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Publicada em 28/10/2021 às 01:00 | Atualizada em 04/11/2021 às 16:08

Rafael Cortez fala sobre novo álbum e comenta sobre importância da arte no pós-pandemia: - É um portal do tempo

O ator ainda gravou ao lado da neta de Elis Regina, Rafaela Mariano, de apenas 14 anos de idade

Yasmin Luara

Divulgação

Em abril de 2020, o jornalista, comediante e músico Rafael Cortez conversou exclusivamente com o ESTRELANDO para falar sobre a canção Um Abraço - que havia sido lançada há pouco tempo -, e também sobre o planejamento de um show de comédia sobre a pandemia. Já nesta sexta-feira, dia 5, o artista lança um novo álbum, Que Sorte a Minha, que, além de trazer em sua tracklist a música lançada em 2020, completa o repertório com uma série de composições sobre os tempos de isolamento social e de combate à Covid-19. Para marcar a data, Rafael voltou a conversar com o ESTRELANDO, e admitiu que vive um momento de grande realização pessoal.

Com nada menos que 11 faixas de MPB, Que Sorte a Minha é um álbum que fala principalmente sobre as dificuldades do isolamento social e da importância de reforçar os laços de afeto com amigos e familiares. Com isso, cada uma das letras reflete um aspecto dessa situação - mas Cortez revela que nem todas as músicas foram compostas durante o isolamento, já que algumas delas foram compostas em 2019, mas acabaram se aplicando ao momento em questão. Sobre isso, o cantor admite acreditar que os artistas têm o potencial de retratar alguns aspectos do futuro em suas obras, por vezes tornando-as atemporais:

- Eu tenho certeza que a arte é um portal do tempo que está aberto para o passado e para o futuro, e obviamente residindo no presente. Eu acho que um artista que está realmente incluído nesse fazer artístico, que tem isso por princípio, que não sabe nem explicar, ele muito provavelmente tem um portal do tempo aberto assim, ele consegue se conectar com passado presente e futuro.

Mesmo com tudo isso, Um Abraço é a faixa da qual o músico mais se orgulha de ter feito, referindo-se à ela como um presente do mundo espiritual. Outro presente trazido pelo álbum, aliás, foi a presença da jovem Rafaela Mariano, de apenas 14 anos de idade, que é neta de Elis Regina. Seu pai é o cantor Pedro Mariano, e sua tia é ninguém menos que Maria Rita, de modo que a garota cresceu cercada por talentos musicais de ponta. No disco Que Sorte a Minha, ela fez sua estreia nas produções de estúdio ao realizar o backing vocal de algumas faixas de Rafael, que elogia a autenticidade de Rafaela:

- Ela é uma menina interessantíssima do ponto de vista musical, porque ela tem um estilo muito dela. Ela é fã de k-pop, então ela tem mil referências dessas bandas coreanas, ela gosta de Bruno Mars, ela tem um ukulele, ela compõe músicas. As músicas dela são lindas, ela canta lindamente bem. E é muito maluco, porque a única coisa que remete a Elis é que elas tem um rosto parecido, a Rafaella alcança alguns timbres que são da avó, mas todo o resto é dela.

Já em relação à série de apresentações de sua comédia Stand Up - que também abordou a pandemia da Covid-19 - realizada no modelo Drive In ao longo de 2020, Rafael entrega que se adaptar à ausência de risadas e à presença de carros foi um desafio e tanto. Apesar disso, ele destaca que a experiência valeu à pena:

- Foi muito difícil, mas eu tenho mt orgulho de ter feito. O Antivírus, O Show é o reflexo de uma época. Eu queria um produto que refletisse um momento específico da humanidade. Foi difícil pra dedéu, eu dei muito a minha cara a tapa. Eu tive que entender que risada é busca, que reações podem ser farol alto, se a pessoa pisca um farol significa que ela está concordando… As vezes nao tinha buzina nem farol, mas isso não significava que o povo não estava gostando, o cara pode estar esquecendo. Você não costuma buzinar porque está feliz, no trânsito a gente buzina porque está bravo.

