece principalmente pelas piadas inteligentes, trilha sonora fantástica e atuações bem satisfatórias. Por esse parágrafo, a história parece ou não um drama que você escolheria para assistir com seus pais - ou filhos, caso esse seja o seu caso? 

Deadpool se tornou internacional. O que isso quer dizer? Que ele agora mata vilões de toda a parte do mundo. Mas é um simples bando de mercenários de Nova York, aparentemente inofensivos, que cometem a grande tragédia desta sequência. Wade e Vanessa tinham acabado de ter uma conversa sobre nomes de seus possíveis filhos quando são surpreendidos pelo grupo em seu apartamento. Eles escapam ilesos, mas não contavam com a presença do líder dos bandidos, que atinge Vanessa no peito com um tiro. Wade vai atrás dele com uma raiva descomunal e o mata, mas não consegue se vingar da pessoa que mais queria: ele mesmo. O Deadpool tenta suicídio e chega a ter pedaços seus voando pela sala após uma explosão. Mas esse é um dos problemas com os super-heróis: muitas vezes, eles são imortais. 

Após ser resgatado por Colossus, Deadpool finalmente se une aos X-Men. Mas a parceria vem junto com uma série de chacotas à franquia de mutantes e, principalmente, aos atores Hugh Jackman e Patrick Stewart (intérpretes de Wolverine e Professor Xavier, respectivamente). Em sua primeira missão como um membro da equipe de heróis, Deadpool conhece Russell. Retratado primeiramente como um garoto rebelde e transtornado, Russell nada mais é do que um mutante de 14 anos de idade que sofre abusos na instituição que deveria acolhê-lo. E é exatamente por se voltar contra os funcionários do local que ele e Deadpool são rendidos e presos em um lugar chamado Geladeira. Tudo que resta a eles é a companhia um do outro, já que parte de seu isolamento conta com uma coleira que impede o uso de seus superpoderes. 

É então que Cable aparece. No início, o personagem encontra dois corpos carbonizados e resgata um ursinho de pelúcia tomado de sangue e cinzas. Ele então faz uma viagem no tempo e aparece na Geladeira com o intuito de acabar com a vida de Russell. Deadpool faz de tudo para proteger o garoto, mas acaba revelando ao vilão que, na verdade, não se importa com a existência do mutante. É então que Russell decide se aliar ao Fanático, a pior criatura da prisão. Neste momento, Deadpool consegue escapar do local após um embate pesado com Cable - e, desta vez, vai parar na casa da velhinha Al. 

O anti-herói tem a (brilhante) ideia de montar um time de super-heróis para salvar Russell, que está sendo transferido em um caminhão para outra prisão. Vários heróis passam por uma entrevista sem critério nenhum de avaliação e todos são aprovados. O que mais chama a atenção não são os poderes, mas sim os atores que interpretam esses personagens: Bill Skarsgård, Terry Crews e até Brad Pitt fazem parte da chamada X-Force. É aqui também que Domino faz a sua primeira aparição. 

Já está na hora do plot twist, né? Após falharem no resgate de Russell, a X-Force (ou o que sobrou dela) fica frente a frente com Cable, que finalmente revela a sua verdadeira intenção. Os corpos carbonizados que ele encontrou são de sua esposa e filha. Elas foram mortas no futuro pelo garoto mutante, que fica fascinado pela morte após assassinar o diretor da instituição onde era torturado. Assim, todos se unem para tentar impedir que Russell faça sua primeira vítima fatal e se torne um grande vilão quando crescer.

Apesar de distante, é Vanessa quem está por trás de todas as escolhas de Deadpool. É ela quem o faz proteger Russell e o instiga a ir atrás de sua família, formada por todos aqueles seres caricatos e poderosos. Deadpool leva tão a sério os direcionamentos de Vanessa que se sacrifica apenas para salvar a parte humana de Russell; é com o anti-herói morto (literalmente morto) que o mutante percebe que bastam quatro ou cinco momentos para se tornar um herói. E Wade faz questão de se despedir de todos enquanto espera sentir a tão desejada sensação da morte.

Bom, é claro que ele não fica morto por muito tempo (até porque teremos o terceiro filme). Mas daí vale assistir para saber como tudo isso acontece, né? 

Se você não riu com as diversas tiradas durante o longa, com certeza irá se satisfazer com as cenas pós-créditos. Deadpool rouba o equipamento que faz Cable viajar no tempo e volta ao passado para corrigir umas coisinhas. Exemplos? Digamos que ele simplesmente dá um jeito de impedir que Ryan Reynolds (é um pouco Inception, mas é divertido) aceite o papel daquele terrível Lanterna Verde de 2011. Ah, e ele também acaba com aquele Deadpool repulsivo que apareceu no filme X-Men Origens: Wolverine. Sério. Toda aquela raiva que você sentiu finalmente será recompensada. 

Caso você esteja esperando por uma continuação melhor do que a primeira, pode comprar o seu ingresso. Deadpool 2 não decepciona e te deixa com aquele gostinho de quero mais. 

Deixe um comentário

Atenção! Os comentários do portal Estrelando são via Facebook, lembre-se que o comentário é de inteira responsabilidade do autor, comentários impróprios poderão ser denunciados pelos outros usuários, acarretando até mesmo na perda da conta no Facebook.

Enquete

Qual filho de Kate Middleton e Príncipe William você acha mais fofo?

Obrigado! Seu voto foi enviado.

Não é brincadeira: <I>Deadpool 2</I> é mesmo um filme para a família

Não é brincadeira: Deadpool 2 é mesmo um filme para a família

24/Abr/

Alerta de spoilers à frente! Se não quiser saber o que acontece no filme, não leia esta matéria. Você pode ver essa galeria sobre a sequência, sem spoilers significativos. 

