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Publicada em 24/01/2022 às 18:10 | Atualizada em 24/01/2022 às 18:10

Ministério Público denuncia preparador de elenco por importunação sexual contra atrizes

De acordo com investigações, Sérgio Luiz Penna pode ter abusado de 30 mulheres

Da Redação

Divulgação

O Ministério Público do Rio denunciou Sérgio Luiz Penna pelo crime de importunação sexual contra quatro alunas de cursos de expressão artística realizados na Barra da Tijuca e em Copacabana, entre os anos de 2016 e 2019, segundo o Extra. De acordo com investigações do 13º DP, ele aproveitou de sua posição de prestígio nesses cenários, assim como a necessidade de contato físico com as alunas em determinados exercícios, para abusar de pelo menos 30 atrizes, tocando seus corpos e fazendo-as encostar em seu pênis.

De acordo com o Extra, a promotora Janaína Marques Corrêa Melo, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana do Núcleo Rio de Janeiro, explica que Sérgio abusava do toque, com longos abraços, alisamentos e beijos. Ele também justificava seus atos como parte da metodologia de ensino. Dessa forma, conseguia obter a confiança das mulheres para que seus gestos não fossem vistos como invasivos desde o início e gerassem suspeita. 

A denúncia aponta que o preparador de elenco elogiava em excesso suas alunas, e sua tática era não dar atenção àquela escolhida para o abuso. Assim, ele tinha uma desculpa para se aproximar da vítima durante as aulas ou em confraternizações posteriores.

Ainda de acordo com o jornal, Sérgio que era visto como um mestre, criava um cenário propício à confusão mental das vítimas, que não conseguiam distinguir se ele era apenas uma pessoa excessivamente carinhosa ou se seus atos eram de fato invasivos, o que permitia que realizasse as investidas sem que as mulheres percebessem.  

As investigações mostraram que, em outros momentos, as vítimas chegavam a perceber que havia algum tipo de maldade na investida, porém, o medo de desagradar o professor e a vontade de não ser prejudicada no meio artístico fazia com que ficassem inertes, uma vez que a notoriedade do Sérgio era utilizada, naquele momento, como uma forma de retirar a liberdade dessas mulheres, disse o delegado Felipe Santoro, titular do 13º DP, ao jornal. 

Apesar dos inquéritos terem identificado pelo menos 30 vítimas, o site explica que a maioria dos abusos ocorreram antes de 2018, época em que os crimes contra a liberdade sexual eram condicionados a representação em um prazo, que nesse caso já expirou e torna Sérgio, portanto, inapto de punição do Estado. 

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Ministério Público denuncia preparador de elenco por importunação sexual contra atrizes

Ministério Público denuncia preparador de elenco por importunação sexual contra atrizes

16/Set/

O Ministério Público do Rio denunciou Sérgio Luiz Penna pelo crime de importunação sexual contra quatro alunas de cursos de expressão artística realizados na Barra da Tijuca e em Copacabana, entre os anos de 2016 e 2019, segundo o Extra. De acordo com investigações do 13º DP, ele aproveitou de sua posição de prestígio nesses cenários, assim como a necessidade de contato físico com as alunas em determinados exercícios, para abusar de pelo menos 30 atrizes, tocando seus corpos e fazendo-as encostar em seu pênis.

De acordo com o Extra, a promotora Janaína Marques Corrêa Melo, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana do Núcleo Rio de Janeiro, explica que Sérgio abusava do toque, com longos abraços, alisamentos e beijos. Ele também justificava seus atos como parte da metodologia de ensino. Dessa forma, conseguia obter a confiança das mulheres para que seus gestos não fossem vistos como invasivos desde o início e gerassem suspeita. 

A denúncia aponta que o preparador de elenco elogiava em excesso suas alunas, e sua tática era não dar atenção àquela escolhida para o abuso. Assim, ele tinha uma desculpa para se aproximar da vítima durante as aulas ou em confraternizações posteriores.

Ainda de acordo com o jornal, Sérgio que era visto como um mestre, criava um cenário propício à confusão mental das vítimas, que não conseguiam distinguir se ele era apenas uma pessoa excessivamente carinhosa ou se seus atos eram de fato invasivos, o que permitia que realizasse as investidas sem que as mulheres percebessem.  

As investigações mostraram que, em outros momentos, as vítimas chegavam a perceber que havia algum tipo de maldade na investida, porém, o medo de desagradar o professor e a vontade de não ser prejudicada no meio artístico fazia com que ficassem inertes, uma vez que a notoriedade do Sérgio era utilizada, naquele momento, como uma forma de retirar a liberdade dessas mulheres, disse o delegado Felipe Santoro, titular do 13º DP, ao jornal. 

Apesar dos inquéritos terem identificado pelo menos 30 vítimas, o site explica que a maioria dos abusos ocorreram antes de 2018, época em que os crimes contra a liberdade sexual eram condicionados a representação em um prazo, que nesse caso já expirou e torna Sérgio, portanto, inapto de punição do Estado.