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Publicada em 18/06/2021 às 08:44 | Atualizada em 18/06/2021 às 09:22

Roteirista de Dawson's Creek morre após 13 meses de luta contra a Covid-19: Ela preferia deixar este mundo em seus próprios termos

A autora havia contraído a doença em abril de 2020, e chegou a ficar paralisada

Da Redação

The Grosby Group

Em 26 de maio de 2021, o marido da escritora Heidi Ferrer, que chegou a trabalhar no roteiro dos episódios da série Dawson's Creek, anunciou através do Twitter que a esposa havia morrido após uma batalha de 13 meses contra os efeitos da Covid-19. Já na última quinta-feira, dia 17, no entanto, o jornal norte-americano NBC informou que a morte da autora não foi causada por sequelas da doença, e sim por suicídio.

A informação foi revelada pelo próprio marido de Heidi, o roteirista, diretor e produtor Nick Guthe, através de uma nota publicada no blog da esposa. No texto, ele entrega que Heidi teria tomado a decisão após um longo período de sofrimento físico:

A dor física excruciante e a incapacidade de dormir por causa da dor levaram Heidi à decisão de que ela preferia deixar este mundo em seus próprios termos antes que sua condição piorasse mais. Heidi adorou ouvir palavras de apoio de todos vocês, e ela nunca teria tomado essa decisão se não por seu intenso sofrimento de longa data pela Covid-19.

Em seguida, ele detalha algumas das limitações impostas à esposa pela condição física causada pela doença, e ainda deixou uma mensagem de despedida, além de garantir que o blog será mantido no ar como um tributo à autora:

A Covid-19 tirou todas as partes de sua vida. Sua mobilidade, seu prazer com a comida e, no final, sua capacidade de dormir e até mesmo de ler livros e apreciá-los. Ela lutou como viveu, ferozmente, mas no final a doença foi implacável e tirou tudo dela. Ainda estamos apenas começando a processar a profundidade de nossa perda. Boa sorte, meu anjo, vejo você no final da estrada.

Heidi havia contraído o vírus em abril de 2020, com sintomas evoluindo de fortes dores no corpo e sensação gripal para uma condição que a deixou acamada em junho do mesmo ano. A doença acabou evoluindo de modo a causar tremores neurológicos, que acabaram deixando Ferrer paralisada antes de uma melhora em seu quadro clínico nos meses de agosto e setembro.

A autora, que ao longo dos últimos anos teria se tornado uma blogueira conhecida, acabou documentando um pouco de sua luta contra o vírus em uma publicação de blog na qual afirmava que o vírus a tinha deixado aleijada:

Uma das coisas mais cruéis que a Covid fez comigo foi tirar minha capacidade de sonhar. Não me refiro a sonhos durante o sono, quero dizer, parei completamente de sonhar com meu futuro porque não conseguia imaginá-lo. Foi uma parede. Sim, todos perderam nossas viagens, nossos eventos, nossas vidas livres durante o desligamento, mas eu perdi tudo isso e também fiquei subitamente paralisada por problemas neurológicos assustadores.

No texto, publicado em setembro de 2020, ela conta que perdeu a perspectiva de recuperação da doença, relatando que sua luta poderia durar meses ou até mesmo anos - além de mencionar que, mesmo começando a progredir positivamente, ela ainda sofria com ondas de sintomas e dias ruins a cada uma ou duas semanas:

O monstro é real e veio para mim. Recuperar-se da COVID-19 foi uma das coisas mais difíceis que já passei e já passei por muita coisa. Nos meus momentos mais sombrios, disse ao meu marido que, se não melhorasse, não queria viver assim. Eu não era suicida, simplesmente não conseguia ver nenhuma qualidade de vida a longo prazo e não havia fim à vista.

De acordo com o Deadline, o quadro clínico de Heidi teria piorado rapidamente ao longo dos últimos meses. A autora deixou, além do esposo, o filho Bexon, de 13 anos de idade, a mãe Nancy Gilmore, e as irmãs Laura Frerer-Schmidt e Sierra Summerville.


Se você conhece alguém que esteja passando por dificuldades emocionais e/ou psicológicas e que precise de ajuda, sendo um suicida em potencial ou não, ligue para o número 188. É o contato do CVV (Centro de Valorização à Vida), que possui voluntários capacitados 24 horas por dia à disposição. A ligação é gratuita para todo o Brasil.