De acordo com Cortez, tanto o novo álbum quanto o projeto O Antivírus, O Show são fruto de seu descontentamento com a situação, e vem como uma espécie de resposta ao caos instaurado pela pandemia. Além desses dois trabalhos, o artista manteve o podcast Love Treta e ainda se aventurou em dois novos projetos: uma série na qual irá atuar e um programa próprio na TV aberta. Isso tudo, é claro, é fruto de muito esforço:

- Eu tenho uma realização pessoal muito grande. São produtos que eu ralei que nem um maluco durante a pandemia para fazer, e eu olho pra Covid, eu olho pra pandemia, e falo: Você foi muito cruel com a gente, mas eu não cedi, não perdi a batalha. Eu tenho um gigantesco prazer de pensar que o tempo que a pandemia me deu eu respondi a altura, e eu produzi conteúdo para sociedade.

Não podemos esquecer, ainda, que Cortez também possui carreira na área do jornalismo, tendo atuado por anos como repórter do extinto CQC - o que descreveu como um trabalho extenuante. Além disso, ele passou dois anos trabalhando na Rede Globo como repórter do Videoshow, teve um quadro no Big Brother Brasil 2017 e produziu conteúdos para internet sobre o reality show. Sobre essas experiências, ele destaca que foram um ponto alto em sua trajetória:

- O Videoshow foi um sonho que se realizou na minha carreira. Eu tinha certeza absoluta, desde que eu era criança, que eu ia ser integrante do vídeo show. Foi incrível, isso eu posso dizer que foi sensacional. Meus dois anos de Globo foram incríveis, eu só lamento muito não ter me dedicado mais.

Com tantos projetos em vista e atuando em diferentes áreas, Cortez destaca que gosta de se apresentar como um profissional multifacetado, e admite que sua paixão é produzir os mais diversos conteúdos - algo que pretende seguir pelo resto da vida:

- Se eu tiver que me definir, eu diria que eu sou um realizador de conteúdo. Eu não sei se eu sou jornalista, se eu sou humorista, se eu sou músico... Eu sou um realizador de conteúdo, e a minha promessa é que eu vou continuar fazendo isso. Uma hora vai ser música, outra hora vai ser comédia… Eu não me vejo não lançando um disco novo a cada dois anos, por exemplo, eu gostei dessa brincadeira. Enquanto eu viver, eu vou produzir conteúdo.

A seguir,

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Rafael Cortez fala sobre novo álbum e comenta sobre importância da arte no pós-pandemia: <i>- É um portal do tempo</i>

Rafael Cortez fala sobre novo álbum e comenta sobre importância da arte no pós-pandemia: - É um portal do tempo

25/Abr/

Em abril de 2020, o jornalista, comediante e músico Rafael Cortez conversou exclusivamente com o ESTRELANDO para falar sobre a canção Um Abraço - que havia sido lançada há pouco tempo -, e também sobre o planejamento de um show de comédia sobre a pandemia. Já nesta sexta-feira, dia 5, o artista lança um novo álbum, Que Sorte a Minha, que, além de trazer em sua tracklist a música lançada em 2020, completa o repertório com uma série de composições sobre os tempos de isolamento social e de combate à Covid-19. Para marcar a data, Rafael voltou a conversar com o ESTRELANDO, e admitiu que vive um momento de grande realização pessoal.

Com nada menos que 11 faixas de MPB, Que Sorte a Minha é um álbum que fala principalmente sobre as dificuldades do isolamento social e da importância de reforçar os laços de afeto com amigos e familiares. Com isso, cada uma das letras reflete um aspecto dessa situação - mas Cortez revela que nem todas as músicas foram compostas durante o isolamento, já que algumas delas foram compostas em 2019, mas acabaram se aplicando ao momento em questão. Sobre isso, o cantor admite acreditar que os artistas têm o potencial de retratar alguns aspectos do futuro em suas obras, por vezes tornando-as atemporais:

- Eu tenho certeza que a arte é um portal do tempo que está aberto para o passado e para o futuro, e obviamente residindo no presente. Eu acho que um artista que está realmente incluído nesse fazer artístico, que tem isso por princípio, que não sabe nem explicar, ele muito provavelmente tem um portal do tempo aberto assim, ele consegue se conectar com passado presente e futuro.

