Vinícius Loyola tem vivido o desafio de interpretar Cazuza no musical Ney Matogrosso - Homem com H, em cartaz no 033 Rooftop, em São Paulo, e que celebra a vida e obra de uma das figuras mais icônicas da música brasileira.

Para dar vida ao músico, Vinicius contou um pouco como foi a sua preparação. Segundo ele, foi um trabalho árduo, mas muito satisfatório no final:

- Mergulhei muito em tudo o que era vídeo e em sua discografia. Passei a ouvir diariamente. Assisti ao filme sobre sua vida, além de relembrar outros projetos em teatro sobre ele. Tudo é material. Ser um bom observador é uma das qualidades de um grande ator. Comecei a praticar sua fala, as canções, a forma com que ele desenhava as melodias. Foi um trabalho árduo, mas o retorno da plateia ao fim de cada espetáculo nos faz entender que valeu a pena toda essa dedicação.

Animado e aprendendo muito com este trabalho, Vinícius é só elogios ao cantor que morreu em 1990, aos 32 anos de idade, no Rio de Janeiro.

- Cazuza era sinônimo de liberdade, de transgressão. Sempre esteve à frente do seu tempo. Quando a gente ouve ainda hoje suas canções, elas parecem que foram escritas agora. Ele viveu da maneira como sentia, se entregou, pisou fundo no acelerador. Essa era sua maneira. Talvez se ele não fosse tão liberto em tantos assuntos não seria o poeta que conhecemos. Foi embora cedo, mas deixou sua marca intensa por aqui. Eu ainda sinto o tamanho e poder dessa figura ao interpretá-lo em Ney Matogrosso, Homem com H.

Com um currículo recheado de trabalhos, Loyola já interpretou grandes nomes como Gugu Liberato e Sergio Mallandro. Mas será que o artista tem o sonho de interpretar alguém em especial?

- Não penso em ninguém especificamente. Mas amo todo e qualquer desafio. Nunca imaginei na vida que interpretaria Gugu Liberato. Nunca pensei em dar vida a Cazuza. Mas nossa arte nos leva a caminhos inimagináveis. Eu mergulho sem medo de ser feliz. E amo ouvir o que as pessoas acham quando vão assistir. O teatro tem essa magia. Você chega próximo a voz, ao corpo, a um bordão, a um gesto e as pessoas enxergam em você aqueles personagens. Claro, tudo isso fruto de muito estudo, observação e dedicação. Com essas experiências percebi em mim que tenho facilidade e melhor que isso: gosto do desafio e de sair da zona de conforto. Mas confesso que é mais difícil interpretar alguém conhecido do público. Eles esperam mais de nós.

Trabalhando com arte desde os nove anos de idade, o ator aponta o seu atual trabalho como o mais marcante e explica o motivo:

- Já passei por lindos momentos nos palcos. Mas a gente sempre vai considerar mais especial o trabalho do momento. Não tem como deixar de destacar esse momento CAZUZA. Sinto que as pessoas passaram a me olhar de forma mais nítida. Às vezes precisamos de oportunidades para que isso aconteça. Eu sou o mesmo artista de sempre, mas dessa vez sendo mais visto e reconhecido. Que esse momento possa abrir novas portas. Eu estou com muita energia para isso!

Lado musical de Loyola 

Além de ator, Vinícius também é cantor e já formou até dupla com direito a gravação de dois CDs. Além disso, chegou a rodar mais de 200 rádios divulgando seu trabalho, reforça a importância da canção Fora de mim, com participação do cantor Daniel, e que chegou a ser umas das 50 mais tocadas no país, bem como a Com você do meu lado, que fez parte da trilha sonora da novela Aquele Beijo, da Globo. 

Confira alguns registros da peça:

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Vini?cius Loyola (@viniciusloyola)