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Roteirista de <i>Dawson's Creek</i> morre após 13 meses de luta contra a Covid-19: <i>Ela preferia deixar este mundo em seus próprios termos</i>

Roteirista de Dawson's Creek morre após 13 meses de luta contra a Covid-19: Ela preferia deixar este mundo em seus próprios termos

25/Abr/

Em 26 de maio de 2021, o marido da escritora Heidi Ferrer, que chegou a trabalhar no roteiro dos episódios da série Dawson's Creek, anunciou através do Twitter que a esposa havia morrido após uma batalha de 13 meses contra os efeitos da Covid-19. Já na última quinta-feira, dia 17, no entanto, o jornal norte-americano NBC informou que a morte da autora não foi causada por sequelas da doença, e sim por suicídio.

A informação foi revelada pelo próprio marido de Heidi, o roteirista, diretor e produtor Nick Guthe, através de uma nota publicada no blog da esposa. No texto, ele entrega que Heidi teria tomado a decisão após um longo período de sofrimento físico:

A dor física excruciante e a incapacidade de dormir por causa da dor levaram Heidi à decisão de que ela preferia deixar este mundo em seus próprios termos antes que sua condição piorasse mais. Heidi adorou ouvir palavras de apoio de todos vocês, e ela nunca teria tomado essa decisão se não por seu intenso sofrimento de longa data pela Covid-19.

Em seguida, ele detalha algumas das limitações impostas à esposa pela condição física causada pela doença, e ainda deixou uma mensagem de despedida, além de garantir que o blog será mantido no ar como um tributo à autora:

A Covid-19 tirou todas as partes de sua vida. Sua mobilidade, seu prazer com a comida e, no final, sua capacidade de dormir e até mesmo de ler livros e apreciá-los. Ela lutou como viveu, ferozmente, mas no final a doença foi implacável e tirou tudo dela. Ainda estamos apenas começando a processar a profundidade de nossa perda. Boa sorte, meu anjo, vejo você no final da estrada.

Heidi havia contraído o vírus em abril de 2020, com sintomas evoluindo de fortes dores no corpo e sensação gripal para uma condição que a deixou acamada em junho do mesmo ano. A doença acabou evoluindo de modo a causar tremores neurológicos, que acabaram deixando Ferrer paralisada antes de uma melhora em seu quadro clínico nos meses de agosto e setembro.

A autora, que ao longo dos últimos anos teria se tornado uma blogueira conhecida, acabou documentando um pouco de sua luta contra o vírus em uma publicação de blog na qual afirmava que o vírus a tinha deixado aleijada:

Uma das coisas mais cruéis que a Covid fez comigo foi tirar minha capacidade de sonhar. Não me refiro a sonhos durante o sono, quero dizer, parei completamente de sonhar com meu futuro porque não conseguia imaginá-lo. Foi uma parede. Sim, todos perderam nossas viagens, nossos eventos, nossas vidas livres durante o desligamento, mas eu perdi tudo isso e também fiquei subitamente paralisada por problemas neurológicos assustadores.

No texto, publicado em setembro de 2020, ela conta que perdeu a perspectiva de recuperação da doença, relatando que sua luta poderia durar meses ou até mesmo anos - além de mencionar que, mesmo começando a progredir positivamente, ela ainda sofria com ondas de sintomas e dias ruins a cada uma ou duas semanas:

O monstro é real e veio para mim. Recuperar-se da COVID-19 foi uma das coisas mais difíceis que já passei e já passei por muita coisa. Nos meus momentos mais sombrios, disse ao meu marido que, se não melhorasse, não queria viver assim. Eu não era suicida, simplesmente não conseguia ver nenhuma qualidade de vida a longo prazo e não havia fim à vista.

De acordo com o Deadline, o quadro clínico de Heidi teria piorado rapidamente ao longo dos últimos meses. A autora deixou, além do esposo, o filho Bexon, de 13 anos de idade, a mãe Nancy Gilmore, e as irmãs Laura Frerer-Schmidt e Sierra Summerville.


Se você conhece alguém que esteja passando por dificuldades emocionais e/ou psicológicas e que precise de ajuda, sendo um suicida em potencial ou não, ligue para o número 188. É o contato do CVV (Centro de Valorização à Vida), que possui voluntários capacitados 24 horas por dia à disposição. A ligação é gratuita para todo o Brasil.