
Maria Fernanda Cândido estrela Vermelho Monet, filme que se perde na vontade incessante de ser cult
30/Abr/
Exibido em 15 festivais pelo Brasil e o mundo, Vermelho Monet, de Halder Gomes, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 9. Mais conhecido por suas comédias, aqui o diretor cearense apresenta um drama marcado pela discussão sobre a arte e a transformação dela em mercadoria. O protagonista é (ou deveria ser) Johannes Van Almeida, interpretado por Chico Diaz, um pintor caracterizado como pouco aceito no mercado e que luta com os desafios de estar perdendo a visão.
Logo no começo do longa, o artista encontra na atriz Florence Lizz (Samantha Müller) a inspiração para realizar o que seria sua maior obra até então. Maria Fernanda Cândido aparece na pele de Antoinette Lefèvre, uma marchand influente que tem o poder de transformar o quadro numa obra famosa e valiosa. Lado a lado pela maior parte da produção, Cândido e Müller dão vida a um relacionamento sem muito espaço para o amor, substituído por um grande jogo de poder e ganância.
Mesmo com uma baita história em mãos, Halder Gomes parece se perder em uma overdose de elementos novelísticos e a vontade incessante de ser cult, estragando a experiência do filme. Com mais de duas horas de duração, aqui desnecessárias, Vermelho Monet traz uma discussão sobre a alta cultura que não parece ter um diálogo direto com o Brasil contemporâneo, afastando o telespectador.
O ponto positivo cai merecidamente nas mãos da fotografia de Carina Sanginitto e da direção de arte de Juliana Ribeiro. Ambas premiadas em festivais, e cujos trabalhos ajudam na evocação das cores e luzes de Monet, Sanginitto e Ribeiro levam o público para os raros pontos altos do filme. É de se destacar também o importante estudo de paletas e tons de pele, em especial a progressão da luz na tez de Florence Lizz que, aos olhos de Johannes Van Almeida, tem cor, do dessaturado ao preto e branco e da textura de mármore.
Definindo como uma grande história de amores desencontrados, intensos, tortuosos e trágicos, o cineasta tenta colocar as personagens em questões existenciais transpostas à arte, sendo ela a única e provável salvação de todos eles. Como o primeiro filme de uma planejada trilogia, qual o próximo deverá se chamar Azul Vermeer, é impossível não se questionar: vale a pena a continuação?
O que fica dessa primeira tentativa é uma promessa de um drama intenso, mas que resulta em uma total perda em suas próprias ambições e expectativas. Vermelho Monet demonstra uma falha na compreensão do gênero que se insere, escorregando e dando de cara com uma cafonice não intencional. Saturado de frases de efeito que buscam profundidade, o longa acaba transformando o que poderia ser uma poderosa narrativa em um espetáculo pretensioso.
Lançado no Brasil pela Pandora Filme, Vermelho Monet estará disponível nos cinemas a partir do dia 9 de maio de 2024. Abaixo, confira o trailer completo da trama:
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