
Miá Mello apoia desconstrução do papel da mãe nos dias de hoje: - Sempre sou a favor de tirar essa imagem da maternidade perfeita
02/Mai/
Está procurando um novo podcast para ouvir? O ESTRELANDO tem uma dica para você! Sons & Drinks é o novo programa de ficção do B9, protagonizado pelo ator Thomás Aquino, de Bacurau, e idealizado pela produtora executiva Cris Bartis. O podcast, que já está disponível nas principais plataformas de streaming de música, traz um novo convidado a cada episódio, todos em uma conversa reflexiva e relevante com o barman Chico, personagem de Thomás. Um desses convidados, inclusive, foi a atriz e apresentadora Miá Mello, que interpreta Lisbela no episódio Cleticot.
Em Clericot, Lisbela desabafa sobre as dores e delícias da maternidade. A personagem, que acabou de ter um filho e está passando pelo puerpério, ainda sofre para tentar se habituar com a nova rotina e os sentimentos e concepções que surgem com essa fase. Em conversa com o ESTRELANDO, Miá afirmou que apoia a desconstrução do papel da mãe nos dias de hoje, já que a maternidade sofre uma cobrança por vezes desleal na nossa sociedade.
- Sempre sou a favor de tirar essa imagem da maternidade perfeita. Inclusive, a peça que eu fazia, Mãe Fora da Caixa, falava muito sobre isso. Claro, hoje a gente já tem muitas mulheres que falam sobre isso, mas eu acho libertador quando eu falo. Quando eu falo como Miá, como mãe, eu sempre fico arrependida depois, do tipo Nossa, não devia ter falado. Vão achar que não amo os meus filhos... Porque está enraizado na gente essa necessidade, esse ideal da maternidade perfeita.
Em um determinado momento do episódio, o barman Chico avisa Lisbela que seu leite acabou vazando na camiseta que ela estava usando. A naturalidade desse diálogo chama a atenção - e Miá também reflete sobre isso.
- A amamentação é uma loucura, porque teria que ser uma coisa tão natural, tão tranquila, e não é, né? Já vi episódios de pessoas incomodadas, pedindo para que a pessoa pare de amamentar... É um absurdo sem tamanho, né? Então quando o Chico avisa ela gentilmente que está vazando leite ali, dessa forma tão natural, acho que ajuda a mostrar isso, que é normal. Que bom que essa mãe tem leite, né? Acho que é isso que devia ser celebrado, não o contrário.
Por fim, a artista alega que prestou bastante atenção na voz durante sua participação no podcast.
- Eu não fiz nenhuma preparação especial. Mas é um recurso totalmente vocal, então mais do que nunca a voz precisa estar clara, a dicção trabalhada, tem que ter um aquecimento de voz... igual quando vamos interpretar alguma outra coisa.
Por trás dos sons
A produtora executiva Cris Bartis também conversou com o ESTRELANDO sobre o projeto. Acompanhe a entrevista a seguir:
ESTRELANDO - Existem diversos gêneros de podcast atualmente, e o formato se tornou bastante popular nos últimos anos. Por que a escolha em fazer um programa de ficção?
Cris Bartis - Porque a mídia é nova e tem tudo pra ser explorada. Então decidir fazer ficção em áudio é ajudar a mídia a mostrar sua versatilidade. Se no passado as pessoas já amaram as rádio novelas, porque não repaginar o gênero trazendo agora para o mundo dos podcasts? O convite está feito e estamos provocando a audiência nesse sentido
ESTRELANDO - Fazer com que o ouvinte perceba um cenário apenas pelos sons ambientes e efeitos sonoros parece ser um desafio. Como é esse processo todo? E como fazer isso de forma tão natural?
Cris Bartis - Aprendemos, e não foi fácil, que é fundamental fazer uma boa arquitetura de sons. Existem camadas a serem definidas e aqui tínhamos três bases importantes. A história é a rainha do conteúdo, nada deve brigar com ela. Nenhum som deve impedir que a conversa seja bem compreendida pelo ouvinte. Então precisávamos usar o design de som para levar as pessoas para entro do bar e por fim o design do som para levar as pessoas para dentro da história que estava sendo contada nesse bar. Respeitar a hierarquia de informação para trabalhar os designs de som é sempre o primeiro passo para desenvolver uma experiência imersiva interessante e natural.
ESTRELANDO - O podcast tem um personagem fixo, o barman Chico, interpretado por Thomás Aquino. O Chico tem alguma evolução com o passar dos episódios?
Cris Bartis - O Chico é um grande representante da arte do ouvir. E o seu grande desafio é justamente estar presente para cada história que chega pra ele. Nisso o Thomás Aquino emprestou muito dele pro Chico. Essa empolgação com o outro é muito natural do Thomás e essa foi a sorte do Chico. Ele já chegou pronto e dupla com cada um dos atores de uma maneira a deixar-los confortáveis. Porque na verdade o Sons e Drinks tem 12 protagonistas diferentes. Cada ator que chegou pra contar uma história estava vindo pela primeira vez fazer podcast e teve só aquele ato pra se entregar. Poder contar com o Chico pra se sentir a vontade foi fundamental.
ESTRELANDO - Uma história diferente é abordada a cada episódio de "Sons & Drinks". Entretanto, vamos saber também sobre a história do Chico?
Cris Bartis - Olha, daí você vai precisar escutar o segundo volume que já vai ao ar em breve. O que posso te dizer que é vocês vão conhecer um pouco mais do Chico sim, mas não só sobre ele, a audiência vai entender mais sobre o bar e por que ele tem esse nome. Spoiler, é minha história preferida!
ESTRELANDO - Sob uma determinada perspectiva, o Chico pode até ser visto como um terapeuta. Existe algum motivo específico para ele ser retratado como um barman? Por que optaram por essa pegada?
Cris Bartis - É engraçado como toda pessoa que ouve muitas vezes é ligada a persona de um terapeuta. Mas isso não é verdade. O terapeuta tem técnicas e estudo para te conduzir em caminhos de reflexão, a profissão dele é isso. Já o Chico não, ele apenas está genuinamente interessado pelas pessoas e é isso que queremos resgatar nesse podcast. Um convite para ouvir o outro, para cada pessoa é um universo em si e quando a gente para para ouvir, sem rótulos, sem julgamentos, a gente sai mais rico também. A gente valoriza tanto a oratória né? O Sons e Drinks é um ode a escutatória!
ESTRELANDO - Atuar em projetos visuais também exige muito da voz, mas no podcast você só tem esse recurso. Foi feito algum preparo diferente para esse tipo de programa? Qual?
Cris Bartis - Ficção em áudio é realmente um mercado novo no Brasil. Não temos atores, diretores, design de som especializados nisso. Então foi desconfortável para todo mundo. Foi um salto no escuro, um desejo de criar algo novo e explorar possibilidades. Então o maior preparo foi o olho no olho entre os atores no momento da gravação e também preparar o espaço para que uma intimidade genuína nascesse. O que a gente desejava era captar uma conversa o mais próxima possível do real. Então o lugar que gravamos era bem pequeno, uma luz agradável, silencioso e com copos (com água, eu juro) para os atores. E nisso o roteirista Rafa Bedullato foi brilhante, porque os roteiros são conversas realmente genuínas e o diretor Julio de Santi soube extrair esse espírito de cada um dos atores. O resultado é a voz carregando toda a carga dramática necessária para dar via a história. Morro de orgulho de ter participado disso. Crescemos muito como produtores de conteúdo com essa experiência.
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