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Publicada em 01/09/2023 às 11:00 | Atualizada em 01/09/2023 às 11:01

Cissa Guimarães comemora decisão da Justiça de prender responsáveis pela morte do filho: Me sinto aliviada

Desde 2010, a apresentadora luta para honrar a memória do filho, Rafael Mascarenhas

Da Redação

Divulgação-TV Globo

Boas novas para a família de Cissa Guimarães! Depois de um longo trajeto, a Justiça decidiu prender, em regime semiaberto, os responsáveis pela morte do filho da atriz - Rafael Mascarenhas. O jovem foi vítima de um atropelamento em 2010, enquanto andava de skate no Túnel Acústico, que hoje leva seu nome.

Os advogados de Rafael Bussamra e de seu pai, Roberto Bussamra, passaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015 para evitar a prisão, mas os recursos se esgotaram. Desde que foram condenados, segundo informações do jornal O Globo, os dois não ficaram nem uma semana presos.

Abaixo, veja a declaração feita por Cissa ao jornal:

Hoje, eu digo que sou uma mulher amputada, porque o meu coração anda de muletas. É uma dor que eu nunca vou superar. No entanto, com essa decisão da Justiça, eu me sinto aliviada. A impunidade está sendo revista depois de treze anos. Agora, a gente está esperando que o mandado de prisão seja expedido. É uma vitória para todos nós, apesar de que nada vai trazer o meu filho de volta. Porém, a impunidade dói muito, então essa conquista me traz um alívio. Não é felicidade e nem comemoração, sinto somente o alívio de que a justiça está sendo feita e que o caso do meu filho vai servir de exemplo para que todos saibam que não dá para cometer um crime desse e ficar ileso.

Em nenhum momento essa família do rapaz que atropelou o meu filho teve a compaixão de me telefonar. A mãe dele nunca me procurou. É um absurdo esses pais que educaram o filho para largar um rapaz quase morrendo na rua. Esse tipo de gente é uma vergonha. Além da dor de não ter mais o meu filho, de não ver os netos que eu teria, da minha família sendo ceifada, ainda tive que ver os responsáveis por tudo isso curtindo a vida. Foram treze anos da maior dor do mundo que uma mãe pode sentir. Eu ainda lidei com a injustiça, porque eles não prestaram socorro, ocultaram provas, agiram com corrupção, e nada acontecia. Isso é recorrente no Brasil e essa minha luta serve para todos nós.

Eu espero que a gente consiga essa vitória. É uma pena pequena, três anos em regime semiaberto, mas mesmo assim é uma pena. Estamos ansiosos, pois queremos que os dois sejam logo intimados e presos. Tenho certeza que isso vai acontecer e eu poderei ficar aliviada por honrar a memória do meu filho. Quando eles foram presos na primeira vez, eles não ficaram nem uma semana na cadeia. Eu fiquei muito decepcionada, sofri muito, mas continuei lutando. Meu advogado, Técio Lins e Silva, foi essencial e esteve a todo tempo do meu lado. No momento em que eu vi os dois saindo da prisão, eu fiquei muito frustrada, mas nada me tirou a força para continuar acreditando.

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Cissa Guimarães comemora decisão da Justiça de prender responsáveis pela morte do filho: <i>Me sinto aliviada</i>

Cissa Guimarães comemora decisão da Justiça de prender responsáveis pela morte do filho: Me sinto aliviada

10/Mai/

Boas novas para a família de Cissa Guimarães! Depois de um longo trajeto, a Justiça decidiu prender, em regime semiaberto, os responsáveis pela morte do filho da atriz - Rafael Mascarenhas. O jovem foi vítima de um atropelamento em 2010, enquanto andava de skate no Túnel Acústico, que hoje leva seu nome.

Os advogados de Rafael Bussamra e de seu pai, Roberto Bussamra, passaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015 para evitar a prisão, mas os recursos se esgotaram. Desde que foram condenados, segundo informações do jornal O Globo, os dois não ficaram nem uma semana presos.

Abaixo, veja a declaração feita por Cissa ao jornal:

Hoje, eu digo que sou uma mulher amputada, porque o meu coração anda de muletas. É uma dor que eu nunca vou superar. No entanto, com essa decisão da Justiça, eu me sinto aliviada. A impunidade está sendo revista depois de treze anos. Agora, a gente está esperando que o mandado de prisão seja expedido. É uma vitória para todos nós, apesar de que nada vai trazer o meu filho de volta. Porém, a impunidade dói muito, então essa conquista me traz um alívio. Não é felicidade e nem comemoração, sinto somente o alívio de que a justiça está sendo feita e que o caso do meu filho vai servir de exemplo para que todos saibam que não dá para cometer um crime desse e ficar ileso.

Em nenhum momento essa família do rapaz que atropelou o meu filho teve a compaixão de me telefonar. A mãe dele nunca me procurou. É um absurdo esses pais que educaram o filho para largar um rapaz quase morrendo na rua. Esse tipo de gente é uma vergonha. Além da dor de não ter mais o meu filho, de não ver os netos que eu teria, da minha família sendo ceifada, ainda tive que ver os responsáveis por tudo isso curtindo a vida. Foram treze anos da maior dor do mundo que uma mãe pode sentir. Eu ainda lidei com a injustiça, porque eles não prestaram socorro, ocultaram provas, agiram com corrupção, e nada acontecia. Isso é recorrente no Brasil e essa minha luta serve para todos nós.

Eu espero que a gente consiga essa vitória. É uma pena pequena, três anos em regime semiaberto, mas mesmo assim é uma pena. Estamos ansiosos, pois queremos que os dois sejam logo intimados e presos. Tenho certeza que isso vai acontecer e eu poderei ficar aliviada por honrar a memória do meu filho. Quando eles foram presos na primeira vez, eles não ficaram nem uma semana na cadeia. Eu fiquei muito decepcionada, sofri muito, mas continuei lutando. Meu advogado, Técio Lins e Silva, foi essencial e esteve a todo tempo do meu lado. No momento em que eu vi os dois saindo da prisão, eu fiquei muito frustrada, mas nada me tirou a força para continuar acreditando.