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Publicada em 05/10/2022 às 10:25 | Atualizada em 05/10/2022 às 10:30

Meghan Markle critica estereótipo da mulher asiática em Kill Bill: sexualizadas ou agressivas

Lucy Liu já rebateu críticas sobre o assunto

Da Redação

The Grosby Group

Meghan Markle recentemente voltou ao comando de seu podcast, o Archetypes, dessa vez para falar sobre a representação negativa que filmes como Kill Bill e Austin Powers fazem de mulheres asiáticas.

No episódio, a Duquesa de Sussex fala sobre um estereótipo conhecido como Dragon Lady, Dama Dragão em tradução livre, nome dado a definição de mulheres asiáticas como fortes, dominadoras, misteriosas e sexualmente atraentes, e comenta o quanto isso é tóxico na produção de filmes:

- Filmes como Austin Powers e Kill Bill apresentaram essas personagens de mulheres asiáticas como sexualizadas ou agressivas. E não são apenas esses dois exemplos, há muitos outros. Isso se infiltrou no nosso entretenimento. Mas esse estereótipo tóxico de mulheres de ascendência asiática não termina após a exibição dos créditos dos filmes.

Para fala sobre o assunto, Meghan recebeu Nancy Wang Yuen, autora do livro Reel Inequality: Hollywood Actors and Racism, onde aborda a questão. Ela chegou a revelar que já foi assediada em uma aeroporto por conta desse estereótipo:

- Eu mesma fui abordada em um aeroporto em Atlanta por um estranho que disse: me so horny. Ele apenas gritou isso para mim. Eu sabia o motivo porque olhei em volta e vi que eu era a única mulher asiática naquele local. Eu sabia que ele estava falando comigo.

A frase me so horny, que significa eu tão excitada, é dita por uma prostituta do Vietnã, no filme Nascido Para Matar.

Apesar da polêmica em volta do assunto, Lucy Liu, que interpretou O-Ren Ishii no filme Kill Bill e é pontada como um dos grandes estereótipos, já se pronunciou em 2021, após uma reportagem da Teen Vogue, que falava sobre a hipersexualização de mulheres asiáticas, e não concorda com as afirmações.

Em uma resposta publicada no Washington Post, a atriz falou que as acusações não fazem sentido, já que no filme Kill Bill há outras mulheres não asiáticas com perfil parecido:

- Kill Bill apresenta três outras mulheres assassinas profissionais além de Ishii. Por que não chamar Uma Thurman, Vivica A. Fox ou Daryl Hannah de dama dragão Só posso concluir que é porque elas não são asiáticas. Eu poderia estar vestindo um smoking e uma peruca loira, mas ainda assim teria sido rotulada como uma dama dragão por causa da minha etnia. Se eu não posso interpretar certos papéis porque os americanos convencionais ainda me veem como Outro, e eu não quero ser escalada apenas em papéis tipicamente asiáticos porque eles reforçam estereótipos, eu começo a sentir as paredes da caixa metafórica onde nós, as mulheres asiáticas, somos colocadas.

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Meghan Markle critica estereótipo da mulher asiática em Kill Bill: <i>sexualizadas ou agressivas</i>

Meghan Markle critica estereótipo da mulher asiática em Kill Bill: sexualizadas ou agressivas

28/Abr/

Meghan Markle recentemente voltou ao comando de seu podcast, o Archetypes, dessa vez para falar sobre a representação negativa que filmes como Kill Bill e Austin Powers fazem de mulheres asiáticas.

No episódio, a Duquesa de Sussex fala sobre um estereótipo conhecido como Dragon Lady, Dama Dragão em tradução livre, nome dado a definição de mulheres asiáticas como fortes, dominadoras, misteriosas e sexualmente atraentes, e comenta o quanto isso é tóxico na produção de filmes:

- Filmes como Austin Powers e Kill Bill apresentaram essas personagens de mulheres asiáticas como sexualizadas ou agressivas. E não são apenas esses dois exemplos, há muitos outros. Isso se infiltrou no nosso entretenimento. Mas esse estereótipo tóxico de mulheres de ascendência asiática não termina após a exibição dos créditos dos filmes.

Para fala sobre o assunto, Meghan recebeu Nancy Wang Yuen, autora do livro Reel Inequality: Hollywood Actors and Racism, onde aborda a questão. Ela chegou a revelar que já foi assediada em uma aeroporto por conta desse estereótipo:

- Eu mesma fui abordada em um aeroporto em Atlanta por um estranho que disse: me so horny. Ele apenas gritou isso para mim. Eu sabia o motivo porque olhei em volta e vi que eu era a única mulher asiática naquele local. Eu sabia que ele estava falando comigo.

A frase me so horny, que significa eu tão excitada, é dita por uma prostituta do Vietnã, no filme Nascido Para Matar.

Apesar da polêmica em volta do assunto, Lucy Liu, que interpretou O-Ren Ishii no filme Kill Bill e é pontada como um dos grandes estereótipos, já se pronunciou em 2021, após uma reportagem da Teen Vogue, que falava sobre a hipersexualização de mulheres asiáticas, e não concorda com as afirmações.

Em uma resposta publicada no Washington Post, a atriz falou que as acusações não fazem sentido, já que no filme Kill Bill há outras mulheres não asiáticas com perfil parecido:

- Kill Bill apresenta três outras mulheres assassinas profissionais além de Ishii. Por que não chamar Uma Thurman, Vivica A. Fox ou Daryl Hannah de dama dragão Só posso concluir que é porque elas não são asiáticas. Eu poderia estar vestindo um smoking e uma peruca loira, mas ainda assim teria sido rotulada como uma dama dragão por causa da minha etnia. Se eu não posso interpretar certos papéis porque os americanos convencionais ainda me veem como Outro, e eu não quero ser escalada apenas em papéis tipicamente asiáticos porque eles reforçam estereótipos, eu começo a sentir as paredes da caixa metafórica onde nós, as mulheres asiáticas, somos colocadas.