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Publicada em 15/07/2018 às 15:58 | Atualizada em 15/07/2018 às 15:54

Roberta Rodrigues, de Segundo Sol, fala sobre machismo, racismo e dispara: Sou uma mãe gostosa

A atriz está fazendo sucesso na pele de Doralice

Da Redação

Divulgação

Brilhando como Doralice em Segundo Sol, Roberta Rodrigues falou com o jornal Extra sobre sua ótima fase - e também sobre racismo, início de carreira e exposição do corpo.

Com estilo sensual, ela mostrou que, aos 35 anos, é muito bem resolvida e defende a liberdade da mulher:

Quando eu acordo e quero estar periguete, boto minha roupa e não tô nem aí! Se a blusa não tivesse decote, eu cortava. Acho lindo porque é sexy, chique, clássico... E pode ser vulgar, se é isso que você quer!

Infelizmente, como a maioria das mulheres, ela também já passou por situações de assédio, e mesmo assim não abriu mão de sua posição e expressão:

Sempre gostei muito de usar short curto e blusinha com decotão. E nunca deixei um homem encostar em mim. Quando acontecia, eu revidava com agressão. Já até arrumei confusão porque um cara me alisou. Mesmo ele sendo gigante, eu o empurrei, dei soco e tudo. No fim, tiraram o sujeito de perto de mim, mas recebi ameaças: “Vou te matar”. Aconteça o que for, sustento as coisas que quero e os modelos que visto.

Mãe de Linda Flor, de um aninho, ela continua sendo ela mesma após a maternidade:

Depois que me tornei mãe, ouvi muita piadinha do tipo: “Agora que é mãe não pode usar esses bodies ousados”. Mas respondo: “Não, amor, porque eu sou uma mãe gostosa”.

Nascida e criada no Vidigal, no Rio de Janeiro, ela afirmou que não foi fácil se inserir no meio artístico, em parte por conta de sua cor. Hoje, mesmo já consagrada e conhecida, a situação continua desigual:

As portas não estavam todas abertas para mim. Quando se é negro, as pessoas não te enxergam. Você fica invisível. Isso não conta para que eu esteja numa publicidade, por exemplo. Meu salário, trabalhando para caramba, não é igual ao dos outros. Não adianta, porque, se o sistema não quiser, você não entra nele.

Vivendo uma personagem obcecada pelo marido, ela também comentou a situação complicada do casal da ficção - Doralice e Ionan:

Ela precisa de ajuda médica para parar de viver só por esse homem. Muitas pessoas me contam que têm ranço dela, dizem que é muito chata. E se acontecesse o contrário? Se fosse uma mulher refém de um homem possessivo? Quando a obcecada é a mulher, chamam só de chata. O ciúme não é tratado com a gravidade que deveria. Ninguém acredita que essa mulher pode, no futuro, matar esse homem. Porque pode, sim, acontecer.

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Roberta Rodrigues, de Segundo Sol, fala sobre machismo, racismo e dispara: Sou uma mãe gostosa

25/Abr/

Brilhando como Doralice em Segundo Sol, Roberta Rodrigues falou com o jornal Extra sobre sua ótima fase - e também sobre racismo, início de carreira e exposição do corpo.

Com estilo sensual, ela mostrou que, aos 35 anos, é muito bem resolvida e defende a liberdade da mulher:

Quando eu acordo e quero estar periguete, boto minha roupa e não tô nem aí! Se a blusa não tivesse decote, eu cortava. Acho lindo porque é sexy, chique, clássico... E pode ser vulgar, se é isso que você quer!

Infelizmente, como a maioria das mulheres, ela também já passou por situações de assédio, e mesmo assim não abriu mão de sua posição e expressão:

Sempre gostei muito de usar short curto e blusinha com decotão. E nunca deixei um homem encostar em mim. Quando acontecia, eu revidava com agressão. Já até arrumei confusão porque um cara me alisou. Mesmo ele sendo gigante, eu o empurrei, dei soco e tudo. No fim, tiraram o sujeito de perto de mim, mas recebi ameaças: “Vou te matar”. Aconteça o que for, sustento as coisas que quero e os modelos que visto.

Mãe de Linda Flor, de um aninho, ela continua sendo ela mesma após a maternidade:

Depois que me tornei mãe, ouvi muita piadinha do tipo: “Agora que é mãe não pode usar esses bodies ousados”. Mas respondo: “Não, amor, porque eu sou uma mãe gostosa”.

Nascida e criada no Vidigal, no Rio de Janeiro, ela afirmou que não foi fácil se inserir no meio artístico, em parte por conta de sua cor. Hoje, mesmo já consagrada e conhecida, a situação continua desigual:

As portas não estavam todas abertas para mim. Quando se é negro, as pessoas não te enxergam. Você fica invisível. Isso não conta para que eu esteja numa publicidade, por exemplo. Meu salário, trabalhando para caramba, não é igual ao dos outros. Não adianta, porque, se o sistema não quiser, você não entra nele.

Vivendo uma personagem obcecada pelo marido, ela também comentou a situação complicada do casal da ficção - Doralice e Ionan:

Ela precisa de ajuda médica para parar de viver só por esse homem. Muitas pessoas me contam que têm ranço dela, dizem que é muito chata. E se acontecesse o contrário? Se fosse uma mulher refém de um homem possessivo? Quando a obcecada é a mulher, chamam só de chata. O ciúme não é tratado com a gravidade que deveria. Ninguém acredita que essa mulher pode, no futuro, matar esse homem. Porque pode, sim, acontecer.