O Tribunal de Apelações adicionou, na última segunda-feira, dia 15, um novo desdobramento na disputa entre os herdeiros de Michael Jackson e a HBO. Os representantes do cantor alegam que o canal quebrou um contrato feito com o artista, em 1992, que impedia comentários ou práticas que manchassem sua imagem ou de seus representantes. Isso porque, em 2019, a HBO passou a veicular o documentário Leaving Neverland, que acusa Jackson de abusar sexualmente de dois meninos. 

Segundo a Variety, o Tribunal decidiu por unanimidade dar a vitória ao espólio do cantor, que agora pede 100 milhões de dólares, cerca de 500 milhões de reais, como indenização. Em sua defesa, a HBO alega que a cláusula em questão é irrelevante, pois considera que o contrato já foi finalizado e que a presente disputa se trata de uma tática dos herdeiros para silenciar as vítimas.

No documentário, a emissora traz os depoimentos chocantes de Wade Robson e James Safechuck, que alegam ter sofrido abusos por parte do cantor quando eram crianças. No entanto, os herdeiros alegam que o artista não pode ser acusado por não ter direito a defesa. 

Outra acusação, de mesma natureza, já havia sido feita contra Michael em 1993. Na época, nenhuma ação criminal foi feita, pois um acordo extrajudicial, incluindo causa de confidencialidade, foi fechado. Em 2005, novas denúncias vieram à tona, mas Jackson foi absolvido.

 A atual decisão do Tribunal de Apelações não condena de imediato que a emissora pague a indenização. A disputa passará por uma arbitragem contratual para que análises sejam feitas das duas partes. Contudo, a HBO também pode recorrer ao Supremo Tribunal.

Eita!