X

NOTÍCIAS

Publicada em 23/08/2024 às 00:00 | Atualizada em 22/08/2024 às 16:43

Guto Pasko e elenco do longa Entrelinhas contam curiosidades sobre bastidores; veja

Diretor e produtora do filme falaram dos desafios para a produção do filme que chegou ao cinema na última quinta-feira, dia 22

Mariana Domingues

Divulgação - Natasha Durski

Longa dirigido por Guto Pasko chegou às telonas nesta última quinta-feira, dia 22. Entrelinhas revive uma das diversas histórias da ditadura de uma forma mais realista e sensível. 

Em uma coletiva de imprensa na qual o ESTRELANDO marcou presença, o elenco e produtores falaram sobre os bastidores e o próprio filme. Eles contaram o caso de uma fotógrafa que se deparou com algo inesperado.

- Ela estava fotografando os documentos que estavam em cima da mesa do soldado na delegacia e descobriu ali, fazendo o trabalho dela, um documento com o nome do pai, que foi preso e torturado pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), disse Guto.

 - Está vivo, está ali, do nosso lado, está acontecendo ainda, comentou Daniel Chagas um dos atores do filme. 

O diretor também comentou sobre a última fala do longa, algo tão inacreditável que parece ser mentira.

- Na última cena, quando a Bia volta para casa, o soldado Borges que estava com ela diz: Desculpe, foi engano, e essa frase literalmente saiu da boca dele, quando ele entregou ela aos pais. Mas é preciso entender que quem falou essa frase foi aquele cidadão, não o exército.

Andréia Kaláboa, uma das produtoras do filme, junto de Guto, comentou sobre o desafio de produzir um filme fora do eixo Rio x São Paulo e como foi difícil para eles provarem a capacidade de fazer um bom longa nacional fora do eixo.

- Nós queríamos fazer as pessoas enxergarem nosso trabalho fora do eixo, então além de produzir um filme nacional, tínhamos um trabalho a mais que era mostrar que temos capacidade produtiva mesmo fora desse eixo Rio x São Paulo, revelou a produtora.

Guto também comentou que tinham detalhes no filme que estavam nas entrelinhas, uso de livros específicos ou cenas que ficavam em segundo plano que passavam uma mensagem.

- Na última cena da Bia sendo devolvida para a família e passando por uma manifestação, eu queria mostrar que a luta dela estava terminando, depois dos 10 dias sequestrada, mas tinham muitas lutas que ainda iam continuar, por ela e por muitas outras pessoas. Eu fui permeando a história real dentro das histórias do filme, explicou Guto.

Deixe um comentário

Atenção! Os comentários do portal Estrelando são via Facebook, lembre-se que o comentário é de inteira responsabilidade do autor, comentários impróprios poderão ser denunciados pelos outros usuários, acarretando até mesmo na perda da conta no Facebook.

Enquete

Você está ansioso para o show de Lady Gaga em Copacabana?

Obrigado! Seu voto foi enviado.

Guto Pasko e elenco do longa <i>Entrelinhas</i> contam curiosidades sobre bastidores; veja

Guto Pasko e elenco do longa Entrelinhas contam curiosidades sobre bastidores; veja

01/Mai/

Longa dirigido por Guto Pasko chegou às telonas nesta última quinta-feira, dia 22. Entrelinhas revive uma das diversas histórias da ditadura de uma forma mais realista e sensível. 

Em uma coletiva de imprensa na qual o ESTRELANDO marcou presença, o elenco e produtores falaram sobre os bastidores e o próprio filme. Eles contaram o caso de uma fotógrafa que se deparou com algo inesperado.

- Ela estava fotografando os documentos que estavam em cima da mesa do soldado na delegacia e descobriu ali, fazendo o trabalho dela, um documento com o nome do pai, que foi preso e torturado pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), disse Guto.

 - Está vivo, está ali, do nosso lado, está acontecendo ainda, comentou Daniel Chagas um dos atores do filme. 

O diretor também comentou sobre a última fala do longa, algo tão inacreditável que parece ser mentira.

- Na última cena, quando a Bia volta para casa, o soldado Borges que estava com ela diz: Desculpe, foi engano, e essa frase literalmente saiu da boca dele, quando ele entregou ela aos pais. Mas é preciso entender que quem falou essa frase foi aquele cidadão, não o exército.

Andréia Kaláboa, uma das produtoras do filme, junto de Guto, comentou sobre o desafio de produzir um filme fora do eixo Rio x São Paulo e como foi difícil para eles provarem a capacidade de fazer um bom longa nacional fora do eixo.

- Nós queríamos fazer as pessoas enxergarem nosso trabalho fora do eixo, então além de produzir um filme nacional, tínhamos um trabalho a mais que era mostrar que temos capacidade produtiva mesmo fora desse eixo Rio x São Paulo, revelou a produtora.

Guto também comentou que tinham detalhes no filme que estavam nas entrelinhas, uso de livros específicos ou cenas que ficavam em segundo plano que passavam uma mensagem.

- Na última cena da Bia sendo devolvida para a família e passando por uma manifestação, eu queria mostrar que a luta dela estava terminando, depois dos 10 dias sequestrada, mas tinham muitas lutas que ainda iam continuar, por ela e por muitas outras pessoas. Eu fui permeando a história real dentro das histórias do filme, explicou Guto.