Você pode até ter achado estranho o modo como o segundo filme do anti-herói Deadpool vem sendo divulgado. Mas não é brincadeira: o longa é mesmo um filme para a família. Logo no início, damos de cara com Wade atrasado para o seu aniversário de namoro. Depois, o vemos frustrado com a morte da namorada (sim, a Vanessa morre). Depressivo, o personagem luta para ter a sua única família de volta e, ao mesmo tempo, salvar a essência de duas personalidades importantes: Russell e Cable. Se colocarmos todo o sangue e as mortes de lado, temos uma trama que apela para o lado humano dos super-heróis em um roteiro simples, que se engrandece principalmente pelas piadas inteligentes, trilha sonora fantástica e atuações bem satisfatórias. Por esse parágrafo, a história parece ou não um drama que você escolheria para assistir com seus pais - ou filhos, caso esse seja o seu caso? 

Deadpool se tornou internacional. O que isso quer dizer? Que ele agora mata vilões de toda a parte do mundo. Mas é um simples bando de mercenários de Nova York, aparentemente inofensivos, que cometem a grande tragédia desta sequência. Wade e Vanessa tinham acabado de ter uma conversa sobre nomes de seus possíveis filhos quando são surpreendidos pelo grupo em seu apartamento. Eles escapam ilesos, mas não contavam com a presença do líder dos bandidos, que atinge Vanessa no peito com um tiro. Wade vai atrás dele com uma raiva descomunal e o mata, mas não consegue se vingar da pessoa que mais queria: ele mesmo. O Deadpool tenta suicídio e chega a ter pedaços seus voando pela sala após uma explosão. Mas esse é um dos problemas com os super-heróis: muitas vezes, eles são imortais. 

Após ser resgatado por Colossus, Deadpool finalmente se une aos X-Men. Mas a parceria vem junto com uma série de chacotas à franquia de mutantes e, principalmente, aos atores Hugh Jackman e Patrick Stewart (intérpretes de Wolverine e Professor Xavier, respectivamente). Em sua primeira missão como um membro da equipe de heróis, Deadpool conhece Russell. Retratado primeiramente como um garoto rebelde e transtornado, Russell nada mais é do que um mutante de 14 anos de idade que sofre abusos na instituição que deveria acolhê-lo. E é exatamente por se voltar contra os funcionários do local que ele e Deadpool são rendidos e presos em um lugar chamado Geladeira. Tudo que resta a eles é a companhia um do outro, já que parte de seu isolamento conta com uma coleira que impede o uso de seus superpoderes. 

É então que Cable aparece. No início, o personagem encontra dois corpos carbonizados e resgata um ursinho de pelúcia tomado de sangue e cinzas. Ele então faz uma viagem no tempo e aparece na Geladeira com o intuito de acabar com a vida de Russell. Deadpool faz de tudo para proteger o garoto, mas acaba revelando ao vilão que, na verdade, não se importa com a existência do mutante. É então que Russell decide se aliar ao Fanático, a pior criatura da prisão. Neste momento, Deadpool consegue escapar do local após um embate pesado com Cable - e, desta vez, vai parar na casa da velhinha Al. 

O anti-herói tem a (brilhante) ideia de montar um time de super-heróis para salvar Russell, que está sendo transferido em um caminhão para outra prisão. Vários heróis passam por uma entrevista sem critério nenhum de avaliação e todos são aprovados. O que mais chama a atenção não são os poderes, mas sim os atores que interpretam esses personagens: Bill Skarsgård, Terry Crews e até Brad Pitt fazem parte da chamada X-Force. É aqui também que Domino faz a sua primeira aparição. 

Já está na hora do plot twist, né? Após falharem no resgate de Russell, a X-Force (ou o que sobrou dela) fica frente a frente com Cable, que finalmente revela a sua verdadeira intenção. Os corpos carbonizados que ele encontrou são de sua esposa e filha. Elas foram mortas no futuro pelo garoto mutante, que fica fascinado pela morte após assassinar o diretor da instituição onde era torturado. Assim, todos se unem para tentar impedir que Russell faça sua primeira vítima fatal e se torne um grande vilão quando crescer.

Apesar de distante, é Vanessa quem está por trás de todas as escolhas de Deadpool. É ela quem o faz proteger Russell e o instiga a ir atrás de sua família, formada por todos aqueles seres caricatos e poderosos. Deadpool leva tão a sério os direcionamentos de Vanessa que se sacrifica apenas para salvar a parte humana de Russell; é com o anti-herói morto (literalmente morto) que o mutante percebe que bastam quatro ou cinco momentos para se tornar um herói. E Wade faz questão de se despedir de todos enquanto espera sentir a tão desejada sensação da morte.

Bom, é claro que ele não fica morto por muito tempo (até porque teremos o terceiro filme). Mas daí vale assistir para saber como tudo isso acontece, né? 

Se você não riu com as diversas tiradas durante o longa, com certeza irá se satisfazer com as cenas pós-créditos. Deadpool rouba o equipamento que faz Cable viajar no tempo e volta ao passado para corrigir umas coisinhas. Exemplos? Digamos que ele simplesmente dá um jeito de impedir que Ryan Reynolds (é um pouco Inception, mas é divertido) aceite o papel daquele terrível Lanterna Verde de 2011. Ah, e ele também acaba com aquele Deadpool repulsivo que apareceu no filme X-Men Origens: Wolverine. Sério. Toda aquela raiva que você sentiu finalmente será recompensada. 

Caso você esteja esperando por uma continuação melhor do que a primeira, pode comprar o seu ingresso. Deadpool 2 não decepciona e te deixa com aquele gostinho de quero mais.