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Publicada em 24/08/2023 às 13:45 | Atualizada em 24/08/2023 às 13:48

André Gabeh agradece apoio dos roteiristas do Vai que Cola e Multishow emite nota sobre polêmica

O roteirista demitido escreveu uma carta aberta em suas redes sociais

Da Redação

Divulgação

Após ser demitido da equipe do Vai que Cola e receber o apoio de roteiristas da atração, André Gabeh decidiu usar o seu espaço nas redes sociais para escrever uma carta aberta sobre a polêmica nos bastidores do programa humorístico. 

No começo do seu desabafo, André deixou claro que seria falta de respeito não se pronunciar, já que alguns profissionais saíram em sua defesa: 

Fingir que nada está acontecendo seria desrespeitoso com pessoas queridas que foram expostas em uma ação que me favorecia. Então vou falar algumas coisas. Devo essa reverência. Pois, primeiro de tudo EU NUNCA ESCREVI NADA POLÍTICO OU MILITANTE EM NENHUM TEXTO MEU DO VAI QUE COLA. Mesmo se eu surtasse e escrevesse algo desse tipo, os meus supervisores tirariam do texto. E como somos orientandos a não falar nada nesse sentido, aí sim eu teria uma demissão justa. Mas repito: NUNCA ESCREVI UMA LINHA POLÍTICA OU MILITANTE para o programa supra citado. Me sinto até honrado por acharem que me demitiram por eu tentar levar reflexão aos textos do programa, mas não tinha esse poder e só queria fazer meu trabalho da melhor maneira possível.

Em seguida, André agradeceu o apoio dos roteiristas que se pronunciaram sobre o assunto:

Agora nesse momento eu não vou me estender sobre algumas coisas, porque ainda não estou preparado para isso. Não quero que nada do que eu falar tenha auras vitimistas ou revanchistas. Aqui na internet a gente fala A e o disposto ao ódio entende URUBU. Não estou pronto. Agora, precisamente, nesse momento eu preciso falar uma coisa: Obrigado aos roteiristas que se posicionaram diante da injustiça que fizeram comigo. Se posicionaram por empatia, se posicionaram por humanidade, se posicionaram por generosidade e também se posicionaram por se respeitarem, por se saberem valorosos, importantes e relevantes. Se posicionaram em uma carta aberta, lúcida, profissional e objetiva. Falaram por mim, falaram por eles e falaram por vários outros roteiristas. Nesse exato momento os roteiristas do mundo estão lutando por direitos, por respeito, por valorização e reconhecimento. Aqui no Brasil nós também temos pessoas lutando pelos direitos da classe e eu sou amigo desses profissionais. Honrado amigo deles.

O que aconteceu comigo não pode acontecer com PROFISSIONAL NENHUM, com pessoa nenhuma, mas dessa vez eu tive a voz de mestres me defendendo e se defendendo. Estamos falando dos roteiristas que produzem material para o - atualmente - maior programa de humor do Brasil. Pessoas premiadas, respeitadas, talentosas e muito competentes. Eu sabia da existência dessa carta, mas nem nos meus maiores sonhos eu imaginei que ela poderia vir a público. Pensei até que ela nem seria entregue porque era algo tão arriscado que eu entenderia se meus amigos não quisessem entregá-la. Emprego está difícil e a gente sabe que sempre há lâminas afiadas para cortar cabeças que se colocam acima da manada. Eu mesmo nada poderia fazer para que ela viesse a público, porque jamais exporia meus amigos e porque se tivesse esses contatos usaria para divulgar minhas coisas que luto para que sejam vistas e consumidas.

E encerrou:

Eu preciso reverenciar essas pessoas, honrar essas pessoas. Hoje quem ler o que eles escreveram vai saber que eu não exagerei quando falei sobre a injustiça que sofri, sobre a maldade que me fizeram e que tive que pisar em ovos pra expor, porque o lado mais fraco da corda sempre tem que tomar cuidado pra nunca mais ser chamado pra trabalhar ou virar chacota diante do fandom de pessoas com muito mais visibilidade. A gente sofre três vezes: na hora em que te cometem a violência, na hora que te dizem "quem é você pra falar de fulano" e na hora que te falam esquece, deixa pra lá, você é melhor do que isso... Mas essa conversa teremos mais pra frente. Agora é hora de agradecer. É poderoso saber que gente tão magnífica me deu essa luz que sinto que se espalha por muito mais espaços. Muito obrigado mesmo. Do fundo do meu coração.

Multishow emite nota sobre polêmica

Além de André, o Multishow emitiu uma nota sobre a polêmica:

O Multishow está acompanhando atentamente o caso de roteiristas do Vai Que Cola que vieram a público relatar problemas de relacionamento com colegas de equipe e com o elenco do programa. Desde que tomaram conhecimento da situação, a produtora Fábrica, responsável pela produção, e as equipes da Globo responsáveis pelo conteúdo deram início a um processo de escuta com as lideranças criativas do programa, com o elenco e com os profissionais que relataram supostas situações de abuso. O Código de Ética da Globo estabelece que situações de discriminação e assédio não são toleradas. Quando denúncias desta natureza chegam ao conhecimento do canal, elas são devidamente apuradas e, conforme o caso, são feitos ajustes de processos e outras medidas corretivas.

