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Publicada em 08/04/2021 às 13:52 | Atualizada em 08/04/2021 às 13:58

Após postar vídeo rebolando, Miss Papua-Nova Guiné perde título: Somos um concurso que promove os valores tradicionais

A decisão, no entanto, não parece ter agradado autoridades nacionais e internacionais

Da Redação

Divulgação

No fim do mês de março, Lucy Maino, eleita Miss Papua Nova Guiné no ano de 2019, usou seu TikTok para postar uma série de vídeos nos quais aparecia dançando e fazendo twerk. Embora isso possa não parecer grande coisa, a musa foi muito criticada por internautas e autoridades do país - e, de acordo com informações do jornal The Guardian publicadas na última quarta-feira, dia 7, Lucy acabou perdendo o título de Miss por conta da situação.

O veículo conta que Lucy, que já atuou como co-capitã do time de futebol feminino do país e tem 25 anos de idade, sofreu intenso assédio on-line depois de compartilhar imagens nas quais dança fazendo uma série de rebolados diferentes. Os vídeos, que foram baixados do aplicativo e compartilhados no Youtube, foram criticados por diversas autoridades do concurso, que disseram que não era adequado para alguém que servia como modelo para o país compartilhar um vídeo dançando daquela maneira.

Confira as imagens abaixo:


Apesar de Maino ter rapidamente deletado o vídeo de suas redes sociais, o comitê responsável pela competição, o Miss Pacific Islands Pageant PNG - também conhecido como MPIP PNG -, teria emitido um comunicado no qual liberava a Lucy de suas funções e ressaltava os valores tradicionais da sociedade.

Nosso objetivo principal é o empoderamento das mulheres. Somos uma plataforma única de estilo concurso que promove o patrimônio cultural, os valores tradicionais e o compartilhamento por meio do turismo sobre nosso país e nosso povo. O MPIP PNG promove as virtudes da confiança, autoestima, integridade e serviço comunitário com um foco paralelo na educação.

A atitude do comitê, no entanto, parece ter desagradado uma série de autoridades nacionais e internacionais. Ainda segundo informações do veículo, o governador de East Sepik, uma das províncias de Papua-Nova Guiné, teria condenado o afastamento de Lucy:

Que tipo de sociedade condena a tortura e o assassinato de mulheres e ainda se aborrece quando uma jovem faz um vídeo de dança?

Já uma Miss anterior à Maino, que preferiu não ser identificada, ressaltou que caso o vídeo tivesse sido feito por um homem em posição semelhante a de Lucy não teria havido problemas:

Tenho certeza de que se uma figura pública masculina fizesse um vídeo assim, todos nós estaríamos rindo ou até mesmo elogiando.

O The Guardian ainda afirma que até mesmo um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) em Papua-Nova Guiné teria criticado a situação:

Vemos a devastação da violência contra mulheres e crianças neste belo país. Alguns por causa do bullying perderam a vida... Tudo começa dizendo às mulheres que devem se cobrir. Tudo começa dizendo às mulheres que elas não deveriam dançar assim.

Lucy foi coroada Miss Papua Nova Guiné em 2019, mas por conta da pandemia do novo coronavírus o comitê do concurso havia decidido mantê-la mais um ano na função, já que não houve condições de que uma nova competição fosse realizada. Entre os deveres da Miss estavam atuar como uma embaixadora cultural para o país e como defensora das mulheres.

O veículo também relata que, até o momento, Lucy e o comitê não se pronunciaram sobre a repercussão do caso. A seguir, relembre as 12 maiores polêmicas de 2020!


Grazi Massafera e Caio Castro viveram no olho do furacão quando o ator apareceu sem aliança em uma determinada ocasião. Quase que de imediato, diversas pessoas começaram a especular que os dois haviam terminado o namoro. O assunto tomou conta da internet, até que Caio teve que se pronunciar: E 13 anos depois [tempo que ele se tornou famoso], os desocupados acham que só porque tirou a aliança para tomar banho e esqueceu de pôr, separou! Pqp, Caio Castro hahahahahahaha. Drástica tem que ser a minha paciência hahahahaha. Relembre outras polêmicas de novembro clicando aqui.

