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Publicada em 05/02/2024 às 13:10 | Atualizada em 05/02/2024 às 13:10

Suposta vítima do caso Daniel Alves presta depoimento a portas fechadas e reforça acusação de agressão sexual

A amiga da mulher foi uma das testemunhas

Da Redação

Reuters

O julgamento de Daniel Alves segue mais uma fase nesta segunda-feira, dia 5. O jogador de futebol é acusado de agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona e segue em prisão preventiva. O Globo Esporte repercutiu informações de mídias internacionais e noticiou que a suposta vítima deu um depoimento de cerca de uma hora e 15 minutos reforçando a acusação com a voz distorcida, a portas fechadas, sem contato visual com o atleta e a imprensa foi proibida de acompanhar o momento.

Logo após, cinco testemunhas foram chamadas para dar seus depoimentos sobre o caso. Ana Matallana, amiga da denunciante, relatou o que viu naquela noite:

- Vejo que ele se aproxima dela com a mesma atitude pegajosa com que se aproximou de mim. Vejo ela tensa... Eles vão até uma porta e eu já a perco de vista.

Ela ainda chorou, contou que hoje a amiga não consegue confiar em ninguém e não queria denunciar por medo de não acreditarem nela. Além disso, também afirma que a suposta vítima não lhe contou tudo o que aconteceu, mas explicou que ficou com o joelho machucado após Daniel supostamente tê-la jogado no chão.

Segundo informações do G1, a Promotoria de Barcelona pede 12 anos de prisão para Daniel e ainda não há previsão sobre quando será dada a sentença sobre o caso. A advogada, Inés Guardiola, que atua na defesa de Daniel, teria alegado no início do julgamento que ele se diz vítima de um tribunal paralelo feito pela opinião pública. Ela ainda teria solicitado anulação do julgamento alegando que a juíza responsável pelo caso não aceitou que um segundo perito examinasse a vítima e também pediu a realização de novos exames. 

Encontro

Na manhã desta segunda-feira, dia 5, a promotora de Justiça Valéria Scarence conversou com Patrícia Poeta no Encontro sobre o julgamento de Daniel Alves. Ela explicou o motivo do atleta ter decidido se pronunciar apenas no final do julgamento:

- Qual é a vantagem para o réu? Ele toma conhecimento de todas as provas e depois dá sua versão. O que se falou muito na Espanha foi que ele mudou muitas vezes a versão e essas alterações foi um dos fundamentos pra prisão preventiva. Quando fala no final da audiência, ele já acompanhou o depoimento da vítima, de todas as testemunhas, de todas as provas... É um exercício da autodefesa.

Ela também falou sobre como a repercussão do caso afetou a legislação brasileira.

- Depois do caso Daniel Alves, no Brasil, por exemplo, surgiram leis, protocolos de atendimento à vítima, de preservação da identidade, de coleta de provas. É um recado para o mundo, que a violência contra a mulher não escolhe classe, e ela tem que ser cumprida. 

A promotora ainda mencionou a diferença deste caso com o de Robinho, que foi condenado pelo mesmo crime. 

- Há uma diferença entre os dois casos. No caso do Robinho já existe uma sentença condenatória definitiva, não cabe nenhum recurso. Por que o Robinho não está cumprindo pena? Porque no Brasil não se permite extradição de brasileiro nato, quem nasceu no nosso país. No caso do Daniel Alves, o que se percebeu? Se ele viesse ao Brasil, aconteceria a mesma coisa, não poderia ser extraditado. O que se pede em relação ao Robinho é uma prisão por cumprimento de pena. A prisão do Daniel Alves ainda é cautelar, provisória. A prisão foi decretada também porque não poderia ser extraditado.

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Suposta vítima do caso Daniel Alves presta depoimento a portas fechadas e reforça acusação de agressão sexual

Suposta vítima do caso Daniel Alves presta depoimento a portas fechadas e reforça acusação de agressão sexual

27/Abr/

O julgamento de Daniel Alves segue mais uma fase nesta segunda-feira, dia 5. O jogador de futebol é acusado de agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona e segue em prisão preventiva. O Globo Esporte repercutiu informações de mídias internacionais e noticiou que a suposta vítima deu um depoimento de cerca de uma hora e 15 minutos reforçando a acusação com a voz distorcida, a portas fechadas, sem contato visual com o atleta e a imprensa foi proibida de acompanhar o momento.

Logo após, cinco testemunhas foram chamadas para dar seus depoimentos sobre o caso. Ana Matallana, amiga da denunciante, relatou o que viu naquela noite:

- Vejo que ele se aproxima dela com a mesma atitude pegajosa com que se aproximou de mim. Vejo ela tensa... Eles vão até uma porta e eu já a perco de vista.

Ela ainda chorou, contou que hoje a amiga não consegue confiar em ninguém e não queria denunciar por medo de não acreditarem nela. Além disso, também afirma que a suposta vítima não lhe contou tudo o que aconteceu, mas explicou que ficou com o joelho machucado após Daniel supostamente tê-la jogado no chão.

Segundo informações do G1, a Promotoria de Barcelona pede 12 anos de prisão para Daniel e ainda não há previsão sobre quando será dada a sentença sobre o caso. A advogada, Inés Guardiola, que atua na defesa de Daniel, teria alegado no início do julgamento que ele se diz vítima de um tribunal paralelo feito pela opinião pública. Ela ainda teria solicitado anulação do julgamento alegando que a juíza responsável pelo caso não aceitou que um segundo perito examinasse a vítima e também pediu a realização de novos exames. 

Encontro

Na manhã desta segunda-feira, dia 5, a promotora de Justiça Valéria Scarence conversou com Patrícia Poeta no Encontro sobre o julgamento de Daniel Alves. Ela explicou o motivo do atleta ter decidido se pronunciar apenas no final do julgamento:

- Qual é a vantagem para o réu? Ele toma conhecimento de todas as provas e depois dá sua versão. O que se falou muito na Espanha foi que ele mudou muitas vezes a versão e essas alterações foi um dos fundamentos pra prisão preventiva. Quando fala no final da audiência, ele já acompanhou o depoimento da vítima, de todas as testemunhas, de todas as provas... É um exercício da autodefesa.

Ela também falou sobre como a repercussão do caso afetou a legislação brasileira.

- Depois do caso Daniel Alves, no Brasil, por exemplo, surgiram leis, protocolos de atendimento à vítima, de preservação da identidade, de coleta de provas. É um recado para o mundo, que a violência contra a mulher não escolhe classe, e ela tem que ser cumprida. 

A promotora ainda mencionou a diferença deste caso com o de Robinho, que foi condenado pelo mesmo crime. 

- Há uma diferença entre os dois casos. No caso do Robinho já existe uma sentença condenatória definitiva, não cabe nenhum recurso. Por que o Robinho não está cumprindo pena? Porque no Brasil não se permite extradição de brasileiro nato, quem nasceu no nosso país. No caso do Daniel Alves, o que se percebeu? Se ele viesse ao Brasil, aconteceria a mesma coisa, não poderia ser extraditado. O que se pede em relação ao Robinho é uma prisão por cumprimento de pena. A prisão do Daniel Alves ainda é cautelar, provisória. A prisão foi decretada também porque não poderia ser extraditado.