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André Gabeh agradece apoio dos roteiristas do <i>Vai que Cola</i> e <i>Multishow</i> emite nota sobre polêmica

André Gabeh agradece apoio dos roteiristas do Vai que Cola e Multishow emite nota sobre polêmica

28/Abr/

Após ser demitido da equipe do Vai que Cola e receber o apoio de roteiristas da atração, André Gabeh decidiu usar o seu espaço nas redes sociais para escrever uma carta aberta sobre a polêmica nos bastidores do programa humorístico. 

No começo do seu desabafo, André deixou claro que seria falta de respeito não se pronunciar, já que alguns profissionais saíram em sua defesa: 

Fingir que nada está acontecendo seria desrespeitoso com pessoas queridas que foram expostas em uma ação que me favorecia. Então vou falar algumas coisas. Devo essa reverência. Pois, primeiro de tudo EU NUNCA ESCREVI NADA POLÍTICO OU MILITANTE EM NENHUM TEXTO MEU DO VAI QUE COLA. Mesmo se eu surtasse e escrevesse algo desse tipo, os meus supervisores tirariam do texto. E como somos orientandos a não falar nada nesse sentido, aí sim eu teria uma demissão justa. Mas repito: NUNCA ESCREVI UMA LINHA POLÍTICA OU MILITANTE para o programa supra citado. Me sinto até honrado por acharem que me demitiram por eu tentar levar reflexão aos textos do programa, mas não tinha esse poder e só queria fazer meu trabalho da melhor maneira possível.

Em seguida, André agradeceu o apoio dos roteiristas que se pronunciaram sobre o assunto:

Agora nesse momento eu não vou me estender sobre algumas coisas, porque ainda não estou preparado para isso. Não quero que nada do que eu falar tenha auras vitimistas ou revanchistas. Aqui na internet a gente fala A e o disposto ao ódio entende URUBU. Não estou pronto. Agora, precisamente, nesse momento eu preciso falar uma coisa: Obrigado aos roteiristas que se posicionaram diante da injustiça que fizeram comigo. Se posicionaram por empatia, se posicionaram por humanidade, se posicionaram por generosidade e também se posicionaram por se respeitarem, por se saberem valorosos, importantes e relevantes. Se posicionaram em uma carta aberta, lúcida, profissional e objetiva. Falaram por mim, falaram por eles e falaram por vários outros roteiristas. Nesse exato momento os roteiristas do mundo estão lutando por direitos, por respeito, por valorização e reconhecimento. Aqui no Brasil nós também temos pessoas lutando pelos direitos da classe e eu sou amigo desses profissionais. Honrado amigo deles.

O que aconteceu comigo não pode acontecer com PROFISSIONAL NENHUM, com pessoa nenhuma, mas dessa vez eu tive a voz de mestres me defendendo e se defendendo. Estamos falando dos roteiristas que produzem material para o - atualmente - maior programa de humor do Brasil. Pessoas premiadas, respeitadas, talentosas e muito competentes. Eu sabia da existência dessa carta, mas nem nos meus maiores sonhos eu imaginei que ela poderia vir a público. Pensei até que ela nem seria entregue porque era algo tão arriscado que eu entenderia se meus amigos não quisessem entregá-la. Emprego está difícil e a gente sabe que sempre há lâminas afiadas para cortar cabeças que se colocam acima da manada. Eu mesmo nada poderia fazer para que ela viesse a público, porque jamais exporia meus amigos e porque se tivesse esses contatos usaria para divulgar minhas coisas que luto para que sejam vistas e consumidas.

E encerrou:

Eu preciso reverenciar essas pessoas, honrar essas pessoas. Hoje quem ler o que eles escreveram vai saber que eu não exagerei quando falei sobre a injustiça que sofri, sobre a maldade que me fizeram e que tive que pisar em ovos pra expor, porque o lado mais fraco da corda sempre tem que tomar cuidado pra nunca mais ser chamado pra trabalhar ou virar chacota diante do fandom de pessoas com muito mais visibilidade. A gente sofre três vezes: na hora em que te cometem a violência, na hora que te dizem "quem é você pra falar de fulano" e na hora que te falam esquece, deixa pra lá, você é melhor do que isso... Mas essa conversa teremos mais pra frente. Agora é hora de agradecer. É poderoso saber que gente tão magnífica me deu essa luz que sinto que se espalha por muito mais espaços. Muito obrigado mesmo. Do fundo do meu coração.

Multishow emite nota sobre polêmica

Além de André, o Multishow emitiu uma nota sobre a polêmica:

O Multishow está acompanhando atentamente o caso de roteiristas do Vai Que Cola que vieram a público relatar problemas de relacionamento com colegas de equipe e com o elenco do programa. Desde que tomaram conhecimento da situação, a produtora Fábrica, responsável pela produção, e as equipes da Globo responsáveis pelo conteúdo deram início a um processo de escuta com as lideranças criativas do programa, com o elenco e com os profissionais que relataram supostas situações de abuso. O Código de Ética da Globo estabelece que situações de discriminação e assédio não são toleradas. Quando denúncias desta natureza chegam ao conhecimento do canal, elas são devidamente apuradas e, conforme o caso, são feitos ajustes de processos e outras medidas corretivas.