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Após postar vídeo rebolando, <i>Miss Papua-Nova Guiné</i> perde título: <i>Somos um concurso que promove os valores tradicionais</i>

Após postar vídeo rebolando, Miss Papua-Nova Guiné perde título: Somos um concurso que promove os valores tradicionais

A decisão, no entanto, não parece ter agradado autoridades nacionais e internacionais

08/Abr/2021

Da Redação

No fim do mês de março, Lucy Maino, eleita Miss Papua Nova Guiné no ano de 2019, usou seu TikTok para postar uma série de vídeos nos quais aparecia dançando e fazendo twerk. Embora isso possa não parecer grande coisa, a musa foi muito criticada por internautas e autoridades do país - e, de acordo com informações do jornal The Guardian publicadas na última quarta-feira, dia 7, Lucy acabou perdendo o título de Miss por conta da situação.

O veículo conta que Lucy, que já atuou como co-capitã do time de futebol feminino do país e tem 25 anos de idade, sofreu intenso assédio on-line depois de compartilhar imagens nas quais dança fazendo uma série de rebolados diferentes. Os vídeos, que foram baixados do aplicativo e compartilhados no Youtube, foram criticados por diversas autoridades do concurso, que disseram que não era adequado para alguém que servia como modelo para o país compartilhar um vídeo dançando daquela maneira.

Confira as imagens abaixo:


Apesar de Maino ter rapidamente deletado o vídeo de suas redes sociais, o comitê responsável pela competição, o Miss Pacific Islands Pageant PNG - também conhecido como MPIP PNG -, teria emitido um comunicado no qual liberava a Lucy de suas funções e ressaltava os valores tradicionais da sociedade.

Nosso objetivo principal é o empoderamento das mulheres. Somos uma plataforma única de estilo concurso que promove o patrimônio cultural, os valores tradicionais e o compartilhamento por meio do turismo sobre nosso país e nosso povo. O MPIP PNG promove as virtudes da confiança, autoestima, integridade e serviço comunitário com um foco paralelo na educação.

A atitude do comitê, no entanto, parece ter desagradado uma série de autoridades nacionais e internacionais. Ainda segundo informações do veículo, o governador de East Sepik, uma das províncias de Papua-Nova Guiné, teria condenado o afastamento de Lucy:

Que tipo de sociedade condena a tortura e o assassinato de mulheres e ainda se aborrece quando uma jovem faz um vídeo de dança?

Já uma Miss anterior à Maino, que preferiu não ser identificada, ressaltou que caso o vídeo tivesse sido feito por um homem em posição semelhante a de Lucy não teria havido problemas:

Tenho certeza de que se uma figura pública masculina fizesse um vídeo assim, todos nós estaríamos rindo ou até mesmo elogiando.

O The Guardian ainda afirma que até mesmo um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) em Papua-Nova Guiné teria criticado a situação:

Vemos a devastação da violência contra mulheres e crianças neste belo país. Alguns por causa do bullying perderam a vida... Tudo começa dizendo às mulheres que devem se cobrir. Tudo começa dizendo às mulheres que elas não deveriam dançar assim.

Lucy foi coroada Miss Papua Nova Guiné em 2019, mas por conta da pandemia do novo coronavírus o comitê do concurso havia decidido mantê-la mais um ano na função, já que não houve condições de que uma nova competição fosse realizada. Entre os deveres da Miss estavam atuar como uma embaixadora cultural para o país e como defensora das mulheres.

O veículo também relata que, até o momento, Lucy e o comitê não se pronunciaram sobre a repercussão do caso. A seguir, relembre as 12 maiores polêmicas de 2020!