Mesmo com tudo isso, Um Abraço é a faixa da qual o músico mais se orgulha de ter feito, referindo-se à ela como um presente do mundo espiritual. Outro presente trazido pelo álbum, aliás, foi a presença da jovem Rafaela Mariano, de apenas 14 anos de idade, que é neta de Elis Regina. Seu pai é o cantor Pedro Mariano, e sua tia é ninguém menos que Maria Rita, de modo que a garota cresceu cercada por talentos musicais de ponta. No disco Que Sorte a Minha, ela fez sua estreia nas produções de estúdio ao realizar o backing vocal de algumas faixas de Rafael, que elogia a autenticidade de Rafaela:

- Ela é uma menina interessantíssima do ponto de vista musical, porque ela tem um estilo muito dela. Ela é fã de k-pop, então ela tem mil referências dessas bandas coreanas, ela gosta de Bruno Mars, ela tem um ukulele, ela compõe músicas. As músicas dela são lindas, ela canta lindamente bem. E é muito maluco, porque a única coisa que remete a Elis é que elas tem um rosto parecido, a Rafaella alcança alguns timbres que são da avó, mas todo o resto é dela.

Já em relação à série de apresentações de sua comédia Stand Up - que também abordou a pandemia da Covid-19 - realizada no modelo Drive In ao longo de 2020, Rafael entrega que se adaptar à ausência de risadas e à presença de carros foi um desafio e tanto. Apesar disso, ele destaca que a experiência valeu à pena:

- Foi muito difícil, mas eu tenho mt orgulho de ter feito. O Antivírus, O Show é o reflexo de uma época. Eu queria um produto que refletisse um momento específico da humanidade. Foi difícil pra dedéu, eu dei muito a minha cara a tapa. Eu tive que entender que risada é busca, que reações podem ser farol alto, se a pessoa pisca um farol significa que ela está concordando… As vezes nao tinha buzina nem farol, mas isso não significava que o povo não estava gostando, o cara pode estar esquecendo. Você não costuma buzinar porque está feliz, no trânsito a gente buzina porque está bravo.

De acordo com Cortez, tanto o novo álbum quanto o projeto O Antivírus, O Show são fruto de seu descontentamento com a situação, e vem como uma espécie de resposta ao caos instaurado pela pandemia. Além desses dois trabalhos, o artista manteve o podcast Love Treta e ainda se aventurou em dois novos projetos: uma série na qual irá atuar e um programa próprio na TV aberta. Isso tudo, é claro, é fruto de muito esforço:

- Eu tenho uma realização pessoal muito grande. São produtos que eu ralei que nem um maluco durante a pandemia para fazer, e eu olho pra Covid, eu olho pra pandemia, e falo: Você foi muito cruel com a gente, mas eu não cedi, não perdi a batalha. Eu tenho um gigantesco prazer de pensar que o tempo que a pandemia me deu eu respondi a altura, e eu produzi conteúdo para sociedade.

Não podemos esquecer, ainda, que Cortez também possui carreira na área do jornalismo, tendo atuado por anos como repórter do extinto CQC - o que descreveu como um trabalho extenuante. Além disso, ele passou dois anos trabalhando na Rede Globo como repórter do Videoshow, teve um quadro no Big Brother Brasil 2017 e produziu conteúdos para internet sobre o reality show. Sobre essas experiências, ele destaca que foram um ponto alto em sua trajetória:

- O Videoshow foi um sonho que se realizou na minha carreira. Eu tinha certeza absoluta, desde que eu era criança, que eu ia ser integrante do vídeo show. Foi incrível, isso eu posso dizer que foi sensacional. Meus dois anos de Globo foram incríveis, eu só lamento muito não ter me dedicado mais.

Com tantos projetos em vista e atuando em diferentes áreas, Cortez destaca que gosta de se apresentar como um profissional multifacetado, e admite que sua paixão é produzir os mais diversos conteúdos - algo que pretende seguir pelo resto da vida:

- Se eu tiver que me definir, eu diria que eu sou um realizador de conteúdo. Eu não sei se eu sou jornalista, se eu sou humorista, se eu sou músico... Eu sou um realizador de conteúdo, e a minha promessa é que eu vou continuar fazendo isso. Uma hora vai ser música, outra hora vai ser comédia… Eu não me vejo não lançando um disco novo a cada dois anos, por exemplo, eu gostei dessa brincadeira. Enquanto eu viver, eu vou produzir conteúdo.

A seguir,