Eternamente Bonequinha de Luxo, Audrey Hepburn morreu em janeiro de 1993. No Oscar do mesmo ano foi homenageada com o Prêmio Humanitário Jean Hersholt, por seus trabalhos sociais. Mas, desta vez, o prêmio já tinha sido votado e destinado a Audrey antes dela morrer.

O lendário Walt Disney também está na lista! Morto em dezembro de 1966 aos 65 anos, vítima de um câncer de pulmão, ele venceu o Oscar de Melhor Curta de Animação por Ursinho Pooh e o Dia Chuvoso em 1969.

Em 2009 outro Oscar póstumo quase foi anunciado com o filme O Leitor, indicado na categoria de Melhor Filme. A produção foi assinada pelo cineasta Sidney Pollack, que havia morrido um ano antes aos 73 anos, vítima de um câncer.

Em 1993, o filme-documentário em curta-metragem estadunidense Educating Peter recebeu o prêmio de Melhor Edição. O produtor Thomas C. Goodwin morreu um ano antes e, portanto, este foi considerado mais um Oscar póstumo.

Coincidentemente, o produtor de O Leitor, Anthony Minghella, também morreu em 2008.

O diretor de fotografia Conrad L. Hall venceu três vezes o Oscar de Melhor Fotografia pelos filmes Dois Homem e um Destino, Beleza Americana e Caminho para Perdição; neste último, não pôde receber o prêmio, pois morreu em 2003.

O clássico de Roman Polanski Tess, de 1981, recebeu os Oscars de Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Fotografia. Este último foi destinado a Geoffrey Unsworth, um grande cineasta de Hollywood. A boa notícia é que ele conseguiu sentir o gostinho de receber o prêmio, já que em 1973 ele venceu na mesma categoria pelo musical Cabaret.

Sentimentos são fáceis de mudar... Se hoje você canta com toda a emoção essa música, agradeça a Howard Ashman, vencedor do Oscar de Melhor Canção pelo filme A Bela e a Fera, em 1992. O compositor morreu um ano antes de receber o prêmio, no entanto, teve suas músicas eternizadas pelos fãs da animação da Disney.

O britânico Peter Finch interpretou um jornalista que ameaça se suicidar na frente de câmeras de televisão em Rede de Intrigas, de 1976, e por essa considerada brilhante atuação ganhou o Oscar de Melhor Ator. Infelizmente, o ator morreu um mês antes da premiação.

Tudo bem que o clássico protagonizado por Charlie Chaplin Luzes da Cidade é um filme de 1952. Mas os compositores Larry Russell e Raymond Rasch, responsáveis pela trilha sonora do longa, receberam em 1972 o Oscar de Melhor Trilha Sonora, já que a produção só foi rodada em Los Angeles, na Califórnia, 20 anos depois. A academia decidiu considerar e indicar o filme na premiação daquele ano, o que foi um momento histórico na história do evento. Uma pena que o músico já havia morrido há oito anos e a musicista há 17.

Teve quem, mesmo depois de morrer, foi homenageado não apenas com uma estatueta, mas sim duas. Esse foi o caso William A. Horning, ganhando como Melhor Direção de Arte pelo longa Gigi, um mês apenas após sua morte, no ano de 1959. E ganhou também o mesmo prêmio um ano depois, mas pelo filme Ben-Hur. Neste último, o produtor Sam Zimbalist também recebeu o prêmio póstumo.

Um dos grandes clássicos do cinema, filmado no início dos anos 60, Spartacus venceu quatro Oscar: Melhor Ator Coadjuvante (Peter Ustinov), Melhor Fotografia Colorida, Melhor Figurino Colorido e Melhor Direção de Arte Colorida; este último, postumamente para Eric Orbom.

Sidney Howard, escritor, também ganhou uma estatueta um ano após a morte, em 1940. Ele teve o prêmio por ter escrito o Melhor Roteiro de E o Vento Levou, filme muito aclamado pela mídia e visto até hoje.

Em 1957, o compositor Victor Young recebeu a sua 22ª indicação ao Oscar e teria recebido, caso não morresse um ano antes, o prêmio de Melhor Trilha Sonora pelo filme A Volta ao Mundo em 80 Dias.